sábado, 5 de dezembro de 2015

Fundão - 5 Dezembro 2015



5 Dezembro 2015 - Fundão


Desde que foi decidida a abolição de alguns feriados pelo governo português, os fins-de-semana prolongados são cada vez menores, já que havendo menos feriados existem menos probabilidades de existirem “pontes”. Uma dessas raras ocasiões foi o feriado de 8 de Dezembro, o dia consagrado à Imaculada Conceição.

Face às saudades de passar uns dias com toda a família reunida, ponderamos as possibilidades e escolhemos um local e um hotel que proporcionasse ao mesmo tempo uns dias de repouso mas também algumas atividades interessantes para fazer com as crianças. A escolha recaiu no Fundão.

Tentamos planear os dias da melhor forma possível para dividir as atividades e aproveitar o tempo da forma mais equilibrada.

Saímos no sábado de manha com a Serra da Estrela como destino. Sabíamos de antemão que não existiria neve, mas no nosso íntimo tínhamos a esperança que pelo menos na Torre tivesse alguma acumulada para mostrar à Sofia que dizia nunca ter visto neve, efeitos dos seus 3 anos e da sua “curta” memória.


Quando lá chegamos foi a desilusão completa pois estavam uns “amenos” 12º C e nem sequer precisamos de um casaco muito grosso para nos proteger do frio. A paisagem torna-se estranha com a total ausência de neve a substituir o branco pelo castanho como cor predominante.


Como, infelizmente, nada existe para fazer no cimo da maior serra de Portugal quando não existe neve decidimos que desceríamos até Seia, onde almoçaríamos e onde passamos parte da nossa tarde.


Chegamos ao Museu do Pão e mesmo antes de visitarmos o museu fomos almoçar no restaurante do próprio museu, após uma descida longa e sinuosa pela serra abaixo até chegar ao museu, mas vale a pena o passeio, pois é bom para abrir o apetite para o vasto buffet que o restaurante oferece e que vai surpreender a maioria dos visitantes.


Neste restaurante, a ementa é fixa para cada dia da semana e a sala está quase sempre cheia, por isso é sempre aconselhável reservar antecipadamente.


Dizem os amantes da gastronomia que aqui as receitas contam a história da região e o ingrediente principal é o pão, não ficasse este restaurante no museu que lhe é dedicado.


O bacalhau à Museu é uma das especialidades deste espaço, que se afirma defensor das tradições gastronómicas beirãs. Nas sobremesas, as escolhas são variadas, do arroz doce às peras bêbadas.

O preço da refeição é fixo, 19,50€ por adulto, crianças até aos 11 anos, 7,50€.


A comida não deslumbra mas tem boa qualidade e para os apreciadores, tanto o buffet de entradas como o de sobremesas são muito bons e por si só justificam a visita ao restaurante.


A vista e o aspeto geral da sala podem ser considerados como extras face à experiência gastronómica.

Sobre o museu, após uma leitura à página na internet do mesmo (não me vou dar ao trabalho de citar pois toda a informação seguinte é retirada da pagina do museu, podemos dizer que o Museu do Pão é um complexo museológico onde é possível fazer uma pequena viagem ao maravilhoso mundo do Pão. Fica sediado em Seia na Quinta Fonte do Marrão, e trata-se de um museu privado que pretende recolher, preservar e exibir os objetos e o património do pão português nas suas vertentes: etnográfica, política, social, histórica, religiosa e artística.

O projeto do Museu do Pão remonta a 1996, surgindo na sequência de sinergias criadas entre historiadores, empresários e docentes. Desde esse ano de 1996 e até à sua abertura, a 26 de Setembro de 2002, procedeu-se à recolha do espólio, seja através de compra em antiquários, alfarrabistas e leilões, seja através de doações.

Entretanto a recolha de espólio continua sempre, na medida em que se pretende a constante renovação do Museu, condição indispensável para a plena prossecução dos seus objetivos.

O espaço do Museu resultou da reconstrução e ampliação de um edifício pré-existente, e nos longos trabalhos da mesma utilizaram-se materiais típicos da região, como a madeira e a pedra, de molde a integrar plenamente o imóvel na paisagem serrana envolvente.

O resultado foi um complexo museológico com mais de 3.500 m2 de área coberta, constituindo-se assim este Museu do Pão como um dos maiores, senão o maior, Museu do Pão em todo o mundo.

