sábado, 28 de março de 2015

Nova Iorque e NCL Breakaway - 28 Março 2015 – Nova Iorque



28 de março de 2015 - Nova Iorque

Entramos no fim de semana com uma Nova Iorque gelada, com as previsões a apontarem temperaturas negativas durante a noite e pouco mais durante o dia. Este frio foi uma completa surpresa para nós já que pelas pesquisas que fizemos as temperaturas estariam compreendidas entre os 8º e os 12º por esta altura do ano. As estatísticas andam todas baralhadas com as alterações climáticas.

Ainda hesitamos em alterar o programa para este dia, pois o mesmo implicava algumas visitas que não seriam agradáveis com frio e que podiam tornar-se insuportáveis se além do frio aparecesse o vento. Feita uma avaliação ao tempo que tínhamos disponível e às previsões para o dia seguinte, o nosso ultimo dia em Nova Iorque, decidimos manter o que tínhamos programado e íamos vendo ao longo do dia como as coisas evoluíam.

Saímos do hotel, vem cedinho para começarmos o dia pela visita à Estatua da Liberdade em Liberty Island. A escolha desta visita para começar o dia não foi inocente, antes pelo contrario tem uma razão importantíssima, diariamente uma "multidão" de pessoas apanham o ferry para visitar a estátua e o museu da imigração em Ellis Island e a tendência é as filas aumentarem ao longo do dia devido a um efeito domino, atraso conduz a mais atraso e por ai adiante. Já aquando da primeira visita utilizamos esta estratégia e como fomos bem sucedidos da primeira vez desta vez fizemos o mesmo. E com sucesso como poderemos ver daqui a pouco.


Como habitualmente a primeira paragem foi no Starbucks na esquina da 34th com a Park Avenue para o pequeno almoço e logo de seguida apanhamos o metro até à estação Bowling Green a partir da qual acedemos a pé até ao Castle Clinton, onde compramos o bilhete para o ferry que leva os visitantes até à Liberty Island. Mesmo com o New York Pass tivemos que ir à bilheteira levantar os bilhetes, sem nada pagar, é claro. Já gora o preço para adultos é de 11,50USD e 4,50USD para crianças.

Os ferries vão saindo e voltando regularmente, sendo que os horários exatos vão variando ao longo do ano.


Apesar da nossa chegada madrugadora já tinham partido 2 ferries quando chegamos e ficamos na fila para o 3º, isto depois de passar por um controlo de segurança que não fica nada atrás ao dos aeroportos, pois tivemos que tirar os cintos, casacos, mochilas, etc...


Desta vez a visita não incluía o museu da imigração, pois já lá tínhamos estado (já existe um post anterior com a visita completa) e apenas pretendíamos mostrar a Estatua da Liberdade à Beatriz que não iria achar "piada" nenhuma a um museu, ainda por cima com um tema tão sério quanto o da imigração para os Estados Unidos da América nos princípios do século passado.


Durante o trajeto até à ilha e depois já na mesma pudemos sentir na pele o frio que se fazia sentir e tal como previa adicionando o vento ficou muito desconfortável circular pelos jardins junto à estátua pelo que a nossa estadia foi muito curta e após algumas fotos, filmagens e a compra de alguns souvenirs regressamos no primeiro ferry disponível sem sair na paragem seguinte, a do museu.



Assim que regressamos a Battery Park fomos caminhando junto ao rio Hudson até uma zona que tinha alguma curiosidade em conhecer, South Street Seaport, mais concretamente o Pier 15, East River Esplanade.


Infelizmente o frio e o vento faziam-se sentir com muita intensidade e a Beatriz estava cheia de frio pois não tínhamos conseguido comprar um casaco quente com o seu tamanho. Decidimos alterar os planos e fomos entrando nas lojas todas daquela zona, recebendo sempre a mesma resposta negativa pois já não tinham os artigos de inverno à venda.

