Dia 25 Agosto 2013 – Calafell - Barcelona
Após cerca
de 10 dias de descanso com muita praia, chegara finalmente o dia do embarque no
Epíc. Bem cedo, fizemos o check-out no apartamento e fizemo-nos à estrada para
os cerca de 60 kms que nos separavam de Barcelona. Desta vez por Autoestrada
pois a ansiedade era alguma e não havia tempo a perder, exceto para um
cafezinho numa área de serviço.
As minhas
previsões apontavam para uma chegada ao porto por volta das 10:00h mas com os
atrasos habituais apenas por volta das 10:30h nos aproximamos da cidade de
Barcelona.
Como na terça-feira
tínhamos estado em Montjuic decidimos que antes de embarcar subiríamos até à
Igreja do Sagrado Coração na Serra de Collserola de onde se tem uma vista
estupenda sobre a cidade. Quando estivemos a primeira vez em Barcelona, em 2007
utilizamos os transportes públicos para deslocarmo-nos do centro da cidade até
ao topo do monte onde se encontra também o Tibidabo, um parque de diversões,
mas desta vez iriamos de carro subindo por uma estrada cheia de curvas e contra
curvas.
Do topo
pudemos observar a cidade que ainda acordava para um domingo com muitas nuvens
e tivemos o primeiro contacto visual com o Epíc atracado desde as 5:00h no Moll
Adossat.
Efetivamente
mesmo de uma distancia tão grande o Epíc não passa despercebido.
Após as
fotos, finalmente, lá nos dirigimos ao porto para embarcar. Optamos por não
reservar o parque para o carro e utilizamos, uma vez mais, o estacionamento do
World Trade Center. A tarifa especial para cruzeiristas é de 75€, oferecendo
eles o transporte até ao terminal de cruzeiros no Port Bus, que custa cerca
de2€. Entregamos as malas no terminal e o resto da família já ficou no terminal
e cerca das 11:30h já estávamos novamente juntos para o embarque. O processo de
deixar as malas, estacionar o carro e regressar demorou cerca de 30-45 min,
pelo que penso que foi uma boa opção.
Ao contrário
do que tínhamos previsto o terminal já estava cheio e as filas já eram grandes
e tivemos de “usar” a prioridade de estar com um bebé para utilizar um balcão
de check-in prioritário, que de prioritário teve pouco pois um casal espanhol à
nossa frente demorou uma eternidade pois não sabiam como funcionava o pagamento
através de cartão de crédito e enervaram com tantas perguntas e duvidas que
tinham. Além disso, o nosso cartão de crédito não funcionava devido à falha nas
comunicações (muito frequente, pelo que sei!), ficando a situação resolvida com
uma visita ao “Guest Service” nessa mesma tarde. Não tenho nada a apontar pois
ao contrário do que já li algures não nos bloquearam a conta apenas solicitaram
uma visita mais tarde para a situação ser tratada pela contabilidade.
Por volta
das 12:00h já não havia espera para embarcar e depois de feito o check-in
pudemos logo embarcar em nova experiência, sem escapar da foto da praxe, que
aqui, tal como no Oásis também funciona como reconhecimento facial para as
fotos tiradas a bordo. Já levamos connosco os cartões de bordo e o Freestyle
Daily para esse dia, para minha surpresa em português! Até o camareiro se
admirou existir em português, tantos devem ser os hóspedes portugueses a bordo!
Além do Daily vinha muita informação sobre comidas, excursões, compras a bordo,
etc., o habitual no embarque.
As cabines
ainda não estavam prontas pelo que fomos até ao Garden Café, o buffet do Epíc.
Logo neste primeiro dia pude comprovar o que já tinha lido, que o buffet do Epíc
era um dos melhores dos mares. A oferta era imensa e toda a comida com muita
qualidade, então as sobremesas… Sendo uma companhia americana abundavam os itens
típicos da alimentação americana, hamburgers, hot dogs, bacon, etc., mas
pergunto em que companhia a pizza era feita na hora e com os ingredientes
escolhidos pelo hóspede, o mesmo para as massas, hamburgers salsichas e bifes
grelhados na hora e da forma como o hóspede o deseja. Um conselho que deixo a
quem decidir experimentar o Epíc é não se servir imediatamente no buffet e
antes de o fazer percorrer a linha de comida até ao fim pois provavelmente no
final estará aquilo que realmente queria comer!!!
Logo nesta
primeira refeição tomamos consciência do que iria ser o nosso quotidiano com a
comida para bebé. Achamos que seria preferível utilizar comida pré-preparada da
Nestlé pois não acreditamos que por muita boa vontade que tivessem que nos
apresentassem uma sopa de bebé em condições (não esquece-mos a experiencia
passada com a Pullmantur no Zenith em que a sopa foi transformada em puré sem
qualquer sabor!!!). A cada refeição pedíamos para nos aquecerem a sopa no
micro-ondas e nunca tivemos qualquer problema nisso. Alguns empregados
faziam-no com mais simpatia, outros com menos, mas sempre o fizeram e pouco
tempo depois tínhamos a sopa na mesa pronta a comer.