O museu tem várias salas expositivas, concretamente: o ciclo do pão, o pão político, social e religioso, a arte do pão e um espaço temático.

Na sala do ciclo do pão pretende-se reconstituir o antigo ciclo tradicional do pão português através de catorze painéis ilustrados, a que se juntam as alfaias e os utensílios retratadas em cada painel. Assim, aqui surgem os espaços da produção do pão, seus trabalhos e momentos.


Nesta sala recria-se ainda uma antiga padaria portuguesa com a utilização de modelos em tamanho real, podendo observar-se também três moinhos em contínua laboração, cujo som ainda mais nos remete para um passado tão perto e, contudo, já tão distante.

Na sala reservada ao tema arte do pão, expõem-se uma série de objetos artísticos que têm como inspiração o pão, as suas alfaias, tradições e labores: azulejaria, vidro, arte sacra, madeira, postais antigos, diplomas, calendários, iconografia, cerâmica, prata, etc... É assim que toda uma tradição multissecular da arte nacional se recria neste espaço.

Nesta sala subordinada ao tema pão político, social e religioso, reconstitui-se a história do pão em Portugal desde a Restauração da Independência (1640) até à Restauração da Democracia (1974). São cerca de 300 anos de História reproduzida em centenas de documentos originais dos mais variados tipos e géneros.

Na sala pode-se ainda observar o simbolismo e influência do pão na religião, através da exposição de vários objetos religiosos associados tanto ao cristianismo como ao judaísmo, as únicas duas grandes religiões nas quais o pão tem uma conotação sagrada.


O espaço temático é o local dedicado pelo museu aos visitantes mais novos. É uma sala didática e de encantamento, um lugar de cultura e de mito. Aqui se encontram os gnomos da tribo dos Hérmios, protetores dos primeiros habitantes dos Montes Hermínios, que nos levarão a uma viagem imaginária e mitificada ao passado do pão.


Um espaço onde História e lenda se cruzam, onde o passado revive através da magia dos sentidos e onde o pão passa pelos nossos olhos e pelas nossas mãos…

A visita termina com os mais novos a criarem a sua própria recordação da visita ao Museu do Pão. Numa base já preparada as crianças escolhem uma decoração para essa base que no final leva o seu nome escrito num castanho que parecia chocolate, mas que uma das meninas confirmou não o ser, sem no entanto esclarecer as nossas dúvidas. Aqui também o segredo é a alma do negócio…

Como a tarde já ia avançada decidimos deixar Seia em direção ao hotel escolhido para nos acolher durante o fim-de-semana e que se localizava no outro lado da serra.

Lá tivemos nós que contornar todo o Parque Nacional da Serra da Estrela até chegarmos ao Fundão, onde ficamos alojados no Alambique de Ouro Hotel Resort& Spa.

 
O hotel combina arquitetura clássica com amenidades luxuosas, numa localização tranquila muito próxima do centro do Fundão.

 
O Alambique de Ouro inclui instalações de sauna e de banho turco, assim como piscinas interiores e exteriores. Também existe uma sala de jogos, equipada com 3 mesas de bilhar e possibilidade de solicitar cartas e outros jogos na receção.


O hotel oferece quartos modernos e bem equipados, ótimas áreas de lazer e instalações para a realização de eventos. Possui também um bom restaurante com especialidades da cozinha beira, logo com muitas calorias. Mas deste assunto trataremos mais tarde.


O hotel está bastante bem equipado e possui ar condicionado em áreas comuns, ar condicionado nos quartos, Bar, Garagem, Jacuzzi, Minibar, TV nos quartos, Piscina, Piscina interior, TV Satélite/TV Cabo, Restaurante, Sala de reuniões / conferências, Sala de festas, Sala de TV e/ou vídeo, Sauna, Serviço de quartos, Telefone nos quartos, Ténis, Health Club, Banho turco, sendo composto por 29 suites, 200 camas, 123 quartos, tendo a classificação de 4 estrelas.

É um hotel com bom ambiente, ideal para famílias, pois possui bons locais para as crianças se divertirem, e onde os pais podem estar descansados, pois tem visão boa de vários locais. Trata-se de um dos poucos hotéis que tem o conceito resort, pelo menos que eu conheça, já que durante o verão proporciona uma estadia completa sem necessidade de sair para o exterior.



