Dia 6 Abril – Dubai
Chegados ao Dubai, tínhamos agora de apanhar as bagagens e passar pela imigração. Segundo o que tinha lido e me tinha sido transmitido aqui no fórum, seria um processo demorado e aborrecido para alguém que acabava de chegar de uma longa viagem. Talvez por chegarmos às 7:00h e não existirem outros voos a chegar ao terminal 1, usado pela Turkish Airlines, não demoramos mais de 5 min a receber o carimbo correspondente ao visto de entrada no país.
Optamos por não reservar hotel para esta primeira noite, porque no fundo já era dia e apenas poderíamos usufruir dos serviços do hotel até às 12:00h. Ainda fiz um email à cadeia de hotéis Íbis, solicitando preços para um “late check-out” mas recebi logo a informação que teria que pagar 50% de acréscimo. Achei que era um exagero dai ter pesquisado e questionado o aeroporto do Dubai sobre a existência de um local para deixar as malas dentro do próprio aeroporto. A resposta chegou pouco tempo depois com a indicação que seriam 20AED /12h por cada mala. O serviço funcionou na perfeição e no final do dia paguei 60AED,o que dá 12,44€, já que deixamos 3 malas.
Antes de prosseguirmos com o relato vamos ver alguns factos sobre o Dubai:
O Dubai (em árabe: دبيّ, Dubayy) é um dos sete emirados e a cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos (EAU) com aproximadamente 2.262.000 habitantes. Está localizado ao longo da costa sul do Golfo Pérsico na Península Arábica na Ásia.
Existem registos da existência da cidade pelo menos 150 anos antes da formação dos Emirados Árabes Unidos. O Dubai divide funções jurídicas, políticas, militares e económicas com os outros emirados, embora cada emirado tenha jurisdição sobre algumas funções, tais como a aplicação da lei civil e fornecimento e manutenção de instalações locais. O Dubai tem a maior população e é o segundo maior emirado por área, depois de Abu Dhabi. Dubai e Abu Dhabi são os únicos emirados que possuem poder de veto sobre questões de importância nacional na legislatura do país. O Dubai tem sido governado pela dinastia Al Maktoum desde 1833. O actual governante de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, é também o Primeiro-Ministro e Vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos.
A receita do emirado é proveniente do turismo, comércio, sector imobiliário e serviços financeiros. As receitas de petróleo e gás natural contribuem com menos de 6% da economia de Dubai. O sector imobiliário e da construção, por outro lado, contribuíram com 22,6% da economia em 2005, antes do actual boom da construção em larga escala.
Retomando o que mais nos interessa, deixamos o aeroporto depois das 7:30h com destino ao “Deira City Center” já que tinha a informação errada que os autocarros da BigBusTours (http://www.bigbustours.com/) começavam a circular às 5:00h. Afinal, apenas começam a circular às 9:00h, logo a solução improvisada na hora, foi pedir ao taxista que nos deixasse na Jumeirah Public Beach, mesmo junto ao Burj Al Arab. A ideia foi tirar umas fotos do hotel e repensar o plano inicial previsto.
Apesar deste contratempo, decidimos fazer o que tínhamos planeado, ou seja comprar o bilhete de 24 horas para o Big Bus e percorrer a cidade. Apenas sairíamos em algumas atracções que justificassem uma visita mais demorada.
Pagamos pelos bilhetes 460AED (95€) por 2 bilhetes de adulto já que consegui convencer a menina que a Beatriz não tinha idade para pagar. No Dubai os autocarros turísticos de 2 andares funcionam um pouco como em qualquer parte do mundo, 2 linhas (vermelha e azul) que se cruzam em 2 locais e pode-se subir e descer as vezes que quisermos.
Começamos pela linha Azul que é basicamente a linha da praia e fomos apreciando os contrastes existentes entre culturas e a forma como duma forma natural a cultura árabe e a ocidental estão lado a lado.
Os prédios esquisitos, uma constante durante toda a viagem
As paragens de autocarro fechadas, porque têm ar condicionado
As cadeias de Fast Food presentes em todo lado
A mesquita Jumeirah
A entrada da "The Palm"
O monocarril que percorre a ilha
Devido ao seu deslocamento num plano elevado face à rua tem uma optima vista, vai valer a pena fazer uma viagem nele, mais tarde
O Hotel atlantis, no interior da Palmeira
Pelo caminho fomos apreciando mais prédios com construções, pouco ortodoxas:
O almoço foi no Mall of Emirates, onde ficava localizada uma paragem do Big Bus. Este shopping gigantesco, já foi o maior do mundo, tendo sido recentemente ultrapassado pelo Dubai Mall nessa categoria, mesmo assim o Mall dos Emirados contém aproximadamente 2,400,000 metros quadrados de lojas e quando se passeia por ele as lojas parecem nunca mais acabar.
