18 agosto 2016 – Pisa
Deixamos La
Spézia para trás e novamente através da autoestrada chegamos a Pisa ainda com
luz solar para permitir visitar o que queríamos, a torre inclinada de Pisa.
Felizmente
encontrámos um local para estacionar relativamente próximo do Campo dos
Milagres onde fica a torre, assim como outros monumentos interessantes. Convêm
lembrar que em Pisa, à semelhança de muitas outras cidades históricas italianas
não se pode circular de carro no centro histórico da cidade.
Como já
conhecíamos a cidade, a nossa estadia na cidade de Pisa seria mais como base
para visitar localizadas vizinhas que para visitar Pisa. Limitar-nos-íamos a
mostrar a torre ex-libris da cidade às nossas filhas, subir à torre caso tal
fosse possível e explorar as imediações da praça.
Percorremos a distância
entre o local onde deixámos o carro e a Piazza del Duommo em poucos minutos e
assim que chegamos fomos logo tratar de ver qual o horário disponível para
subir à torre. Já só havia disponível para as 20:45h. Um pouco tarde, mas não
havia nada a fazer.
A visita a todos
os monumentos é paga, com exceção da Catedral cuja entrada está permanente
aberta. Mas atenção que durante a celebração das missas não é permitida a entrada
a turistas, exceto se forem assistir à missa.
Antes de
subirmos iríamos divertir-nos, essencialmente a tirar algumas fotos da torre.
Falando alguma
coisa sobre a cidade, Pisa dominou o Mediterrâneo ocidental até o século XIII,
quando perdeu a hegemonia comercial para Génova, em função do assoreamento do
estuário do Rio Arno e mais tarde foi obrigada a subordinar-se a Florença.
Pisa foi
bastante destruída na Segunda Guerra Mundial, pelo bombardeamento dos aliados,
mas curiosamente a Piazza del Duommo, conhecida como Campo dos Milagres, o
maior tesouro de Pisa, ficou completamente intacta. A praça é formada por três
edifícios maravilhosos. O Duommo, o Batistério e a Torre do Campanário.
O complexo
impressiona logo à primeira vista e demoramos um pouco a habituar-nos à ideia
de estarmos num postal ilustrado de um dos locais mais turísticos do mundo.
Pouco depois de acalmarmos os sentidos tudo muda de perspetiva. De qualquer ângulo
que se olhe para aquelas peças inseridas no Campo dos Milagres somos brindados
com lindas imagens.
A maior atração
da cidade é a bela Torre de Pisa, uma obra de arte erguida em mármore branco e
famosa pelo insólito de estar… inclinada. A torre foi construída a partir de
1173, sobre um terreno arenoso. Em função de alicerces pouco profundos, a Torre
começou a inclinar ainda em construção. Apesar disso a construção da mesma
continuou ficando concluída em 1350.
Durante alguns
anos as visitas à Torre foram proibidas devido à sua inclinação, que por volta
de 1995 atingiu 5,4 mts e 5,5 graus.
Após algumas
intervenções que estabilizaram a sua inclinação em 3,99 graus, a visita à Torre
foi novamente permitida.
Um facto curioso
sobre a torre, é que foi aqui Galileu Galilei aproveitando a inclinação da
torre realizou experiências para quantificar a velocidade de queda dos objetos.
Uma das
brincadeiras preferidas dos turistas junto à torre é tirarem fotos em frente à
Torre de Pisa, fingindo que estão a segurar ou empurrar o monumento. Isto faz
as delícias de miúdos e graúdos.
Depois de duas
décadas em que andaimes escondiam ora uma parte, ora outra da sua fachada, a
Torre de Pisa voltou a exibir em 2010 todo o seu esplendor marmóreo. Quando
estivemos pela primeira vez em Pisa, a Torre era um monumento acinzentado pela
poluição, fechado devido às obras. Hoje em dia, além de restaurada, a Torre pode
ser visitada mas com ingressos controlados: apenas trinta pessoas podem subir a
cada vinte minutos.
Com os bilhetes na
mão, precisamos de nos apresentar com meia hora de antecedência no
guarda-volumes, para deixar todas as bolsa ou mochilas. A partir daí toca a
seguir para a fila de entrada na torre. Se atrasar face ao horário marcou,
azar! É necessário comprar outro bilhete.
Cada grupo tem
30 minutos para subir e descer. São 215 degraus em espiral -- num edifício com
inclinação acentuada. É preciso fôlego e alguma resistência à tontura.
No final de
contas, a subida ao topo da torre não sendo obrigatória vale bem a pena pelas
imagens que proporciona.
Era já noite
cerrada quando saímos do centro de Pisa em direção ao nosso hotel para
descansar de um dia que já ia muito longo.
Terminamos com um pequeno video da nossa passagem por Pisa:
Amanha vamos até
Florença a caminho de Veneza.
Até amanha!
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