Diversos bares de apoio às piscinas, certamente vocacionados para servirem refeições rápidas durante o almoço e espaços exteriores cobertos para essas mesmas refeições.

Mas tudo isto é valido… para o verão! No inverno todas as instalações exteriores estão encerradas até maio, segundo pude ler num aviso afixado algures no hotel.


Ficamos alojados numa suite familiar com capacidade para 4 adultos que ficou relativamente barata por ser inverno. No verão, ao ficar apenas a alguns metros da piscina valeria uma fortuna seguramente.

O jantar desse dia foi hotel, pois o restaurante do hotel está mesmo classificado no tripadvisor como um dos melhores da região.


O restaurante de apoio à unidade de alojamento com o mesmo nome, aqui é possível encontrar uma decoração completamente diferente daquela que marca o resort.

Ainda que a atmosfera seja informal, o ambiente é muito rústico, tal como a cozinha, baseada nos pratos tradicionais da região.

Já com uma larga tradição, o restaurante funciona há mais de 20 anos, damos especial destaque a petiscos como joelho de porco no forno, o ensopado de javali e o pincho no loureiro, isto caso esteja disponível na ementa, pois nem sempre estão.

Para acompanhar a refeição, recomendamos um vinho das Beiras, da Adega Cooperativa da Covilhã. Como sabem não somos grandes apreciadores de vinhos e apenas experimentamos num dos jantares por sugestão do funcionário.

Quanto à conta final, rondou sempre os 40€ para uma família de 2 adultos e 2 crianças.

Agora vem o que menos nos agradou no hotel, o pequeno almoço!


Não podemos dizer que seja mau, longe disso mas não passa de mediano e muito abaixo dos standards de um hotel 4*.

A oferta resume-se ao mais básico, pão (forma e carcaça), fiambre (porco e peru), queijo (barra e fresco), ovos escalfados, Bacon, salsichas, iogurtes e fruta (de lata). A maioria das pessoas seria levada a dizer que era mais que suficiente, e não o negamos mas num hotel 4* espera-se algum requinte, alguma variedade de compotas, vários tipos de queijos, vários tipos de pastelaria, etc... Então do uso dos tabuleiros tipo cantina!!!...sem comentários! 

Para domingo tínhamos planeado uma visita a uma das Aldeias de Xisto de Portugal, a aldeia de Janeiro de Cima.

Janeiro de Cima é uma das 24 aldeias incluídas na Rede das Aldeias do Xisto, situando-se nas margens do Rio Zêzere sendo a única das Aldeias de Xisto localizadas no concelho do Fundão.


Aldeia do concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, situa-se a 40 e 60 km, respetivamente, destes centros urbanos. Localizada num fundo aplanado do vale do rio Zêzere, entre serranias e pinhal, esta aldeia foi desde sempre marcada pela proximidade do rio: as casas foram construídas com pedras recolhidas no seu leito, os terrenos férteis inundados periodicamente pelas suas águas proporcionaram várias culturas, com destaque para o linho.

As margens do rio são ainda habitat de espécies como a lontra e a águia pesqueira. Subsistem alguns campos de cultivo e atividades económicas tradicionais. Para o visitante, o Zêzere proporciona inúmeras hipóteses de lazer.

Em comunhão com a natureza e as raízes familiares, Janeiro de Cima enche-se de gente aos fins-de-semana e nas férias. No Verão, fazem-se piqueniques no pinhal ou aproveita-se a frescura da água no parque fluvial.

Nesta aldeia as tradições revivem-se em saberes e artes que nunca se esquecem e que renascem pelas mãos dos dias presentes que permitiram um aproveitamento do passado e a sua compreensão para ter um futuro melhor.


À beira do Zêzere grita-se “Ó da barca!” para fazer a travessia do rio. Era assim que antigamente se uniam as gentes e o comércio das duas margens e hoje é ainda possível fazê-lo num passeio rio acima, mas apenas no verão.

Na Casa das Tecedeiras ouve-se a orquestra dos teares do linho em sinfonia de fios de cor.


Nos muros e paredes, entre o xisto castanho, sobressaem alvos seixos rolados que são a impressão digital desta Aldeia. Ao Sol do fim da tarde esta arquitetura singular feita de pedras do rio confere uma tonalidade avermelhada, única, às paredes das casas.

Sugiro uma visita que até pode incluir pernoita, alimente-se ou descanse por aqui, no Restaurante Fiado e na Casa da Pedra Rolada ou na Casa de Janeiro.

