Perfumes do Mediterrâneo – Nápoles - Pompeia
12 de Outubro de 2009
A etapa seguinte da nossa viagem
levar-nos-ia até à cidade italiana de Nápoles. Nápoles é a maior cidade do sul
de Itália, a capital da região de Campania e da província de Nápoles. A cidade
de Nápoles tem um pouco menos de 1 milhão de habitantes nos seus 117 km2. Está
localizada a meio caminho entre o Monte Vesúvio e a área vulcânica de Campi
Flegrei. Tem uma grande riqueza histórica, artística, cultural e gastronómica,
o que levou a UNESCO a declarar o seu centro histórico Património da Humanidade.
Gregos, Romanos, Normandos e Espanhóis deixaram a sua marca na cidade. Pela mão
dos últimos, a cidade foi o centro político do reino borbónico das Duas
Sicílias. No século XX, inicialmente durante o fascismo e depois aquando da reconstrução
após a Guerra Mundial construiu-se grande parte da periferia.
• Ilha de Capri, possivelmente, a ilha mais famosa de Nápoles.
A antiga cidade de Nápoles, bonita, luxuosa e cheio de palácios, a inventora da pizza e das belas canções Napolitanas, deu lugar, na atualidade, a uma das cidades com pior imagem do sul da Itália. Segundo alguns, Nápoles é a cidade mais bonita do mundo, para outros é um labirinto ruidoso e horrível. É verdade que se a visita usar apenas os olhos, é muito provável que a limpeza das ruas seja duvidosa, os seus palácios em ruínas e o movimento caótico deixe qualquer um irritado e dececionado. Esta cidade habitada há mais de três mil anos, não é uma cidade-museu, como tantas outras cidades italianas. No entanto, guarda extraordinárias surpresas para o viajante que se decide lançar na busca deste magma humano.
Nos arredores da cidade existem uma série de locais, cuja visita vale a pena, provavelmente até mais do que Nápoles. Destacamos de entre as várias possibilidades, os seguintes locais:
• Ilha de Capri, possivelmente, a ilha mais famosa de Nápoles.
• Pompeia, localizada a 20 quilómetros de Nápoles, conhecida mundialmente como um dos melhores vestígios de uma cidade romana, juntamente com a sua vizinha Herculano.
• Vulcão Vesúvio é o único vulcão na Europa continental que ainda está ativo
A nossa guia em Pompeia |
A nossa opção para esta escala
foi a visita às ruínas de Pompeia. Como nada tínhamos preparado para esta viagem,
não tivemos outro remédio que fazer a excursão com a Costa Cruzeiros. Pagamos
por uma visita de cerca de 4 horas, 49€ por pessoa com entrada incluída nas
ruínas e guia em espanhol que em português já todos sabemos que nunca existe.
Das 4 horas de duração da excursão apenas 2 horas são de visita às ruínas já
que as restantes são para deslocação e paragem numa loja de souvenirs, para não
variar!!!
Relativamente a Pompéia, esta era
uma cidade de Roma antiga localizada perto de Herculano na região de Campania,
perto da moderna cidade de Nápoles, que foi totalmente soterrada pela violenta
erupção do vulcão Vesúvio a 24 de Agosto de 79 d.C. Hoje em dia, tem 25.751
habitantes e faz parte da província de Nápoles.
A cidade foi fundada no século VII a.C. por Oscos, um povo da Itália central, numa colina perto da foz do rio Sarno, anteriormente utilizada como um porto seguro por marinheiros gregos e fenícios. Quando os etruscos se assumiram com uma ameaça, Pompeia aliou-se aos gregos, que dominavam a Baía de Nápoles. No século V a.C. os Samnitas conquistaram Pompéia e outras cidades da região. Os novos governantes impuseram a sua arquitetura e expandiram a cidade.
Pompéia tomou parte na guerra que
as cidades da Campânia iniciaram contra Roma, mas no ano 89 a.C. foi cercada
por Lucius Cornelius Sulla. Embora as tropas da Liga Social, comandadas por
Lúcio Clemente tenham ajudado a resistir aos romanos no ano 80 a.C. Pompéia foi
forçada a aceitar a rendição após a conquista de Nola. Após este episódio
tornou-se uma colónia com o nome Colônia Cornelius
Veneria Pompeianorum. A cidade tornou-se num ponto importante de passagem para
as mercadorias que chegavam por mar e eram enviados para Roma ou para o sul da
Itália ao longo da Via Ápia que fica próxima.
