domingo, 28 de dezembro de 2014

Paris e Disneyland - 28 Dezembro 2014 - Paris - Marne-La-Vallée



28 Dezembro 2014 – Paris - Marne-la-Vallée

Este dia, especial para mim, começou um pouco conturbado, pois a primeira noticia que ouvimos quando acordamos e ligamos a televisão foi a da queda do avião da Air Asia. Uma noticia sempre triste e que marca uma data de aniversario. Mas não são essas noticias tristes que nos interessam neste espaço, por isso voltando ao nosso dia, dizer que deixamos o corpo acordar naturalmente, como se deseja em férias, e sem qualquer tipo de preocupação em acordar a uma determinada hora lá saímos do hotel por voltas as 9:30h, deixamos já o check-out feito e pedimos para guardar as malas até ao final da tarde. A única "complicação" foi a dificuldade em emitirem uma fatura com numero de contribuinte, mas nada que desse para estragar o dia.

Uma vez mais decidimos tomar o pequeno almoço no Starbucks, mas desta vez num local diferente, perto do nosso hotel e onde perto da paragem de autocarro, pois neste dia o meio de transporte utilizado seria o autocarro, para assim ser possível ver mais alguma coisa da cidade, aproveitando também o facto de ser domingo e não haver grande transito na rua.

Como o nosso destino seria o Sacré-Coeur, consultamos uma aplicação para Iphone que permitia calcular a melhor opção para um determinado percurso. E como a paragem de partida estava localizada Saint Michel, fomos caminhando até aparecer um Starbucks Coffee. Para nossa sorte rapidamente encontramos um que estava a abrir e tomamos o pequeno almoço ali mesmo, enquanto as funcionárias limpavam o chão.


O pequeno almoço foi o habitual, alguém disse que era pobrezinho para um dia de aniversário, mas não precisei de mais. Aqui fica uma foto do meu pequeno almoço:



Ainda tivemos de esperar um pouco pelo autocarro 85 que nos levou até Condorcet-Trudaine e a partir dai foram 5min a caminhar (a subir!) até à "Basilique du Sacré-Coeur".


 Lá chegados a vista sobre uma cidade de Paris, ainda meio adormecida é fantástica.

 
 

A basílica é um templo da Igreja Católica Romana, sendo também, o símbolo do bairro de Monte Martre. A basílica está localizada no topo do monte Martre, o ponto mais alto da cidade. A basílica do Sagrado Coração foi construída com mármore travertino extraído da região de Seine-et-Marne, o que lhe proporciona uma tonalidade branca. Essa pedra constantemente dispersa cálcio, o que garante a cor branca da basílica mesmo com as chuvas e a poluição. O mosaico no ápice, chamado Cristo em majestade, é um dos maiores do mundo.
 


É um dos monumentos mais visitados da França, tem o formato de cruz grega adornada por quatro cúpulas, incluindo a cúpula central de oitenta metros de altura. Uma torre serve de campanário a um sino de três metros de diâmetro e que pesa mais de 26 toneladas.
  
A arquitetura da basílica é inspirada na arquitetura romana e bizantina e influenciou muitos outros edifícios religiosos do século XX.

A ideia de construir um templo dedicado ao Sagrado Coração surgiu depois da guerra Franco-Prussiana (1870), como pagamento da promessa feita por Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury de erguer uma igreja caso a França sobrevivesse às investidas do exército alemão . O arquiteto Paul Abadie projetou a basílica depois de vencer um concurso com mais de 77 arquitetos, mas morreu em 1884, logo após o início da obra. Muitos elementos da basílica são baseados em temas nacionais: o pórtico, com três arcos, é adornado por duas estátuas de Santa Joana D'Arc e do Rei São Luís IX e o sino de dezanove toneladas (um dos mais pesados do mundo), refere-se à anexação de Saboia em 1860.

A construção começou em 1875 e foi concluída em 1914, embora a consagração da basílica tenha ocorrido apenas após o final da Primeira Guerra Mundial.


 A basílica possui um jardim para meditação, com uma fonte. O topo é aberto aos turistas e reserva uma vista espetacular da cidade de Paris, no entanto maquinas fotograficas e outros aparelhos eletrônicos são proibidos no interior da basílica.


Mais informação: aqui

Como já conhecia o interior da basilica, não me apeteceu juntar-me à enorme quantidade de turistas que entravam formando uma grande fila mais ou menos ruidosa. Enquanto a Virginia e a Beatriz entravam eu fiquei no exterior a tirar umas fotos da cidade e do exterior da basilica.