Nós, por coincidência marcamos para esta aldeia um almoço especial. Um almoço com uma amiga (e marido!) que por comemorar o seu aniversário também andavam por estes lados. E que melhor local para celebrar o reencontro entre tripeiros e algarvios que uma aldeia beira. Mesa marcada no restaurante O Fiado, o mais recomendado nesta zona.

Depois de algumas voltas pelas ruas acima e abaixo lá encontrámos o local que parecia ser o restaurante. Pouco sinalizado, confesso que tivemos dificuldade em encontrar a sua entrada.

Por volta das 13:00h lá nos encontramos todos e fomos experimentar este restaurante com um nome tão sugestivo. O Fiado deve o seu nome à atividade tradicional da tecelagem do linho praticada na região.

Na arquitetura do edifício encontramos um ar contemporâneo e um ambiente agradável e descontraído.

Ao entrarmos fomos abordados pelo responsável pelo restaurante que nos guiou até à sala de jantar no 1º andar.

A sala tinha um aspeto novo e moderno ao mesmo tempo que nos trazia lembranças do passado com as imagens que tinha em algumas paredes. As mesas muitos compostas e com uma disposição e decoração muito Gourmet. Gostei...


 
Assim que nos sentámos, foram desde logo dispostas na mesa algumas entradas típicas da zona, como chouriços, queijo e azeite da região, a chamada Entrada Xisto.

Tudo com muito bom aspeto e deliciosas ao paladar. Como a fome já apertava marcharam a boa velocidade.

O que não correu de feição foi o serviço. Pedimos a carta e o serviço foi um pouco lento, se bem que ninguém deu por ela pois aproveitamos para colocar a conversa em dia...e conversa é coisa que nunca faltou entre nós e a Sílvia, a autora do blog amigo “Mais vale IR que ficar...!”



Escolhemos então um prato de Maranho e a chanfana de cabrito que após algum tempo nos foi servido. Ambos estavam muito bons, então a chanfana segundo o Carlos…divinal!!!

Confesso que gostei imenso da comida e do restaurante, mas o que mais gostei foi da conversa e do convívio com a Sílvia e com o Carlos que já não víamos há algum tempo. Acho que esse facto impediu uma correta avaliação da comida e do restaurante, mas isso é secundário.

Para sobremesa escolhemos algo com um nome musical, Sinfonia! E para não variar estava deliciosa!


Por fim, lá veio a conta. Como não sabíamos o preço do que pedimos foi com alguma satisfação que ficámos a saber que em termos de custos é um restaurante que acaba por não ser muito caro.


Recomendo, mas certifiquem-se que vão lá com tempo pois demorarão algum tempo para sair de lá… satisfeitos seguramente!

Após as despedidas, regressamos ao Alambique e passamos a tarde a usufruir da área de Spa e piscinas interiores!


Na prática foi mesmo só da piscina pois o jacuzzi esteve sempre cheio, sobrando o banho turco e sauna!

 
Passámos bons momentos na piscina, em família, com a Beatriz e a Sofia a aproveitarem ao máximo a presença do pai e da mãe relembrando as brincadeiras que no verão fizeram as suas delícias.

O jantar, já um pouco tardio foi uma vez mais no restaurante do hotel, face à escassez de oferta no Fundão optamos por jantar todos os dias no hotel.


Na segunda-feira, nosso último dia no Fundão, devido à chuva que caia com alguma intensidade logo pela manha, optamos por um sair com o carro e ir percorrendo algumas das aldeias históricas que por aqui proliferam.

Se a chuva parasse e permitisse a visita, encostávamos o carro e dávamos uma vista de olhos, senão continuaríamos caminho.

Em plena alma da Serra da Gardunha, numa paisagem em anfiteatro natural, em tons de verde e cinza, aquecidas pelo sol, descobrimos Castelo Novo, aldeia histórica de Portugal, envolta numa aura de misticismo e transcendência.

Aqui, sentimos algo de fascinante, que nos envolve e harmoniza. Tudo nos inspira… tudo nos cativa…. Desde os sons das águas que brotam das fontes, ao granito perpetuado que ergue a aldeia, e talha o casario, os templos, as calçadas, as praças…

A experiência de caminhar por Castelo Novo é provar um contraste de cores, sabores e texturas e quando achamos que já descobrimos tudo… no alto, o imponente castelo, que guarda há mais de 800 anos história e segredos. Uma herança templária defendida por corajosas muralhas.

