segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

27 de Dezembro de 2021 –Budapeste – Palácio Real, Bastião dos Pescadores, Colina Gellhert, Mercado Central

 

Começamos o dia com o pequeno almoço no hotel. Tal como referi anteriormente, com pouca escolha para um hotel de 4*, mas com quantidade suficiente para satisfazer os mais esfomeados.

 



 

 

Planeámos para este dia visitar a zona alta de Budapeste, nas margens do Danúbio, que engloba todo o Castelo de Buda.

 

Como estávamos muito bem localizados, rapidamente chegamos ao rio e à conta das obras na Ponte das Correntes, decidimos caminhar até à Ponte Elisabete e aí atravessar para o lado de Buda.

 


 

 

Foi uma bela caminhada, pois, já do lado certo tivemos de regressar, novamente pelas margens do rio até ao acesso ao Castelo de Buda. Valeu pela possibilidade de apreciar com calmas as margens do rio.

 




 

 

Depois da 1ª desilusão (obras na ponte das correntes), rapidamente fomos confrontados com a 2ª, o funicular também estava fechado para obras até 15 de Janeiro! Na hora de escolher alternativas, o Google maps sugeriu-nos um elevador que nos leva até metade do caminho e o restante foi feito nas escadas rolantes.

 



 





 

Quando demos por nós, estávamos nos jardins do Palácio Real (que vamos visitar noutro dia!) e após umas fotos, fizemos o curto caminho até à Igreja de Matias!.

 

Não visitamos a igreja, pois não nos apeteceu pagar os 2000 HUF (cerca de 6€). Sabemos que é barato, mas não nos apeteceu pagar para entrar na igreja, com as “vistas” que estavam ali ao lado.

 




 

A Igreja de Matias, na verdade, chama-se Igreja de Nossa Senhora, contudo, adotou-se o nome devido à popularidade do rei Matias, na época em que foi construída, entre os séculos XIII e XV.

 

Durante os séculos, a Igreja Matias passou por inúmeras mudanças. inicialmente, durante o século XVI, durante a ocupação turca da Hungria, a igreja passou a ser utilizado como mesquita, sendo inclusive renomeada com o nome de “Mesquita Maior”. Porém, com a expulsão dos turcos, voltou a ser uma igreja católica.

 



 

Durante o século XIX, a Igreja de Matias, passou novamente por uma grande reforma, alterando seu estilo medieval, para o neogótico, que permanece até aos dias de hoje.

 

A Igreja Matias também serviu para coroação dos reis da Hungria, entre eles, o último da dinastia dos Habsburgo, em 1916, Carlos IV.

 

Atualmente, são celebradas missas, mas também concertos de música clássica, pois a igreja possuiu uma ótima acústica.

 

Mesmo ao lado da igreja e partilhando a praça, temos uma das grandes atrações de Budapeste, o Bastião dos Pescadores!

 

Chamado “Halászbástya”, em húngaro, é um local delicioso, principalmente devido às vistas que proporciona. Foi construído entre 1895 e 1902 para comemorar o primeiro milénio do estado húngaro. Embora a construção tenha aparência medieval, tem pouco mais de 100 anos.

 

 








 

O bastião tem sete torres, que representam as sete tribos que fundaram o estado húngaro. O seu nome vem da época medieval, pois, no local, havia um mercado de peixe e os pescadores usavam o local para vender o seu peixe.

 


 

 

Como referimos, do Bastião dos Pescadores conseguimos uma visão simplesmente maravilhosa do lado “Peste”, com especial destaque para o edifício do Parlamento!

 

Depois de muitas fotografias, já eram horas de almoçar e foi mesmo por ali próximo que encontramos um restaurante. Como não conseguimos sequer escrever o nome do restaurante em húngaro, fica aqui o seu nome em inglês, Gold Barrel Restaurant!

 

Comida tipicamente húngaro, com bom sabor e preço aceitável.

 

Para descer a colina do castelo e ir até ao nosso próximo destino, as indicações do Google maps eram apanhar um tram até ao Hotel Gellert e a partir dai subir a pé o Monte Gellert até à Cidadela!

 

A Citadella é uma fortaleza que fica no topo do Monte Gellért. O seu nome é uma homenagem ao missionário que trouxe o Cristianismo para esta região.

 

Com 235 metros de altura, o Monte Gellért é uma das principais atrações turísticas graças ao magnífico panorama que dela podemos apreciar. O miradouro proporciona uma linda vista sobre a cidade, incluindo o Castelo de Buda, o Parlamento e as pontes sobre o Danúbio. O acesso pode ser feito subindo a colina por dois caminhos: pelas escadas próximas da ponte Elizabeth, ou pelo caminho mais longo através das Termas Gellért. Nós subimos pelo caminho mais longo e descemos pelas escadas.

 

A meio do caminho, podemos encontrar a de Igreja Rupestre Budapeste!