Queria aqui chamar à atenção para 2 situações mais delicadas e que podem trazer alguns dissabores a quem não estando a par delas possa cair no golpe dos burlistas. Isto existe em quase todas as cidades do mundo, mas aqui junto ao Sacré-Coeur são diárias. A primeira burla ocorre quando alguém à nossa frente finge apanhar um anel de ouro e pergunta se é nosso. A maioria vai dizer que não, mas alguns, com alguma ganancia vão aceitar e é nessa altura que o burlista vai exigir uma recompensa pelo achado e caso não seja atendido vai fazer um escândalo, que normalmente faz com que se vá ao bolso buscar uns trocos para que eles se calem.

A segunda "burla" refere-se a umas linhas, que normalmente africanos tentam colocar no nosso pulso e com elas fazer uma pulseira e depois pedir dinheiro pela pulseira, às vezes até com o argumento que é para ajudar a igreja. Já sabem, afastem-se destes burlões e se puderem evitem visitar esta zona ao final do dia.

Como esta zona estava muito movimentada (o que acontece normalmente!) propiciando os carteiristas, não me estava a sentir confortável neste local e como tal decidimos abandonar o local.

A partir deste dia deixava-mos de estar sozinhos, pois chegariam de Portugal 2 casais que nos fariam companhia na nossa estadia na Eurodisney, e o ponto de encontro tinha sido marcado para junto da Torre Eiffel por volta das 14:00h pois eles chegavam de Portugal às 12:15h, este seria o nosso destino.

Novamente junto à Place d'Anvers, apanhamos o autocarro até ao Trocadero, mesmo junto à Torre Eiffel, mas do outro lado do rio Sena. Durante o percurso do autocarro fomos abordados por uma portuguesa emigrante que não resistiu a meter conversa assim que percebeu que eramos portugueses.


Como ainda era cedo para o nosso encontro passamos o tempo a tirar fotografias à Torre Eiffel de tudo quanto era angulo e enquadramento.
  
  
  


Acabamos por almoçar nas barraquinhas que existem junto ao Champs de Mars, para não variar uns cachorros e umas sanduíches de queijo. Tal como disse no tópico de ontem, a oferta junto à Torre Eiffel não abunda e a que existe é cara, pelo menos que eu conheça!
  

Mais umas fotografias, uma voltinha pela feirinha de artesanato e souvenirs junto ao rio, até que finalmente os amigos chegaram.


Depois dos beijos e abraços chegou a hora de definir o que íamos fazer durante a tarde, ou se pelo contrario queriam ir diretamente para a Disney. Aqui comecei a perceber (ou a relembrar!) o porquê de normalmente fazermos férias sozinhos. o filho de um dos casais decide que queria subir ao cimo da torre, apesar da quantidade de pessoas que queriam fazer o mesmo. Previsão, no mínimo 2-3 horas para o fazer!

Como o miudo tem "apenas" 17 anos não tivemos outra alternativa que dar uma voltinha pela cidade até ele se juntar a nós para, então irmos para o hotel junto à Disney.

Acabamos por regressar aos armazéns Printemps para as miúdas verem as montras com mais calma. Aproveitei para filmar um pouco as referidas montras pois no dia anterior apenas tirei fotos e sem o movimento as montras perdiam grande parte do seu encanto.

Após algum tempo a deambular por lá achamos que como tínhamos de passar pelo nosso hotel para ir buscar as malas já seriam horas de voltar à Torre Eiffel e vers e o Afonso já tinha conseguido concretizar a sua intenção.

Depois de alguma "ginástica" no metro, pois apenas nós tínhamos os bilhetes ilimitados, o que implicou por parte dos nossos amigos algum tempo de espera dentro das estações do metro (sem nada para fazer!) lá chegamos ao nosso destino, mas do Afonso, nem sinal! não atendia o telemóvel, e lá sai eu e o pai dele para o procurar. A tarefa pode ser comparada, literalmente, a procurar uma agulha num palheiro tal a quantidade de turistas que por lá andavam.

Ainda sugeri esperar por uma chamada dele, mas como um pai não aceita este tipo de espera passiva (como eu o compreendo!) lá saímos...