Com isto o tempo foi passando e acabamos por ali na Broadway, a mesma avenida que tantas vezes percorremos junto a Times Square, pois as avenidas percorrem Manhattan verticalmente enquanto as ruas o fazem horizontalmente.

Após o almoço e como estávamos nas proximidades partimos para o local onde anteriormente existiam as torres gémeas, o World Trade Center onde atualmente fica o Memorial ao 11 de Setembro e respetivo museu.

Aquando da nossa primeira visita toda a zona estava em totalmente em obras estando apenas disponível para visita a pequena igreja de Saint Paul's que durante o socorro às vitimas do ataque se tornou um pseudo centro de operações e após o ataque um memorial não oficial às vitima com muitas fotografias, flores, objetos pessoais das vitimas. Definitivamente um local que nos tocou imenso na nossa visita de 2011.

Desta vez optamos por visitar o que não existia em 2011, ou seja, o memorial com as duas piscinas onde anteriormente estavam localizadas as torres gémeas e o museu do Memorial 9.11 que fica localizado mesmo junto ao local.

Existe um outro museu, o Tribute 9/11 Center mas que apenas pode ser visitado por marcação antecipada por internet.

Ao aproximar-nos da zona temos a certeza de estarmos no local certo tal a quantidade de pessoas que se juntam junto às piscinas construídas em homenagem às vitimas. Infelizmente muitas delas não passam de simples "voyers" que apenas querem ficar com uma foto ou vídeo do local sem pensarem um segundo que seja nas vitimas que ali faleceram e no desespero que estariam aqueles que se atiraram das janelas do edifício.


Fomos admirando a obra que fizeram para homenagear as vitimas e gostamos particularmente da ideia das piscinas com a agua a correr simbolizando, pelo menos para nós um renovar constante da vida e da presença dos que partiram naquele dia fatídico.


Em seguida dirigir-nos à entrada do museu onde vimos uma fila express e pensamos que íamos passar à frente de toda aquela gente que penava na enorme fila para entrar. Puro engano, a fila express é só para a compra do bilhete e depois tivemos que ir para o final da fila e esperar cerca de uma hora até chegar a nossa vez de entrar no museu. O preço da entrada está incluído no New York Pass, mas caso fosse adquirido isoladamente custa 24Usd, sendo grátis para crianças até aos 7 anos.


Confesso que fiquei um pouco desiludido com o museu. Talvez porque o que lá é apresentado fuja um pouco ao habitual nestes temas. Acho, e isto é uma opinião pessoal sem qualquer tipo de informação recolhida, que fazendo jus a um mural que se encontra no interior do museu a chamada de atenção é para o não esquecimento da memória e não o culto das mortes que lá ocorreram, dai que não existam muitos objetos retirados dos escombros mas apenas alguns muito específicos tal como um carro dos bombeiros usado no socorro ou a antena de transmissão do sinal de televisão que existia no topo de uma das torres e que transmitiu até ao colapso do prédio.


Terminamos a visita ao museu com o visionamento de um vídeo sobre os acontecimentos daquele dia, cronologicamente ordenado com as opiniões dos principais intervenientes tais como o presidente dos EUA à data, George W. Bush e o Mayor de Nova Iorque Rudolph Giuliani.


Ainda faltavam cumprir dois objetivos dos inicialmente traçados para este dia, o primeiro era atravessar a ponte de Brooklyn e o segundo subir ao Empire State Building.

No regresso ao hotel o objetivo que ficava mais próximo era a ponte de Brooklyn pelo que foi por ai que começamos.

A Ponte de Brooklyn (o nome oficial é ligeiramente diferente, em inglês, New York and Brooklyn Bridge, "Ponte de Nova Iorque e do Brooklyn") é uma das principais pontes da cidade de Nova Iorque. É uma das mais antigas pontes de suspensão nos Estados Unidos, com extensão de 1 834 m. Situa-se sobre o rio East, ligando os distritos (boroughs) de Manhattan e Brooklyn.


