24 agosto 2016 – Mykonos
Ainda não
estávamos completamente refeitos da agitação do dia anterior e eis que já
tínhamos de estar prontos para outra escala. Desta vez a escala estava
programada para uma ilha que muita gente considera ainda mais bonita que Santorini.
Pessoalmente considero Santorini mais bonita e romântica, mas cada um tem os
seus gostos. Vamos lá então passar o dia por Mykonos.
Como a chegada a
Mykonos estava programada para as 08:00h, e tínhamos excursão reservada
acordamos por volta das 07:30h, pois não teríamos que estar fora do navio, no
ponto de encontro para a excursão, antes das 09:00h.
Como sempre,
ainda antes do pequeno-almoço passamos os olhos pelo “Freestyle Daily” para
relembrar a hora do “todos a bordo” e também saber quais as atividades que
estariam disponíveis a bordo após o regresso ao Jade.
Em Mykonos,
apenas alguns navios podem atracar pois o porto é pequeno e alguns têm que
ficar fundeados ao largo. No dia em que estivemos na ilha estavam fundeados o
Celebrity Equinox e o Mein Schiff 2. Nós, felizmente ficamos atracados no
porto, o que facilita sempre a entrada/saída do navio.
Para a visita a
Mykonos, à semelhança do que fizemos em Santorini e pelas mesmas razões,
contratamos a empresa “Shore 2 Shore” para realizar a excursão. Neste caso a
excursão ficou ligeiramente mais cara, pois pagamos 97,76€ para toda a família.
Logo à saída do
navio tínhamos à nossa espera a guia que nos conduziu a um autocarro e assim
que chegou todos os passageiros arrancamos para a visita à ilha.
Mykonos é uma
ilha de contrastes. Uma ilha onde o pitoresco anda de mãos dadas com um
desenvolvimento frenético e beleza natural com a alta sociedade. Mas seja com
que olhos olharmos para ela, uma coisa é certa: Mykonos é uma das mais belas
ilhas do Egeu, e a ilha que oferece a maior variedade de opções de férias.
Começamos a visita
à ilha de Mykonos pela região de Ornos, construída em redor da praia com o
mesmo nome, popular devido à proteção que oferece do vento. Junto com a praia
Aghios Ioannis, Ornos foi-se desenvolvendo em jeito de condomínio turístico
composto e autónomo. Os prédios são novos, mas adaptados à arquitetura
tradicional das Cíclades. Há hotéis (muitos deles de luxo) e uma grande
quantidade de atividades no verão, mas no inverno a aldeia não tem mais de 300
habitantes permanentes.
Nesta praia, de Aghios
Ioannis (praia São João) fizemos a nossa primeira paragem para fotografias.
Neste caso para fotografar a ilha de Delos. A ilha está mesmo em frente à
praia, e é a ilha sagrada de Apolo e as suas casas santuário são um dos mais
importantes sítios arqueológicos de toda a Grécia.
Daqui partimos
para a segunda povoação da ilha, Ano Mera, logo após Hora, foi criada em 1571
por colonos Cretenses que haviam habitado durante alguns anos na ilha de Folegandros.
Localizada na
parte leste de Mykonos, Ano Mera é onde a maioria dos habitantes permanentes da
ilha têm atualmente as suas casas. A povoação está organizada em torno do
mosteiro histórico da Virgem Maria, a Tourliani, onde se realiza a maior festa
da ilha a 15 de agosto (Assunção da Virgem).
Todos os
domingos, há uma série de atividades na praça da aldeia, depois da missa
realizada no mosteiro adjacente, especialmente no verão, quando os chamados
Anomerites (as pessoas cuja origem é Ano Mera) de Atenas estão em férias na
ilha.
Em termos
turísticos da povoação é muito desenvolvida, mas nos últimos anos tem havido
alguma evolução. A da praça da vila foi reformada e tornou-se uma área
pedestre.
Esta mudança,
combinada com a nova tendência de muitos visitantes de evitar a confusão de Hora
nas suas saídas à noite, têm trazido muitas pessoas a esta povoação.
Verdade seja
dita, a povoação tem muito pouco interesse para um visitante da ilha, mais ainda
quando este é um cruzeirista, que com o seu tempo limitado tem que programar
muito bem as suas paragens. A nossa paragem serviu para tomar um café, aceder
ao wifi num dos cafés ai existentes e pouco mais.
Além da entrada
do mosteiro, o que retenho desta paragem foram os 2,15€ que nos cobraram por um
expresso (mau, ainda por cima!).
Foi um alívio
quando partimos para um local novo e continuando a circular pelo centro da
ilha, chegamos ao nordeste de Mykonos, onde fica localizada a praia Kalafatis,
uma das 80 praias de sonho em torno da ilha de Mykonos.
Fizemos nova
paragem para fotografias, na cafetaria que existe junto à praia, mesmo em
frente ao mar e de frente para os Seios da Deusa Afrodite, ou seja, uns montes
de terra que dominam a paisagem. Uma oportunidade para tirar algumas fotos
desta praia, e da água do mar com uma cor divinal.