Entretanto
foi feito aviso sonoro que os camarotes estavam prontos pelo que nos dirigimos
ao nosso para vermos com os nossos olhos a configuração original dos mesmos,
com “paredes” arredondadas, lavatório no fundo da cama, sanita e duche
separados!!!
A disposição
diferente dos camarotes é uma ideia arrojada, mas nada mais do que isso!
Pessoalmente não me afetou absolutamente em nada, mas vejo alguns possíveis
inconvenientes:
·
O vidro que
divide a sanita e o duche do resto do camarote não é completamente opaco,
deixando transparecer as formas físicas pelo que poderá ser um fator
perturbador caso coabitem no camarote pessoas que não sejam próximas entre si. Para
contrariar este facto foi colocada uma cortina opaca dividindo a zona da casa
de banho com o resto da cabine.
·
O lavatório
aos pés da cama não é muito prático pois se não se tiver algum cuidado vai
molhar tudo à volta. Não tivemos problemas mas por exemplo um homem cortar a
barba é um exercício delicado pois se facilitar um pouco vai entornar agua e/ou
espuma.
Quanto ao
resto do camarote, foi dos mais pequenos que encontrei nos navios que já
conheço pois com a 3 cama descida (é uma cama que desce do teto, à semelhança
de outros navios!) o espaço era reduzido e até se tornava dolorosa vir até à
varanda. Mas por incrível que possa parecer o espaço para guardar malas,
roupas, objetos pessoais era imenso e no local mais estranho lá aparecia mais
uma gaveta para se usar. Grande aproveitamento do espaço por parte da NCL,
conseguindo que tivemos espaço para guardar pertences de 4 pessoas, e sabem que
os bebés ainda obrigam a mais coisas que os adultos.
Em relação às varandas estas são enormes face ao que conheço e proporcionam otimos momentos ao final do dia ou da noite, com um copo na mão...
Em jeito de conclusão digo que prefiro o estilo tradicional, mas dou nota positiva à NCL!!!
Em jeito de conclusão digo que prefiro o estilo tradicional, mas dou nota positiva à NCL!!!
Já refeitos
do impacto inicial com os camarotes fomos inscrever as miúdas nos clubes
infantis sendo que a Sofia só podia usufruir das atividades acompanhada de
algum dos pais por ter menos que três anos. Pela primeira vez a Beatriz não
quis ficar tempo nenhum no club por não falarem português, apesar de terem
varias animadoras espanholas. Não insistimos com ela porque a nossa intenção
era disfrutar o navio e principalmente o AquaPark.
Uma zona mais sossegada, sem crianças:
Especial importância para quem tem crianças, a zona infantil do AquaPark:
Tínhamos,
finalmente, a oportunidade de circular pelo navio e ter um primeiro contacto
com as suas instalações e ter noção da sua localização. Aproveito para realçar
que é muito fácil orientar-se no Epíc e tudo no navio é pensado para os hóspedes
não se perderem, deste a cor da alcatifa dos corredores à iluminação dos
elevadores, vermelho pra os camarotes pares e azul para os ímpares. Existem
espalhadas pelo navio também muitas placas sinalizadoras indicando a direção de
vários locais mais importantes como o Epíc Teather, o Spice H2O, os
restaurantes, etc.
O enorme casino:
O famoso candelabro / candeeiro ou lá o que lhe queiram chamar:
A entrada da Spiegel tent":
A discoteca "Bliss":
A outra pista de bolling, no "O'Sheehans":
O espaço internet "I-Connect Café":
A entrada do "Epic Theather" com os cartazes a anunciar os shows dos BMG e Legends In Concert:
O resto fica para depois.
À semelhança
do Oásis também existem écrans tácteis interativos que nos dão a informação de
qual a direção que devemos tomar?, o que está a acontecer? qual a ocupação dos
restaurantes, etc. Muito fácil, mesmo para um navio da dimensão do Epíc!!
Estava
marcada para este primeiro dia o encontro com a representante de língua
portuguesa a bordo. Seria às 17:30h no Headliners, um clube destinado
essencialmente a atuações de comédia, ao jeito de Stand Up Comedy. Normalmente
não iriamos ao encontro mas foi o local que elegemos como ponto de encontro com
o Pedro Oruguela e esposa, Isabel, pelo que fomos a uma reunião de brasileiros
(existia um grupo enorme a bordo!) formatada para vender umas excursões. No
fundo, aquilo que todo o cruzeirista se habitua logo no primeiro cruzeiro.
Acabamos por
perder a “Sail Away Party” pois a reunião demorou mais tempo do que tínhamos
previsto, mas como o tempo não estava nada de especial também não devemos ter
perdido nada.
Sabíamos que
no jantar da noite de Barcelona seria servida lagosta, pelo que ficou logo
definido que o primeiro jantar seria no “Taste”. Mais tarde, aprofundarei o
tema dos restaurantes disponíveis a bordo, suas características e seus custos.
Finda a
refeição passamos pelo “Atrium” onde atuava a “Manhattan Band” e ficamos por lá
alguns momentos, até ser hora de recolher ao camarote para dormir.
Chegado ao camarote tinha o meu convite para o “Behind the scenes Tour”, uma visita aos bastidores do navio a decorrer na manha seguinte…mas isso é só amanha!!!
Até lá…
Porreiro pá !
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