domingo, 28 de agosto de 2016

Verão 2016 - 28 agosto 2016 – Milão



28 agosto 2016 Milão


Tal como dissemos no post anterior chegamos a Milão já ao final do dia, mas ainda a tempo para ver alguma coisa da cidade e dar uma voltinha pelas suas ruas.

Tivemos a sorte de encontramos um estacionamento grátis a meia dúzia de metros da praça principal de Milão e foi mesmo por ai que começamos a nossa curta visita.

Assim que chegamos à Piazza del Duomo não pudemos deixar de focar toda a nossa atenção na grande catedral que tínhamos à nossa frente.


Duomo di Milano, do latim “Domus Dei” (Casa de Deus) possui um estilo gótico, com uma fachada neogótica. Esta catedral foi construída durante séculos, evidentemente tantos detalhes não poderiam ser criados em pouco tempo. A catedral possui muitos, mas mesmo muitos detalhes que até dá arrepios pensar no trabalho que esses mesmos detalhes devem ter dado a criar. Entramos num espaço totalmente diferente do habitual ao visitá-la. Vale mesmo a pena entrar com tempo e pagar a taxa de 2€ de entrada.

  
A igreja começou a ser construída no ano de 1387, pelo que estamos a falar de mais de 600 anos de história. São 157 metros de comprimento e consegue albergar cerca de 40.000 pessoas no seu interior.


O interessante da história é perceber como essa catedral era o centro da Antiga Roma, com as ruas projetadas todas ao seu redor ou até mesmo a partir da própria praça.

  
A construção do Duomo di Milano apenas foi concluída no início de 1800, quando Napoleão, prestes a ser coroado como Rei da Itália ordenou que fosse terminada a fachada.

  
Em síntese, o principal ponto turístico de Milão é totalmente imperdível.

Dentro do Duomo podemos encontrar o Museo del Duomo. A entrada é opcional mas certamente será uma visita que valerá a pena. Não tivemos o prazer de entrar pois estava fechado para visitas à hora que o pretendíamos visitar.

O Museo del Novecento está ao lado direito se estivermos de frente para a catedral. A sua proposta é um pouco mais moderna e privilegia a história artística do século passado. Em exposição no seu interior temos obras de arte de artistas importantes como Picasso, Morandi e Boccioni. Não visitamos pois não nos atraiu, já que não somos apreciadores de arte moderna.

Mesmo ao lado da catedral temos outra das principais atrações de Milão, as Gallerias Vittorio Emanuele II.


O que seria da Itália sem estas galerias, elas são consideradas o primeiro centro comercial do mundo e foram construídas na primeira metade do século 19. Para se ter uma idéia participaram na construção 176 arquitetos, no concurso inicial, cada um deles expondo suas ideias. No final, venceu a proposta Giuseppe Mengoni.


Eis o que representa as Gallerias Vittorio Emanuele II, cheias de história, um local que aloja lojas das marcas mais famosas do mundo, um permanente desfile de moda. Não é por ocaso que Milão é considerada a capital mundial da moda.

 
Não nos esquecemos da tradição, lá dentro, no centro da galeria vimos um aglomerado de pessoas, todas elas estavam a pisar os testículos do touro! Sim, não há engano, eu explico: acontece que dizem que quem pisar com o calcanhar do pé direito os testículos do touro e girar pelo brasão de armas da cidade de Turim será bafejado pela sorte! Esta malta destas histórias muito gosta de pisar (Milão), apalpar (Nova Iorque), etc. os genitais do touro. Isto deve ter algum significado que me esta a escapar


Acredite que este ritual é repetido diariamente por milhares de turistas, inclusive a imagem do touro está desgastada e tem que ser constantemente restaurada pois chega a ser criado um buraco no piso do local.

Saímos das galerias e fomos caminhando pela Piazza dei Mercanti, uma rua/praça pedonal em direção ao Castello Sforzesco.


As ruas estavam calmas e foi um passeio agradável, pois fomos parando ora para ouvir um artista de rua ora para tirar fotografias.

  
Depois de algum tempo de caminhada demos de caras com o referido castelo. Nada que tivesse sido planeado, pois apenas pensamos visitar a catedral e as galerias. O resto do tempo seria para caminhar pelas ruas da cidade.

O Castelo Sforzesco de Milão faz parte do roteiro clássico de visita dos turistas que visitam a cidade de Milão e encontra-se na extremidade da grande área pedonal do centro da cidade.


O castelo tem a sua origem em 1360/1370 quando em Milão reinava a família Visconti. Depois de alguns acontecimentos atribulados, que provocaram a sua destruição, o castelo foi ampliado e assumiu a forma atual já nas últimas décadas do século 16, quando Milão já era um ducado e governado por Ludovico il Moro (membro da família Sforza, de onde o castelo recebeu o nome). Milão naquela época vivia uma época de expansão, cheia de obras, essencialmente canalizações e fortificações.