Castelo Novo, desperta-nos os sentidos: os cheiros da terra e das lareiras acesas no inverno, as levadas da água nascente, que nos acompanham, e os sabores tão portugueses: as castanhas, as cerejas, o azeite, o pão, o queijo e o vinho.


Desvendamos as memórias destas gentes, que guardam saberes ancestrais, que o vento ainda nos sussurra, sejam lendas, contos ou cantigas…

Castelo Novo proporciona-nos uma mistura de experiências e emoções que nos enriquece. Um tesouro que permanece intacto à espera de ser vivido.

Como a chuva voltou a visitar-nos decidimos entrar no carro e andar, andar até nos aparecer um sinal que indicava o caminho para a aldeia histórica de Idanha-a-Nova. Ainda eram uns quilómetros, mas decidimos arriscar e fomos galgando os quilómetros em terra parada no tempo, poucas casas, menos povoados, pouca civilização dizia a Virgínia!

Até que avistamos Monsanto, nas planuras da Beira interior, entre o sopé da Serra da Gardunha e o rio Ponsul, que formam na sua geografia, clima e fauna a transição entre o Norte e o Sul de Portugal erguendo-se sobre uma alta penedia.


Conta-se que a povoação terá resistido deste baluarte, durante 7 anos, ao cerco posto pelos romanos no séc. II a. C., feito que está na origem da Festa das Cruzes, que a aldeia comemora todos os anos, no dia 3 de Maio.

No séc. XII D. Afonso Henriques doou a povoação conquistada aos Mouros à Ordem dos Templários, cujo Mestre em Portugal, Gualdim Pais mandou reconstruir o castelo.


A aldeia oferece das paisagens humanas mais interessantes que se podem encontrar em Portugal. O aglomerado vai-se desenvolvendo sobre a encosta do cabeço aproveitando pedregulhos de granito para as paredes das habitações e em alguns casos um único bloco de pedra forma o telhado, razão por que aqui se diz que as casas são "de uma só telha".


Alguns palacetes brasonados, portais manuelinos, a casa onde viveu e exerceu clínica o médico e escritor Fernando Namora, que aqui se inspirou para o seu romance "Retalhos da Vida de um Médico", acrescentam interesse ao passeio pelas ruelas íngremes.

De entre o casario destacamos a Torre de Lucano (séc. XIV) encimada por um galo de prata, troféu atribuído a Monsanto num concurso realizado em 1938 onde foi considerada a aldeia mais portuguesa de Portugal, pela autenticidade da sua cultura.



A difícil subida até ao castelo é largamente compensada por um dos mais deslumbrantes miradouros da região.

Entretanto eram horas de regressar ao Fundão, onde chegamos já perto das 14:00h, o que aumentou a dificuldade em encontrar um local para almoçar e que nos valeu um olhar de desprezo quando entramos no restaurante O Barros, na zona industrial do Fundão.


A ementa já era diminuta, mas não posso criticar face às horas tardias e pedimos um bife à Barros juntamente com um creme de espargos para as miúdas. Posso dizer que a comida cumpriu perfeitamente a função pois ficamos satisfeitos e não podíamos exigir mais num restaurante onde pagamos menos de 30€.

Passamos novamente o resto de tarde na piscina interior até serem horas de jantar e voltar a encher as malas para o regresso que seria feito no dia seguinte logo pela manha.

Foi durante este último jantar que decidi que pediria uma garrafa de vinho da Adega Cooperativa da Covilhã para experimentar, mesmo não estando habituado lá tive que a beber. Talvez por isso a noite foi “relaxada”!!!


E assim terminou mais uma escapadinha de fim-de-semana prolongado, desta vez com a família toda reunida.

Aqui deixo um pequeno vídeo do fim de semana:


  

Quase a terminar deixo aqui uma grelha de avaliação do hotel à semelhança do que já fiz com outros hotéis e que constituem a minha opinião sobre os mesmos:

Avaliação

    Localização:                            7/10
    Acessibilidade:                       7/10
    Funcionários:                          7/10
    Limpeza:                                 7/10
    Conforto:                                8/10
    Design/Decoração:                8/10
    Pequeno-Almoço:                   6/10
    Relação Qualidade-Preço:     7/10

       Opinião Global:     7/10


Até um dia destes …por aí!

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