Quando foi finalizada era a maior ponte de suspensão do mundo, e a primeira a utilizar cabos para suporte do tabuleiro. Foi a primeira ponte de aço suspensa do mundo e as suas imensas torres de suporte já foram as estruturas mais altas de toda a cidade de Nova Iorque.


Grande parte do meu interesse pela ponte de Brooklyn não tinha muito a ver com a própria ponte em si mas sim com as vistas que da mesma se consegue e como forma de conseguir ver (e fotografar!) decidimos atravessar a mesma, tal como fazem diariamente milhares de turistas.


Era muito mais giro fazer esta travessia à noite e apreciar a silhueta de Manhattan iluminada mas com o frio que estava e com a Sofia não dava muito jeito deixar isso para a noite e mesmo assim apenas eu fiz a travessia total da ponte seguindo a meninas a passo de caracol até eu voltar para trás e encontrar-me novamente com elas e nessa altura tiramos algumas fotos de família com os arranha céus de Manhattan como fundo.


Decidi tentar um timelapse diferente do habitual e prender a Gopro ao casaco e ir tirando as fotos espaçadamente. O resultado final não foi o esperado pois nota-se o movimento de oscilação do corpo. Valeu pela lição para o futuro...

Após deixarmos a ponte para trás colocamos pés ao caminho em direção ao Empire State Building que encerraria o nosso programa do dia pois já estávamos algo cansados. Decidimos apanhar o metro na estação Brooklyn Bridge - City Hall até à Grand Central Terminal, que nos deixaria muito perto do Empire.

Oportunidade para mais uma vez apreciar a beleza desta estação. A Grand Central Terminal (mais chamada comummente de Grand Central Station) é o maior terminal de comboios do mundo em número de plataformas -- são 44 com 67 linhas entre elas. As plataformas estão em dois andares subterrâneos, com 41 linhas no andar superior e 26 no inferior.


No local onde hoje existe a Grand Central Terminal, já haviam sido construídas duas estações de comboios. A primeira, chamada "Grand Central Depot", foi inaugurada em 1871 e tinha como objetivo receber os comboios das linhas "New York Central and Hudson River Railroad", "New York and Harlem Railroad", "New York and New Haven Railroad".


Entre 1899 e 1990 a estação foi praticamente destruída numa tentativa de expandir e reorganizar a primeira, diminuindo o congestionamento dos comboios. Foi renomeada como "Grand Central Station". Entre 1903 e 1913, foi construído o terminal que conhecemos hoje no estilo Beaux-Arts, sendo a sua inauguração a 2 de fevereiro de 1913 funcionando até aos dias de hoje.

Recomendo apreciar devidamente o seguinte:

- A fachada de colunas e as estátuas de Hércules, Minerva e Mercúrio ao redor de um belo relógio.

- O Salão Principal (Main Concourse) com suas três grandes janelas de 23 metros de altura.

- O teto do Salão Principal com a pintura do céu e suas constelações que, curiosamente, foram reproduzidas invertidas.

- As belíssimas escadarias.

- O relógio de quatro lados sobre a central de informações.



Apenas estivemos no interior da estação o tempo suficiente para tirar umas fotos da mesma pois também já a conhecíamos de uma primeira passagem em 2011.

Desde o exterior decidimos caminhar em direção ao Empire State Building pois o edifício ficava a poucos minutos dali e não justificava apanhar um táxi, apesar das constantes reclamações da Beatriz que estava cansada.

Chegados ao Empire State Building (http://www.esbnyc.com/) dirigimo-nos ao 2º andar para adquirir os bilhetes apesar dos mesmos estarem incluídos no New York Pass. Além da subida ao topo para apreciar as vistas decidimos também aproveitar outra atracão incluída no cartão o New York Skyride, mas já lá vamos.


