05 outubro 2005 – Londres - Inglaterra
E
eis-nos aqui de volta para passar para o papel mais algumas memórias que até ao
momento limitam-se a estar guardadas no ínfimo do nosso cérebro.
Confesso
que me tem dado tanto prazer relatar as viagens atuais como estas que apesar de
já terem ocorrido à cerca de 10 anos, e com isso tanta coisa mudou!, pois este
trabalho implica revisitar as fotos que tiramos, as notas que escrevemos
aquando da preparação da viagem e com isso tenho relembrado pormenores que já
nem lembrava existirem; tenho dado comigo a sorrir com peripécias que
aconteceram e talvez mais importante que tudo, sendo uma inevitabilidade da
vida, como o tempo passa a correr nesta nossa existência!
Voltando
ao tema, correspondendo a um desejo da Virgínia de conhecer Londres, decidi na
ocasião do seu aniversário oferecer-lhe a viagem a Londres como presente. Seria
o meu presente “imaterial” para ela, daqueles presentes que ficam “apenas” na
memória.
Assim,
numa altura em que o 5 de Outubro ainda era feriado, saímos de manha do “nosso”
aeroporto, Dr. Francisco Sá Carneiro, num voo da TAP com destino a Londres Heathrow.
Num
voo tranquilo chegamos a Londres após estarmos 25 minutos às voltas nos céus da
cidade à espera de vez para aterrarmos num dos aeroportos mais movimentados do
mundo.
Chegamos
a Londres num dia cinzento, tipicamente “british” e assim que arranjamos um táxi
fomos logo surpreendidos pelo facto do condutor não fazer ideia alguma onde
ficava o nosso hotel. Ou o condutor era inexperiente ou o nosso hotel deveria
ser “manhoso”. Mais à frente vamos ver que era esta segunda opção!
Demoramos
cerca de 30 minutos a percorrer os cerca de 21 kms que distavam entre o
aeroporto e o hotel onde ficaríamos alojados, o Oxford Hotel,
em Earls Court.
A
escolha do hotel foi algo problemática porque os hotéis em Londres são muito
caros e como se tratava de uma escapadinha de alguns dias não queríamos gastar
muito dinheiro.
Basicamente
escolhemos um hotel que tivesse uma boa localização, próxima de transportes públicos
e era o caso, pois tínhamos a estação do comboio mesmo nas traseiras do hotel,
ao ponto de ouvirmos os comboios a chegar enquanto tomávamos o pequeno-almoço.
Efectivamente
o hotel foi barato mas posso dizer que sem sombra de duvidas foi o hotel mais
fraco que fiquei até hoje. Na altura, não havia elevador e tínhamos de subir
até ao 3º andar através de uma escada em caracol onde apenas passava uma pessoa
carregados com as malas; a casa de banho era minúscula com uma porta em
contraplacado sem fechadura, apenas um sistema de dobradiças ao estilo dos “saloons”
americanos. No entanto no que toca à limpeza não temos absolutamente nada a
apontar.
Em
relação ao pequeno-almoço, o mesmo era muito básico, havendo a necessidade de
pedir o número de tostas que queríamos, por exemplo. Vantagem, pelo menos para
a Virgínia, sermos atendidos por brasileiros em português, o que é sempre agradável.
Enfim,
como costumo dizer: “You get what you have paid for!”
Como
disse anteriormente, o hotel estava localizado junto à estação de comboio/metro
de Earls Court e desde aqui podíamos deslocar-nos facilmente para qualquer
ponto da cidade.
Próximo
do hotel ficavam alguns museus famosos de Londres como o Royal Albert Hall, e o
Museu da Ciência e Historia Natural. E foi mesmo por este que começamos a nossa
visita a Londres.
O Museu de História Natural de Londres é um dos três museus principais de Londres. Acolhe inúmeras coleções de ciências da vida e da Terra. Possui também um jardim de vida saudável, que inclui várias espécies nativas de fauna e flora.
O Museu de História Natural de Londres é um dos três museus principais de Londres. Acolhe inúmeras coleções de ciências da vida e da Terra. Possui também um jardim de vida saudável, que inclui várias espécies nativas de fauna e flora.
Foi fundado em 1881 como um departamento do Museu Britânico, mas atualmente é um monumento público patrocinado pelo Ministério da Cultura. Dada tratar-se de uma instituição muito antiga, muitas das coleções que alberga têm um grande valor histórico, bem como valor científico, como os espécimes recolhidos por Darwin. A biblioteca contém extenso material, que inclui livros, jornais, manuscritos e coleções de arte ligadas ao trabalho e à pesquisa
O
prédio em que está instalado, conhecido como Waterford Building, é
impressionante. Salientamos as torres espirais e os arcos da entrada, que foram
inspirados nas colunas de basalto da gruta de Fingal na Escócia. Na grande ala
central do museu, não devemos olhar só para o enorme esqueleto de dinossauro
exposto, devemos olhar também para o teto.