Desde este local
dirigimo-nos, finalmente à capital da ilha, Hora, e depois de estacionado o
autocarro num parque junto ao porto antigo fomos, a pé para o interior da cidade.
Começávamos a
ter uma verdadeira imagem da beleza de Mykonos. O porto mais pitoresco das Cyclades, parece que acabou de sair de uma
pintura. As casas de um branco puro, com suas escadas paralelas e portas
multicoloridas, janelas e corrimões para se agarrarem, a colina que se ergue em
direção aos moinhos de vento. As ruas estreitas, pavimentadas com lajes
esboçadas de branco. Nos telhados das casas, podemos ver as cúpulas pintadas
das igrejas com as características cruzes. Agora sim podíamos dizer que tínhamos
chegado a Mykonos.
De verão, a vida
tende a concentrar-se na estrada central que atravessa a cidade, a Rua
Matoyanni e as ruas estreitas em torno desta, conhecidas coletivamente como o
distrito Matoyannia, que constitui o centro comercial da cidade.
Estes poucos
quarteirões de edifícios que contêm lojas, bares e restaurantes para agradarem
a todos os gostos e carteiras.
Na verdade, a rua Matoyanni é uma das ruas mais caras de compras em toda a Grécia.
Na verdade, a rua Matoyanni é uma das ruas mais caras de compras em toda a Grécia.
O centro é um
emaranhado de pequenas casinhas brancas com varandas de madeira e escadinhas
coloridas no meio de um emaranhado de ruelas de pedra, cheias de lojinhas,
barzinhos e tavernas tipicamente gregas.
Tudo muito bonito,
arranjadinho e harmonioso. A cada beco que entramos, damos de caras com uma
nova descoberta. A cidade é um verdadeiro labirinto e não deve haver melhor
local para alguém se perder.
A primeira
paragem para fotografias no interior da cidade de Mykonos foi, num local
elevado, junto a um moinho de vento abandonado de onde tínhamos uma panorâmica
da cidade que era uma delícia.
A visão 360º da cidade, a vista para o porto antigo, onde podíamos visualizar claramente o Jade atracado e os seus dois companheiros fundeados ao largo, sendo fustigados pelos ventos fortes que diariamente sopram naquela região.
De regresso às ruas do centro da cidade, sem saber por onde andávamos, mas com a certeza que iríamos dar a algum lado, fomos caminhando por entre turistas que faziam o mesmo que nós, locais que tentavam com os seus pequenos carros fazer as entregas aos estabelecimentos do interior da cidade.
De repente, somos surpreendidos por uma loja da Louis Vuitton, ali? Bem vistas as coisas tem lógica, mas a primeira reação foi de surpresa.
A visão 360º da cidade, a vista para o porto antigo, onde podíamos visualizar claramente o Jade atracado e os seus dois companheiros fundeados ao largo, sendo fustigados pelos ventos fortes que diariamente sopram naquela região.
De regresso às ruas do centro da cidade, sem saber por onde andávamos, mas com a certeza que iríamos dar a algum lado, fomos caminhando por entre turistas que faziam o mesmo que nós, locais que tentavam com os seus pequenos carros fazer as entregas aos estabelecimentos do interior da cidade.
De repente, somos surpreendidos por uma loja da Louis Vuitton, ali? Bem vistas as coisas tem lógica, mas a primeira reação foi de surpresa.
Caminhando um
pouco mais, chegamos a um dos locais que maior expectativa nos criava, os
famosos moinhos de vento de Mykonos.
Devido à sua
localização geográfica, Mykonos esteve situada no centro de uma rota marítima
que ligava Veneza à Ásia. A necessidade de refinar os grãos e compactá-los para
transporte aliou-se ao facto da região sofrer durante todo o ano ventos fortes,
fazendo com que os venezianos aproveitassem essa localização para a construção
dos moinhos, que inicialmente foram usados como moinhos de trigo. Muitos datam
do século XVI – inclusive um deles encontra-se em funcionamento no Museu
Folclórico da cidade até hoje – e apresentam um mesmo formato arredondado, de
cor branca, pequenas janelas e um telhado de palha, cónico e pontiagudo.
Os moinhos podem
ser vistos de vários pontos da ilha, por se localizarem no cimo de um pequeno
monte próximo do porto de Alefkandra. A maioria deles encontram-se voltados
para norte, que é de onde vêm os ventos mais fortes na maior parte do ano. Os
moinhos, atualmente estão desativados, mas garantem lindas fotos, em especial
no fim de tarde, quando o sol se está a pôr para uma imensa plateia de
turistas.
Desde aqui fomos
caminhando, agora junto à praia e ao mar até Little Venice. Mas antes de lá
chegarmos ainda tivemos de passar pelo interior da cidade, onde demos de caras
com a única igreja católica de Mykonos. A Igreja Católica de Mykonos,
localizada perto de Little Venice é o único templo católico da ilha. Esta é um
pequeno e silencioso templo no meio do burburinho da zona. Toda caiada de
branco, algo comum nas ilhas gregas, o seu interior é bem simples, de apenas
uma nave, também algo comum pelas ilhas.