A corte milanesa naquela altura era esplêndida, no ápice do Renascimento, o seu quotidiano estava repleto de festas e banquetes, música e bailes.

Frequentada por poetas e artistas, entre eles Donato Bramante e Leonardo da Vinci, que em Milão deixou uma marca inequívoca, pintando a Santa Ceia, encomendada próprio por Ludovico Il Moro.

Com a queda do ducado sforzesco e a invasão dos franceses, decaiu também o castelo, que foi utilizado nos séculos sucessivos e com várias transformações, só para funções essencialmente militares.

A estrutura que vemos hoje é resultado das restaurações do final do século 19 e início do século 20, que tentaram reformar o castelo para as formas que ele tinha durante o seu esplendor máximo nos anos do período sforzesco.

O Castelo foi restituído à cidade e destinado a acolher museus e bibliotecas, assumindo a função cultural e pública que ainda hoje o caracterizam.


Com isso, podemos dizer que o castelo é um museu de museus: entre coleções, museus, bibliotecas e arquivos, alberga 14 instituições que contêm obras de peculiar preciosidade.

Para visitar o castelo todo, precisaríamos de dias. Como não tínhamos tempo para isso, aproveitamos para nos refrescar com os jatos de água da fonte que fica na entrada, admirar a sua estrutura externa, os seus pátios internos e depois ir descansar no Parque Sempione, que fica atrás da fortificação.

Depois de algum tempo nos jardins decidimos regressar, pelo mesmo percurso até à Piazza onde iniciamos o nosso passeio.


Nesta altura decidi fazer uma brincadeira com a GoPro e fiquei cerca de 45 min na Piazza del Duomo sentado com a GoPro ao lado a tirar fotos para fazer um timelapse do movimento da praça.

Enquanto eu ficava na praça as meninas foram dar uma voltinha pelas ruas próximas, pelo que as fotos seguintes são da autoria da Beatriz, que com o seu Ipod documentou a voltinha delas.

Foi engraçado estar numa praça extremamente movimentada, sem nada para fazer à exceção de ver “pessoas” e as suas movimentações. Caricato foi ter de impedir algumas pessoas de se colocarem em frente à máquina e dessa forma estragar as fotos. Algumas delas, inicialmente, olhavam para mim com uma cara de espanto por eu estar a pedir-lhes para se afastarem de algo que estava ali a tirar fotos. Depois de verem a máquina acediam prontamente!

Deixamos aqui um desafio: tentem descobrir-nos no timelapse pois entramos na brincadeira e todos nós passamos na frente da máquina! Garanto que não é tarefa fácil!


Nesta altura, o sol já se encontrava muito baixo, apesar de ainda não ser noite. A esta hora a praça era brindada com a famosa “Golden Hour” fotográfica, mas infelizmente apenas tínhamos o Ipod da Beatriz, pois fiquei sem bateria nas diversas máquinas.


Como eram horas de jantar decidimos que não estávamos com vontade de procurar um restaurante e optamos por jantar no Mc Donald’s que fica na praça mesmo de frente para a catedral.


No final da refeição, com alguma pena pois estivemos muito pouco tempo em Milão fomos até à periferia da cidade onde ficava o nosso hotel.


O preço dos hotéis em Milão é caríssimo (ou pelo menos foi para as datas que pesquisamos!) e para conseguirmos algo mais em conta tivemos que nos afastar do centro da cidade. Mais uma vez, o facto de estarmos com o carro favoreceu-nos pois rapidamente saímos do centro da cidade e chegamos ao nosso destino: o que penso que será uma zona industrial/comercial com clientes maioritariamente de negócios. Isto mesmo podemos confirmar durante o pequeno-almoço!

Escolhemos o hotel Best Western Hotel Goldenmile Milan, um hotel de cadeia que garante um mínimo de qualidade.


Sendo um 4*, encontramos um hotel moderno e muito bem equipado. Mais uma aposta ganha pois pagamos 96€ acrescido de 6€ para o pequeno-almoço, que não estava incluído. Uma nota a salientar: o facto de terem oferecido o pequeno-almoço das crianças. Uma cortesia da menina da receção, que deve ter gostado de nós!


Também, mais uma vez não pagamos estacionamento pois o hotel tinha estacionamento privativo grátis. Numa viagem de tantos dias, estes itens grátis fazem muita diferença para que a conta final não assuste!

Face ao adiantado da hora que chegamos só nos restava descansar pois o dia seguinte seria o dia mais cansativo no regresso a casa, pois estava previsto uma jornada de 1.200kms até San Sebastian.

Despedimo-nos até amanha para o final da festa, mas antes deixamos um vídeo feito com a GoPro da nossa curta estadia em Milão.

Até amanha!


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