terça-feira, 22 de março de 2005

Praga - Republica Checa - 22 Março 2005



22 Março 2005 -Praga - Republica Checa


Quarto dia na cidade de Praga. O dia estava bem ao jeito de quem quer conhecer uma cidade, fresquinho mas sem chuva, logo toca a caminhar para aquecer o corpo e a mente.

Decidimos que nesse dia passaríamos, novamente pelo Castelo de Praga e subiríamos mais um pouco (pouco é favor, mas não quero desencorajar ninguém pois as vistas são lindíssimas) para conhecer a famosa Torre Petrin.

A Torre Petrin tem 63,5 metros de altura e é toda em aço e ao olharmos para ela lembramos muito facilmente a Torre Eiffel de Paris.


A torre é sem sombra de dúvida muito menor que a Torre Eiffel, mas como fica numa colina, acaba por ficar numa posição mais alta que a própria Torre Eiffel. A Torre Petrin foi construída em 1891 e foi utilizada como torre de observação, bem como torre de transmissão de telecomunicações. 

Atualmente a torre é uma grande atração turística, sendo visitada por muitos turistas diariamente.

A subida da colina pode ser feita de duas formas, a mais difícil, ou seja, uma caminhada cansativa de aproximadamente meia hora, sendo que a maneira mais fácil é utilizando um funicular que vai percorrendo frequentemente o percurso até ao topo.

Já a subida à torre é feita através de escadas pois a torre tem um elevador, mas apenas para pessoas com deficiência. O valor do bilhete para subir é de CZK 105.00 (Coroas Checas), mais ou menos EUR 5.00. Esse é o preço da vista!

A subida foi cansativa, mas valeu a pena, ou acham que não?


Após a subida à torre decidimos ficar nos arredores da torre, sentados nos bancos espalhados pelos jardins, o que é um excelente passeio e descanso ao mesmo tempo. O lugar é muito bonito e a subida vale a pena. Não deixem de visitar.

Após algum tempo passado na Colina Petrin, retomamos o nosso caminho e iniciamos a descida até à cidade… bem mais fácil que subir, pois como diz o ditado "para baixo todos os santos ajudam..."

Como estávamos na parte alta da cidade, decidimos ir novamente ao Castelo de Praga, pois queríamos assistir ao render da guarda…

Tal como planeado estávamos no Castelo quando houve a troca de guardas, o que acontece de hora em hora. No entanto a cerimonia do meio-dia é mais demorada e pomposa, onde os soldados vestidos em trajes cerimoniais fazem a troca da bandeira, com direito a banda do exército.


Como estivemos mais do que uma vez no Castelo, tivemos oportunidade de assistir ao render da guarda mais simples, mas também ao mais cerimonial, para turista ver!

Já saindo do Castelo de Praga, logo após o miradouro, na descida para a parte velha do centro deparamo-nos com uma plantação de videiras e um pouco mais abaixo um cafezinho onde se servem os vinhos produzidos naquele local. A vista para cidade é linda, tal como de qualquer parte da cidade alta e a pausa para provar um vinho checo veio mesmo a calhar.

Recomendamos esta paragem, o vinho é bom, o local muito aconchegante e a vista para cidade é de tirar o fôlego.

Chegados novamente à "cidade", se pudemos falar assim, decidimos visitar um museu diferente do habitual.

Enquanto preparava a visita a Praga, deparei-me com a existência de um museu dedicado ao comunismo e a toda a influencia da União Soviética nesta zona do globo. Marquei logo na minha agenda pois sou apaixonado por estas coisas da historia mais recente e achei que poderia encontrar no museu algumas coisas bem giras.

A nossa próxima paragem seria no Museu do Comunismo de Praga (http://muzeumkomunismu.cz/)
Localizado numa das principais ruas da cidade e por cima de um Mc Donalds (ironias!!!), o último respiro da estrela vermelha ainda esta hasteado.


Trata-se de um museuzinho apertado, sem ter a verba ou a publicidade que merecia, guarda vários vestígios da Praga socialista.

Ambientes cenográficos mostram o que o governo queria vender à população na época, exibindo a idealização de uma família soviética perfeita, tanto no lar, quanto no trabalho. Muitos dos objetos são originais e a coleção, de tão vasta que é, nem pôde ser devidamente encaixada em cada cenário.
Uniformes militares, armas, produtos enlatados, livros e posters, incluindo um recente que diz orgulhosamente bem acima do Mc Donald!.
A disposição de tudo na sala de interrogatórios é quase assustadora, com a iluminação fraca, a foto de Estaline de um lado e o busto de Lenine, do outro, observando o coitado que se atrevesse a levantar a mão contra o regime tinha o fim destinado.


Estátuas de Lenine, aliás, não faltam, e até um Marx gigante está exposto, mas ninguém no museu sabe ao certo de onde ele veio.

Fora a sala de vídeos, que mostra os protestos que tomaram conta da Wenceslas Square – dos dias mais violentos à Revolução de Veludo – , o museu é extremamente leve. Não é pessimista ou triste, como a maioria das recordações deste período e tem até um clima "cool", para falar a verdade. Na loja de souvenirs, por exemplo, um carimbo usado pela imigração, com a sigla CCCP (URSS, escrito em russo, com alfabeto cirílico), é uma lembrança única.

E ficamos por aqui neste dia.

Regressamos ao hotel para recuperarmos energias para mais um dia...

Até amanha!

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