 

No interior da Igreja Rupestre de Budapeste, além da beleza da construção em si, temos que destacar uma cópia da Virgem Negra de Czestochowa e uma pintura de San Kolbe, um monge polaco que deu a sua vida para proteger outros prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz.

 






 

No início, a igreja estava destinada à ordem dos padres paulinos. Cento e cinquenta anos depois de José II forçar o desaparecimento da ordem da Hungria, 15 monges que estavam exilados na Polónia voltaram à sua igreja em Budapeste, até o governo comunista proibir o culto na igreja e tapar a sua entrada.

 


 

A igreja e o seu mistério permaneceram fechados desde os anos 1950 até 1989 e, desde então, a igreja não voltou a ser fechada.

 

Mas, voltando à Citadella, a fortaleza foi construída em 1854, como defesa durante a Monarquia dos Habsburgos. Cerca de 100 anos depois, os russos ocuparam-na durante a Revolução Húngara de 1956.

 

Lá vem no topo podemos encontrar a famosa Estátua da Liberdade. A obra de arte é uma homenagem aos soldados soviéticos que morreram durante a libertação da capital da Hungria, em 1945.

 

Depois de uma subida de cerca de 15 minutos, mais uma grande desilusão, o miradouro onde se encontra a estátua estava fechado para obras! Irraaahhhh, tanta obra! Aqui ficamos um pouco mais irritados, já que durante a subida cruzámo-nos com imensos turistas que desciam a colina e não houve uma alma caridosa que nos avisasse que o recinto estava em obras! Como vingança, fizemos o mesmo e não avisamos ninguém!

 






 

Acabamos, por tirar algumas fotos, nos melhores locais e descemos até ao próximo destino, o Mercado Central.

 






 

Já diz o ditado que a descer todos os santos ajudam, e a descida foi bem mais fácil que a subida.

 

Atravessamos a Ponte Elisabete, de onde temos uma vista desimpedida para uma estatua de homenagem ao já referido monge Gellert!

 


 

Desde a ponte, fizemos uma pequena caminhada até chegarmos ao mercado.

 

Sediado num belo edifício de 1896, o Mercado Central, Vásárcsarnok em húngaro, é um excelente local para experimentar alguns dos pratos da culinária local e comprar ingredientes e lembranças do país.

 






 

Entre as especialidades destaca-se o kolbász (salame picante), e o queijo de ovelha.

 

Existem também restaurantes onde se podem experimentar pratos locais como Lángos, que é a massa de pão à base de levedura frita em óleo e coberta com diversos ingredientes como creme de leite, queijo e alho. Como já tínhamos almoçado, não experimentamos a comida, também por se notar que os restaurantes são demasiado turísticos!

 

É o maior e mais antigo mercado coberto de Budapeste. A ideia de construir um mercado tão grande partiu do primeiro prefeito de Budapeste , Károly Kamermayer , e foi o seu maior investimento. Ele se reformou em 1896 e foi convidado a participar na cerimônia de abertura do mercado em 15 de fevereiro de 1897.

 







 

Já havia sido sugerido na década de 1860 que o abastecimento de alimentos para a capital deveria ser melhorado com a construção de feiras e mercados. Um dos principais objetivos estabelecidos nos planos preliminares era que apenas os alimentos inspecionados fossem vendidos. Não só deviam ser organizados os estabelecimentos da rede retalhista, mas também se pretendia regulamentar a comercialização dos produtos grossistas.

 

Devido à contínua deterioração das condições de abastecimento de alimentos, um plano abrangendo toda a capital foi elaborado em 1879.

 

O prédio foi projetado e construído por Samu Pecz em 1897. O mercado oferece uma grande variedade de barracas em três andares. O portão de entrada tem um toque neogótico. Uma característica arquitetónica distinta é o telhado que foi restaurado para ter azulejos Zsolnay coloridos de Pécs. O prédio tem uma  área de 10.000 metros quadrados e é coberto por uma estrutura de aço.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, o mercado foi significativamente danificado e permaneceu em condições de quase deterioração. Não foi até 1991 que uma renovação completa foi realizada para trazê-lo de volta ao seu esplendor original. O edifício foi reaberto em 1997 com grande aclamação e foi premiado com o FIABCI Prix d'Excellence em 1999.

 

O Central Market Hall continua a ser uma das atrações turísticas mais populares da cidade.

 

Como já se fazia tarde, decidimos regressar ao hotel, com mais uma paragem na Fashion Street para tirar fotos, pois não ficamos contentes com as que tiramos, no dia anterior.

 












 

Com o anoitecer, as luzes da iluminação natalícia ficam mais bonitas e brilhantes, o que dá um toque especial às fotos!

 

E assim terminou mais um dia em Budapeste.

 

Amanha, andaremos, uma vez mais pela cidade, num dia especial para nós, o autor deste blog faz 48 anos. E que melhor local para festejar o aniversário (bem, na verdade até haviam muitos, mas é o que há!).

 

Até amanha...