Bem dura esta cama, não acham? |
Com sinais como este, não há que enganar!!! |
Desde então, as duas cidades foram escavadas revelando numerosos edifícios quase inteiramente intactos assim como imensas pinturas e murais. Na realidade a descoberta ocorreu em 1550, quando o arquiteto Fontana se encontrava a escavar um novo curso para o rio Sarno, mas foi necessário esperar 150 anos até começarem os trabalhos para desenterrar as cidades. Até então, pensava-se que Pompéia e Herculano estavam perdidas para sempre.
O fórum, os banhos, muitas casas e algumas vilas permaneceram num bom estado de conservação. Um hotel de 1.000 m² foi descoberto a uma curta distância da cidade, e hoje é conhecido como "Grand Hotel Murecino".
Pompeia é a única cidade antiga
conhecida com precisão, sem grandes modificações na sua estrutura topográfica. Não
estava distribuída num plano regular, como geralmente acontecia com as cidades
romanas, devido ao terreno irregular. As suas ruas eram retas e formavam uma
grelha ao melhor estilo romano. Havia casas pavimentadas com pedras poligonais
e existiam lojas para o comércio em ambos os lados das ruas.
Durante as escavações, eram
encontrados buracos ocos no meio das cinzas que continham restos humanos. Em
1860, o arqueólogo Italiano Giuseppe Fiorelli sugeriu preencher esses buracos
ocos com gesso, obtendo assim moldes muito precisos que mostravam os últimos
momentos de vida de cidadãos que não puderam escapar à erupção.
A cidade oferece um retrato da
vida romana durante o primeiro século O momento "Imortalizado" pela
erupção evidencia literalmente até o último detalhe da vida quotidiana.
A maioria das escavações estão paralisadas e as áreas acessíveis para turistas são menos de um terço de todos os edifícios abertos nos anos sessenta. No entanto, as secções da cidade antiga estão abertas ao público, e os turistas podem passar muitos dias a explorar todo o lugar.
Relativamente à nossa visita em concreto, saímos do porto de Nápoles de autocarro em direção a Pompeia através de uma autoestrada tendo sempre o Vesúvio à vista, apesar da escuridão existente no céu, pronuncio do mau tempo que estava para vir. Pouco tempo depois, lá estávamos a parar numa loja de souvenirs típicos com o já famoso argumento de possibilidade de usar as casas de banho pois nas escavações a sua existência era limitada e fora de mão. Se ninguém comprasse nada, as agências deixavam de fazer estas paragens mas existem sempre alguns passageiros que aproveitam estas lojas para comprar os seus souvenirs de uma qualquer cidade que desconhecem pois nada visitam além do que lhes é mostrado pelos guias a caminho de um local qualquer. Enfim…
À chegada às ruínas fomos apresentados à guia que nos iria acompanhar durante a visita às ruínas e rapidamente entramos e fomos apreciando os vestígios da cidade antiga. Uma desilusão para mim, pessoalmente foi o facto de não encontrar os moldes de gesso referidos anteriormente colocados nos locais onde foram encontrados, mas sim armazenados num qualquer “armazém” e protegidos com grades para ninguém lhes tocar.
Apesar da tempestade que entretanto se abateu sobre Pompeia não me arrependi da escolha, pois seria uma pena não aproveitar a oportunidade de visitar a cidade nesta ocasião. No entanto era impossível conciliar a excursão a Pompeia com a visita à cidade de Nápoles já que chegamos ao Concórdia praticamente à hora "All a bord" e por conseguinte apenas avistamos Nápoles do autocarro, ficando para uma próxima oportunidade a exploração dos encantos desta cidade do sul de Itália.
De regresso ao Concórdia, aproveitei para tirar algumas fotos:
Amanha, estaremos na Sicília,
mais concretamente em Palermo.
Até lá…
Até lá…
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