As
centenas de painéis exibem pinturas delicadas de plantas e animais. Em toda
a decoração interna e externa do museu aparecem detalhes que nos lembram a
diversidade biológica do planeta.
Como
referido antes, a coleção é monumental. Segundo o website do museu, são mais 70
milhões de espécimes, de micro-organismos a esqueletos de dinossauros, mamutes
e baleias, que formam o maior e mais importante acervo de história natural do
mundo. Iniciada pelo médico, cientista e colecionador dos séculos XVII-XVIII,
Sir Hans Sloane, cobrindo hoje quase todos os grupos de plantas, mamíferos,
minerais e fósseis.
Uma das galerias mais visitada é a dos Dinossauros, com destaque para o T-Rex mostrado numa foto mais abaixo, e a dos mamíferos, em que a réplica de uma enorme baleia azul, maior mamífero do planeta atualmente, flutua no teto, juntamente com a de outros animais aquáticos.
Uma das galerias mais visitada é a dos Dinossauros, com destaque para o T-Rex mostrado numa foto mais abaixo, e a dos mamíferos, em que a réplica de uma enorme baleia azul, maior mamífero do planeta atualmente, flutua no teto, juntamente com a de outros animais aquáticos.
As
galerias são agrupadas por zonas, vermelha (o planeta e suas mudanças), verde
(meio ambiente e evolução), azul (diversidade da vida) e a mais recente,
laranja, onde está o Darwin Center, um anexo em forma de casulo que foi
inaugurado em 2009 e que abriga laboratórios, salas de exibição e uma exposição
de plantas e insetos da extensa coleção do museu.
Inaugurada
em janeiro de 2011 (logo, não exista na data da nossa visita!), a galeria
Imagens da Natureza exibe mais de 100 registos visuais da natureza criados por
artistas e cientistas nos últimos 350 anos. Aquarelas de botânicos famosos,
gravuras de viajantes e exploradores e imagens geradas por computador convivem
neste novo espaço.
Fico
sempre maravilhado com estes museus de história natural e com a forma como eles
representam as origens da vida natural no nosso planeta, com particular destaque
para os dinossauros que fotografamos de todos os ângulos possíveis e imaginários.
Saindo
do museu decidimos ir caminhando pela Brompton Road até ao Harrods. Foi uma
caminhada de 15 minutos já com o dia a escurecer.
A
Harrods é a mais luxuosa e exclusiva loja de
departamentos do mundo, localizada na rua Brompton Road, Knightsbridge. Ocupa
uma área de 5 acres e tem 90.000 m² de espaços de venda, sendo a maior loja da
capital inglesa. O lema da Harrods é “Omnia Omnibus Ubique”, ou seja:
"Todas as coisas, Para todas as pessoas, Em todo lugar".
Muitos
dos seus departamentos, incluindo o departamento sazonal temático de Natal e o
Food Hall (restaurantes de cozinhas de varias partes do mundo), são mundialmente
famosos.
Tudo
dentro da loja tem um glamour especial e vou aqui fazer uma confidência, a
conselho de um amigo fui experimentar as casas de banho, onde existe alguém permanentemente
a limpar tudo assim que usamos a mesma! Quis confirmar se era verdade e posso
dizer que assim que lavei as mãos já estava um senhor a limpar o lavatório que
eu usei!
Não
perdemos muito tempo dentro da loja porque o glamour paga-se e lá tudo é caro,
mais que não seja pela cotação da Libra. Ainda assim tivemos tempo para admirar
um carro de fórmula 1 que estava em exposição.
Era
o Mercedes do Kimi Raikkonen e era o alvo das atenções gerais com imensa gente
a querer tirar fotos, pelo que as nossas foram tiradas à pressa, mas queria
documentar o momento.
Um
pouco mais à frente fica o Hard Rock Café onde fomos comprar um dos muito
peluches que temos com a marca desta cadeia de cafés que suponho que fatura
mais com merchandising do que com restauração.
Como
isto de querer conhecer uma cidade tão grande como Londres em 3 ou 4 dias
obriga a algumas loucuras, continuamos a caminhar até Piccadily Circus onde
ficamos a olhar para todos os painéis publicitários deslumbrados com tanta luz
(e ainda não conhecíamos Times Square!).
Continuando o nosso caminho passamos por Trafalgar Square e descemos até ao Palácio de Buckingham, sobre o qual vamos falar mais para frente num outro post.
Faltava fotografar o Harrods à noite com todas as suas luzes a conferir um efeito especial ao edifício.
Finalmente decidimos regressar ao hotel para descansar completamente exaustos pois todo o percurso foi feito a pé.
Em
jeito de conclusão deste post referir que quando chegamos ao hotel, nem nos
preocupamos com a falta dos mimos no quarto, dormimos como estivéssemos a
dormir numa cama do melhor hotel 5* de Londres!
Amanha,
será um novo dia e vamos percorrer novamente muitos quilómetros para aproveitar
ao máximo o nosso tempo na cidade.
Até
lá!
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