Falando sobre o edifício sem me alongar muito pois já existe aqui no blog informação sobre o mesmo, o Empire State Building é um arranha-céu de 102 andares em estilo Art déco localizado na intersecção da 5ª Avenida com a West 34th Street. O seu nome deriva do apelido do estado de Nova Iorque.

Foi considerado uma das estruturas mais altas do mundo por mais de quarenta anos, desde a sua conclusão em 1931 até que a construção da Torre Norte do World Trade Center que ficou concluída em 1972.

Como curiosidade podemos dizer que o edifício pesa 365 mil toneladas e tem 73 elevadores.


A abertura do edifício coincidiu com a Grande Depressão dos Estados Unidos, e como resultado muitos de seus escritórios não foram alugados. No seu primeiro ano de funcionamento, o deck de observação arrecadou aproximadamente 2 milhões de dólares, todo o dinheiro que seus donos conseguiram em aluguer naquele ano. A falta de interessados em alugar os escritórios do edifício fez com que os nova iorquinos apelidassem o edifício de "Empty State Building" (empty = vazio, conotação ao grande número de escritórios vazios).

O edifício não se tornou lucrativo até à década de 50. A famosa venda do Empire State em 1951 a Roger L. Stevens e seus sócios foi efetuada pela proeminente Manhattan Real State Firm, por um valor recorde de 51 milhões de dólares. Até a data, esse foi o maior preço já pago por um único edifício na história do mercado imobiliário.

O Empire State Building foi considerado o arranha-céu mais alto do mundo por 41 anos, e a estrutura mais alta já feita pelo homem durante 23 anos. Perdeu esse titulo com a construção da Torre Norte do World Trade Center em 1972. Com a destruição do World Trade Center nos ataques de 11 de setembro de 2001, o Empire State Building tornou-se novamente o edifício mais alto na cidade de Nova York, e o segundo edifício mais alto de todo os Estados Unidos, atrás apenas da Willis Tower, que fica em Chicago. Atualmente com a construção de um edifício próximo no local onde ficavam as Torres Gêmeas, o One World Trade Center, o Empire State deixou de ser o edifício mais alto de Nova Iorque pois a vulgarmente chamada "Freedom Tower" é mais alta do que o Empire State, medindo 541,3 m.

Também no 2º andar após as bilheteiras para o deck de observação fica localizado a atracão referida anteriormente New York Skyride (http://www.skyride.com/), que proporciona uma viagem virtual sobre Nova Iorque voando a baixa altura sobre a cidade. É uma atividade divertida que valeu a pena pois estava incluída na lista de atividades gratuitas do New York Pass, pois caso contrario não vale o dinheiro que custa, 42Usd/adultos, 33Usd/crianças.

Deixo de seguida um vídeo de promoção ao New York Skyride:


A duração da viagem virtual é cerca de 30 minutos e logo de seguida fomos até ao deck de observação do Empire State.


Mais alto que o Top of The Rock sendo mais imponente por isso proporciona das melhores e mais famosas vistas de Nova Iorque.


Uma vez mais fiz um vídeo com a GoPro, sendo que neste caso o mesmo ficou prejudicado por um funcionário mais zeloso que me obrigou a retirar a pega e o suporte da camara ficando apenas com a mesma solta na mão não proporcionando as mesmas vistas de perspetiva que quando temos a pega.


O frio era tanto lá em cima devido ao forte vento que soprava que descemos rapidamente e fomos até ao nosso hotel.


Quanto ao resto do dia não me lembro o que fizemos, apenas que viemos de certeza absoluta até Times Square pois andamos por lá todas as noites.

Com isto, o tópico já vai longo por isso despeço-me até amanha com o tão ansiado embarque no NCVL Breakaway!

Até amanha...

2 comentários:

  1. muito bem Rui, estás a melhorar dia a dia. Abraço.

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  2. Quando for a Nova Iorque já sei onde ir buscar todas as informações! Parabéns por mais um excelente report!

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