Aproveitamos para apreciar o Ski Dubai (http://www.theplaymania.com/skidubai), que fica localizado no interior deste centro comercial. Começava neste momento um desenrolar de obras de engenharia e tecnologia que iríamos ter oportunidade para conhecer mais de perto. A temperatura dentro do Ski Dubai é mantida entre 1º e 2º graus negativos. A roupa e o equipamento completo são fornecidos como parte da entrada e os bilhetes custam entre os 130AED e os 300AED, para os acessos ao Snow Park e o Day Free Pass, respectivamente (mais uma vez para termos os preços em € devemos dividir por 5 e o valor é aproximado, 26€ e 60€). A neve é feita com um canhão de alta pressão que atira água na atmosfera mantida em temperaturas em torno de zero por refrigeradores situados acima e abaixo das pistas. Uma obra incrível se pensarmos que estamos no meio do deserto.
E tivemos oportunidade para deambular pelo Mall of Emirates:
Após o almoço, retomamos o nosso tour no mesmo local onde tínhamos abandonado o bus. Pouco depois tivemos o primeiro contacto com outra obra da engenharia moderna. O edifício Burj Khalifa, que foi seguramente o edifício que mais vontade tinha de visitar e que me deixou de boca aberta. Mas isso são coisas para contar apenas no relato do dia de amanha. Por agora apenas partilho umas fotos feitas em andamento do 2º andar do Big Bus:
O cansaço era cada vez mais evidente, ao ponto de tanto eu com a Virgínia estarmos a dormitar em pleno autocarro. Naquela hora que bem que sabia uma sesta, mas não havia forma contornar a situação, pelo que continuamos até à Dubai Creek, já na linha vermelha.
Juntamente com os bilhetes do Big Bus vinham entradas grátis para um passeio em Dhow (barco típico destas paragens) na Dubai Creek, que é um braço de mar que divide a cidade em duas partes, a Deira e o Bur Dubai. O passeio tem a duração de uma hora e durante o mesmo pudemos testemunhar a azafama da população local nos seus afazeres comerciais. A Dubai Creek é uma fonte de actividade comercial e talvez dos melhores locais para se interagir com os locais.
Nesta altura faltavam cerca de 30 min para o final da circulação dos autocarros, já que estes terminavam às 17:00h e o nosso plano inicial terminava com o espectáculo das fontes no Dubai Mall que começaria às 18:30 até às 23:00h.
Mas os planos são feitos para saírem furados e decidimos que o cansaço tinha vencido! Os web-tickets da Costa indicavam que o embarque no Costa Favolosa poderia ser efectuado às 20:00h, mas eu sabia fruto de informação prestada pela Emídia Gomes que a partir das 15:00h já poderíamos embarcar. Não poderíamos, no entanto utilizar a cabine antes das 20:00h!
Decidimos então apanhar um táxi que nos levasse ao aeroporto para apanhar as malas. Esperou por nós e levou-nos até Port Rashid com uma paragem na farmácia, culpa da gravidez da Virgínia. Este percurso ainda durou algum tempo e sei que fizemos mais de 35 kms, no entanto o preço dos táxis é muito barato e apenas pagamos cerca de 70 AED / 14,00€.
O check-in foi muito rápido já que não havia ninguém no terminal e apenas tivemos de preencher os formulários relacionados com as doenças! Em pouco mais de 5 minutos chegamos finalmente perto do Costa Favolosa.
Oportunidade para tirar algumas fotos e rapidamente estávamos novamente a bordo de um navio de cruzeiro. Seis meses depois de experimentar-mos um dos maiores navios da Royal Caribbean, O Oasis Of The Seas, eis que estávamos a embarcar no maior navio da Costa Cruzeiros, o Costa Favolosa.
Rapidamente nos dirigimos ao Buffet Cà d' Oro Restaurant para fazer um lanche que seria quase jantar porque esse dia terminaria cedo na cama para recuperar as horas de sono não dormidas.
No final do lanche, e como ainda não eram horas de ir para o camarote, aproveitamos para fazer um primeiro reconhecimento do navio. Curiosamente, apesar de não conhecer o Favolosa facilmente nos orientamos no navio já que achamos que é muito parecido com o malogrado Concordia, em que viajamos em Outubro de 2009.
O Brillance atracado junto ao Favolosa
E algumas imagens do navio e da cidade ao final de tarde:
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