Diz a lenda que
há cerca de 40 anos atrás, um pescador encontrou um pelicano ferido na ilha,
decidiu cuidar dele e soltá-lo para que voltasse para casa, mas ele decidiu
fazer de Mykonos a sua nova morada. Este era o primeiro Petros, que depois veio
a morrer atropelado e os habitantes trataram logo de encontrar um substituto
para o primeiro Petros, chamando-o também de Petros. Dizem que Mykonos tem 3
pelicanos e nós apenas vimos um deles. Agora, se me perguntarem se era o Petros
ou um dos outros, não faço a mínima ideia.
E assim chegamos
a Little Venice. Quando falamos de Little Venice, falamos de um conjunto de
casas construídas no século XVI banhadas pelo mar. Acredita-se que foram
erguidas pelos piratas para facilitar quando descarregavam os barcos.
É um dos lugares
mais procurados de Mykonos, com uma paisagem fabulosa, sobretudo durante o
pôr-do-sol, com o mar à frente e os moinhos ao lado.
Continuando o
nosso caminho de regresso ao Jade, agora já sem a companhia do grupo da “shore
2 shore”, chegamos a uma praça onde temos a igreja ortodoxa mais fotografada de
toda a Grécia, a Igreja Panagia Paraportiani.
Desde este local
tínhamos uma boa perspetiva do porto e dos navios lá posicionados.
Novamente
através de ruelas labirínticas, chegamos junto à praia e ao caminho que
acompanha a forma de baía que é criada pelo mar, formando o porto marítimo.
A meio do
caminho damos de caras, novamente com uma igreja católica, mas esta muito mais
pequena que a anterior, sendo que essa também já não era grande. A igreja de Agios
Nikolaos, fica mesmo junto ao mar.
Esta igreja é
uma das poucas igrejas da era pós-bizantina da ilha. É muito pequena e retratada
com a cúpula azul característica de outras igrejas da ilha.
No exterior,
junto à igreja existem uns bancos que oferecem um lugar confortável para sentar,
descansar ou simplesmente apreciar o skyline de Mykonos.
Um pouco à
frente deste local fica o estacionamento publico que serve de local de partida
para os autocarros grátis colocados pela Ncl para efetuar o transfer até ao
terminal de cruzeiros do porto novo, que ainda fica um pouco distante do centro
da cidade.
Como já tínhamos
visto o que queríamos decidimos regressar ao navio aquela hora e assim ainda
termos a possibilidade de almoçar a bordo.
O Jade partiu pouco
tempo depois em direção à última escala deste cruzeiro e nós passamos o resto
da tarde na piscina, apesar do vento que se fazia sentir e que tornava um pouco
desconfortável o ambiente nos decks superiores do navio.
Aproveitamos
para usufruir do Ultimate Beverage Package e fomos experimentando algumas das
bebidas que fazem parte do cardápio da Ncl.
Como tínhamos
intenções de ver o espetáculo da noite preparamo-nos cedo para a noite e às
19:30h estávamos no teatro para assistir à atuação dos “Barricade Boys”.
Trata-se de uma
banda composta por 4 cantores que durante a sua atuação apresentam “covers” de
grandes músicos e grandes canções da história da música.
Não tiramos
fotografias, pelo que apresentamos algumas disponíveis na internet, apenas com
a intenção de deixar a sugestão para futuros cruzeiristas.
Foi uma atuação
que divertiu a audiência, tanto com as músicas como com as piadas que foram
fazendo. Sendo que a maioria delas foram com trocadilhos, apenas os americanos
percebiam essas. Nada que não estejamos habitados de outras viagens!
Findo o
espetáculo fomos, uma vez mais até ao “Alizar” para jantarmos. À semelhança do
dia anterior quase não havia fila de espera e rapidamente fomos acompanhados à
nossa mesa.
A ementa para
essa noite:
Após o jantar
passamos pelo bar “Medusa” onde estava a haver um tributo aos anos 70, com
musicas dessa era. Ficamos por ali algum tempo até recolhermos ao camarote para
descansar, pois o dia tinha sido cansativo, principalmente para as miúdas, que
se viram obrigadas a caminhar mais que o normal..
Termino com o
vídeo da nossa passagem por Mykonos e aproveito para deixar a minha opinião
sobre Mykonos. Achei a ilha muito bonita com algum charme. Não vimos de todo o
luxo e a presença da alta sociedade que apregoam, assim como não vimos “gays”,
que segundo rezam as cronicas abundam na ilha.
Provavelmente,
se tivéssemos ido a uma das muitas belas praias que a ilha tem tivéssemos uma
opinião diferente, mas face ao que vimos preferimos Santorini. Mas isto são só
gostos pessoais!
À nossa espera no camarote tínhamos, mais uma vez um intruso:
À nossa espera no camarote tínhamos, mais uma vez um intruso:
Até amanha em
Katakolon, para um dia de praia!
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