A noite já tinha caído e apesar de não chover estava um frio de rachar e como era expectável a nossa volta pela zona apenas serviu para fazer exercício físico pois conseguimos cruzar-nos com ele sem o vermos...Depois de inúmeras chamadas lá atendeu o telefone dizendo que o telefone tocava muito baixinho e não conseguia ouvir! Enfim... é esta a nossa juventude!

Mas no fundo, o mais importante é que estávamos todos juntos e podíamos rumar à Disney. Bem ainda não era à Disney mas pelo menos ficaríamos mais perto.

Deixo aqui um video que pode considerar-se um resumo da nossa estadia em Paris:





A forma mais fácil e rápida de ir do centro de Paris para Marme-La-Vallée é apanhar um comboio RER (equivalente aos nossos suburbanos!), linha A em qualquer uma das seguintes estações: Charles de Gaulle Etoile, Auber, Chatelet Les Halles, Gare de Lyon e Nation. O preço é sempre o mesmo, 7,50€ e a viagem demora cerca de 45min. Têm é que ter em atenção o destino final que tem que ser Marne-La-Vallée - Chessy pois a mesma linha serve outro destino (Boissy St Léger) existindo uma bifurcação a meio do percurso. É preciso ter alguma atenção na hora de escolher o comboio.

Nós, como estávamos próximos da estação de metro/comboio, Charles de Gaulle Etoile, foi aqui que compramos os bilhetes e apanhamos um comboio que estava mesmo a partir. Tivemos imensa sorte porque normalmente os comboios saem a cada hora e por isso evitamos uma valente espera. Claro que para isso tivemos de correr um pouco, o que com malas não é nada fácil.

A viagem foi chata, já que no exterior estava escuro e nada conseguíamos ver (provavelmente também nada haveria para ver!) e como o comboio ia quase cheio ficamos separados uns dos outros, não conseguindo conversar. Alguns aproveitavam para dormir!

O nosso destino não era a estação que fica mesmo junto à entrada da Disneyland, mas sim a anterior, a Gare RER Serris-Montévrain - Val d’Europe, já que o nosso hotel ficava mesmo em frente à mesma.

Falando agora sobre o hotel e a sua escolha. A melhor forma de visitar a Disney é aproveitar os pacotes que incluem alojamento, alimentação e entradas no parque. Normalmente existem umas promoções engraçadas que fazem com que compense comprar tudo junto. O problema é que essas promoções nunca são para o Natal. Por vezes encontram-se algumas para o carnaval, pascoa, mas nunca para o Natal e Ano Novo.

Fizemos algumas simulações e os preços eram tão caros que cheguei a pensar seriamente em deixar esta viagem para mais tarde. Ficava quase ao preço do meu próximo cruzeiro...!

Como não sou de desistir à primeira dificuldade, recorri a alguns amigos pedindo conselhos sobre algumas hipóteses, sendo que o Hotel l'Elysée Val d'Europe (http://en.hotelelysee.com/) foi-me recomendado por um grande amigo que teceu tantos elogios que o hotel ficou logo escolhido. Revelou-se uma excelente escolha, que recomendo a quem quiser visitar a Disney e tratar do alojamento separado. O hotel é associado da Disney oferecendo algumas regalias, apesar de menores que os hotéis geridos diretamente pela Disney.
 
 
 

Assim que chegamos, deixamos as malas nos quartos e saímos para jantar pois a noite já ia longa e no dia seguinte queríamos aproveitar ao máximo os parques e estava previsto acordar cedo.

Pedimos conselhos sobre onde jantar e a receção do hotel deu-nos uma brochura com todas as ofertas disponíveis nas redondezas com um gráfico de distancias e tipo de comida. Optamos por um Steakhouse a 100 metros do hotel.

Como já todos estávamos um pouco fartos de fast food foi uma ótima opção apesar de não ser barata pois escolhemos um menu fixo que custava 16,90€ por pessoa com bife, acompanhamento, bebida. Para a realidade francesa, foi mesmo uma pechincha, ao ponto de termos voltado outra vez, sinal que gostamos.



Após o jantar ainda ficamos uns minutos a conversar no lobby do hotel e acabamos por decidir pagar o pequeno almoço do hotel, apesar do custo do mesmo, 14€ por pessoa com oferta das crianças. Se não o fizéssemos teríamos de andar à procura de um local para o pequeno almoço e havendo algumas alternativas estas implicavam perder tempo que já se si era escasso ou então acordar ainda mais cedo do que o fizemos nos dias seguintes.



Então até amanha, com 4 graus negativos...






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