Visita a Zaanse Schans
Acordamos
cheios de vontade para, finalmente, visitarmos Zaanse Schans, que
desconhecíamos completamente até lermos no portal das viagens sobre este local.
Após
o pequeno-almoço fomos até à Estação Central onde teríamos de apanhar o
autocarro 391 que nos deixaria mesmo à entrada desta uma típica vila holandesa.
Enquanto
procurávamos a paragem do autocarro demos de caras com este parque de
estacionamento (acho que lhe podemos chamar assim!) para bicicletas! Não há
duvida que por estes lados, as 2 rodas mandam…
A
viagem custou 10€ (ida e volta) e dura cerca de 40 minutos, que aproveitamos
para apreciar a construção das casas holandesas em torno dos imensos canais
existentes por toda a Holanda. Como não é de admirar, as construções estão
feitas em função dos canais, com pequenos “cais” para atracar pequenos barcos,
com jardins que vão até mesmo até ao nível da água. Em suma, uma viagem muito
agradável, em que quase não damos pelo tempo passar.
A
vila como a vemos atualmente começou a nascer no século 19, mas apenas nos anos
60 e 70 é que o cenário foi montado com construções originais do período
industrial, incluindo os famosos moinhos, tudo com a preocupação de manter o
rigor histórico.
Apesar
do espaço funcionar mais ou menos como um parque temático ao ar livre, as construções
de madeira com arquitetura tradicional são autênticas. É um cliché recorrente considerar
Zaanse Schans um museu a céu aberto — como se o que lá existe fosse “faz de
conta” — mas isto não corresponde à realidade pois muitas pessoas moram e
trabalham ali diariamente.
A
entrada no espaço é grátis, mas a entrada nos moinhos é paga. Cada adulto paga
4€, crianças 2€. No nosso caso como tínhamos o “I Amsterdam City Card” a
entrada foi gratuita.
Logo
à entrada temos vários placards onde existem mapas do recinto. Não dá para aconselhar
um percurso, pois são várias ruas e cada uma delas leva-nos a um determinado
lugar, mais bonito que o anterior. O melhor que Zaanse Schans tem para nos
oferecer, são as paisagens lindíssimas que podemos apreciar e fotografar dos
vários pontos da vila. Perdemos a conta à quantidade de fotografias que tiramos
nesta manha.
Além
dos moinhos, algumas das casinhas do percurso são, na verdade, pequenos museus
temáticos e/ou lojinhas que fabricam queijo, estanho, chocolate, pães e até os
tradicionais tamancos holandeses.
Falemos
então dos diversos moinhos!
São
11 moinhos históricos, todos eles com um significado especial de entre tantos
espalhados pela região. Apenas 6 estão abertos a visitas. Falaremos alguma
coisa deles, mas melhor que palavras são as imagens.
O
primeiro que entramos foi o “De Kat”,
que foi construído em 1664 e até hoje produz tintas e pigmentos de alta
qualidade que são fornecidos para artistas e restauradores de todo o mundo.
Este
moinho tem a particularidade de permitir a subida a uma plataforma superior de
onde podemos ter uma vista maravilhosa sobre todo o espaço. A subida é feita
por uma escada íngreme, toda ela feita em fila pois eram imensos os visitantes
no moinho, mas no final o resultado é Uaaauuuu…
O
“De Huisman” há mais de 200 anos é
especializado em temperos frescos. Além de poder observar a moagem, no interior
do moinho é possível encontrar uma loja deliciosamente aromática com painéis
informativos e degustação de especiarias, incluindo a tradicional mostarda
Zaanse Schans, que também está à venda no local.
O
moinho “De Zoeker” estava
praticamente em ruínas quando foi totalmente restaurado. Já produziu tinta e
cacau e hoje trabalha com óleo.
O
moinho “Het Jonge Schaap” distingue-se
dos restantes pela sua função, já que é o único que aproveita a força motora do
vento para a serração de madeira. Durante a visita podemos ver o mesmo a
trabalhar transformando troncos de arvores em tábuas de madeira.
No
que toca a museus, além do imponente e de traços modernos “Zaans Museum” (que
conta toda a história da pequena vila e que podemos observar logo na entrada,
junto à paragem do autocarro), existem seis casinhas típicas que albergam pequenos
museus, alguns com as respetivas lojas. Temos o museu do pão, dos moinhos, dos
relógios e até uma casa que retrata como vivia uma antiga família de
comerciantes do século 19.
Destes apenas visitamos o primeiro e não ficamos
convencidos da sua utilidade. Quando o tempo é curto temos de fazer opções!
Já
muito diferente (na nossa perspetiva!) são as lojas fábrica, onde podemos ver
como alguns produtos são fabricados!
A
queijaria “Catharina Hoeve” é réplica
de uma frabrica tradicional de queijo. Os visitantes são recebidos por
funcionários com trajes típicos e que proporcionam uma explicação sobre o modo
com eram fabricados os queijos.
De
seguida os visitantes são conduzidos à loja onde lhes são oferecidas diversas
degustações gratuitas.
Os
funcionários estão sempre disponíveis para tirar todas as dúvidas sobre as
diferenças entre os vários tipos e formatos de queijo.
Claro
está, que uma variedade imensa de queijos está à venda a preços de turista. A entrada
gratuita e aconselhamos pela demonstração.
Outra
atração muito visitada é a fábrica de tamancos, os famosos sapatos típicos
holandeses feitos de madeira.
Todos
os dias, em diversos horários, existem demonstrações de como são feitos um dos
maiores ícones do país.
Inicialmente
a produção era manual e cada par de tamancos demorava varias horas a ficar
pronto, graças à habilidade do artesão. Atualmente um pedaço de madeira é
colocado numa máquina e em 5 minutos um tamanco aparece na nossa frente.
O
local tem uma loja enorme cheia de souvenirs e, obviamente, tamancos de todas
as cores, tamanhos e feitios. Aqui também a entrada é gratuita.
No
exterior desta loja temos vários exemplares gigantes destes tamancos que servem
para os visitantes imortalizarem o momento. Também nós o fizemos!
Existem
outras lojas, mas decidimos não visitar. Preferimos caminhar por aquelas ruas,
normalmente ladeadas por pequenos canais, tirar fotos a patos, galinhas e outros
animais que por lá existem.
Como
alguém disse: “Zaanse Schans é muito
amor, um passeio completo e redondo por toda a memória e identidade do país sem
qualquer esforço ou investimento absurdo”. Revemo-nos completamente nestas
palavras.
Em
jeito de conclusão, respondendo à pergunta que deixamos no post anterior: Sim,
superou as expectativas! A opinião da família foi unânime, foi o melhor momento
da viagem!
Escusado
será dizer que aconselhamos a visita!
Aqui fica um vídeo da nossa visita:
Como
a manhã já há muito tinha terminado resolvemos regressar ao centro da cidade
para continuar a aproveitar a nossa estadia. Mas isso fica para o post
seguinte!
Até
já…
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