Primeiro
sábado de férias e com o dia todo em Saragoça, acordamos, sem pressas para
tomar o pequeno almoço.
Foi um “meio” erro, pois a sala estava completamente
cheia e algumas opções já não estavam disponíveis ou demoravam a ser repostas.
Um problema dos hotéis maiores e onde os hospedes decidem sair todos ao mesmo
tempo.
De
qualquer forma, não era este pequeno pormenor que iria estragar o nosso dia,
pelo que lá encontramos uma mesa limpa e tivemos direito a um bom pequeno
almoço, apesar do que referirmos antes.
Mais
uma vez precisamos de levar o nosso carro até ao centro da cidade e, ao contrário
do dia anterior tivemos muita dificuldade em estacionar o carro, o que apenas
conseguimos depois de uns bons 15 minutos às voltas e o lugar encontrado foi
bem longe do centro.
Aproveitamos
a caminhada até à zona histórica para perceber o tipo de lojas que existiam nas
estreitas ruas da cidade.
Chegados,
novamente à Plaza del Pilar, decidimos que íamos visitar a Basílica del Pilar
(grátis) e posteriormente subir a uma das suas torres para apreciar as vistas.
A
Basílica, a grande atração da praça e da cidade, onde está a santa padroeira de
Espanha e um pilar de jaspe. Diz a lenda que Santiago, o mayor – que depois se
tornou Santiago de Compostela, estava em pregação na região, depois da morte de
Jesus, e ninguém lhe prestava atenção. Para ajudá-lo, Maria apareceu na cidade
em “carne e osso”, antes de subir aos céus, e como testemunho da sua passagem
deixou um pilar de jaspe. A igreja é enorme. Destacamos, por sua beleza, a
capela do Pilar, toda de ouro, o teto pintado por Goya e o altar maior.
É
tradição passar a mão e beijar o pilar que está visível atrás da capela do
Pilar. O dia da Virgem do Pilar é 12 de outubro, feriado nacional, e em
Saragoça o dia é celebrado em grande, com uma grande festa.
Infelizmente
não se pode tirar fotos no interior da igreja e respeitamos a proibição, pelo
que não podemos aqui demonstrar a beleza interior da Basílica. Apesar da
proibição não faltam fotografias na internet, por isso quem tiver alguma
curiosidade é só procurar...
As
torres da Basilica del Pilar são os melhores miradouros que podemos encontrar
em Saragoça. Especificamente, a torre que está localizada junto à porta
traseira do monumento e que permanece aberta todos os dias para oferecer uma
vista espetacular da cidade com o rio a seus pés. A subida é feita num elevador
de vidro que permite aos visitantes ter uma vista magnífica enquanto sobem os
63 metros de altura. Outra característica deste elevador panorâmico é que a
subida leva apenas 20 segundos, enquanto os visitantes desfrutam de um 'mar de
cúpulas' a seus pés.
A
torre tem 2 áreas de observação, uma primeira parte, onde o elevador chega e
que é semiaberto. Ou seja, embora seja coberta, as áreas a serem observadas não
estão protegidas, pelo que quando o vento sopra não é completamente seguro. Para
chegar à parte mais alta da torre e atingir os 80 metros de altura, é preciso
subir 2 lanços de escada.
Entre
cada secção, existe uma pequena sala de descanso que tem dois bancos e alguns
expositores que oferecem aos visitantes mais informações sobre a torre e as
últimas reformas realizadas. No centro há uma escada em espiral que leva à área
mais elevada. Esta segunda plataforma de observação é totalmente envidraçada e
protegida de fenómenos climatéricos.
O
preço para subir à Torre del Pilar é de 3€ por pessoa, exceto para menores de 9
anos que podem aceder completamente grátis. A torre está aberta todos os dias
das 10h às 14h e das 16h às 18h; exceto nos meses de verão que sua abertura é
estendida em mais duas horas.
Uma
boa sugestão é assistir a um belo pôr do sol com o Ebro a seus pés, os Pirenéus
como pano de fundo e uma mistura de cores inundando toda a Saragoça,
recomendamos que a subida à Torre seja efetuado nos últimos minutos do período
de abertura.
De
seguida, entramos novamente no autocarro turístico, aproveitando as 24 horas
que tínhamos direito para seguir até ao nosso destino seguinte, o Palácio de La
Aljafería.
A
paragem do autocarro é mesmo em frente ao palácio e enquanto a Virgínia ficava
cá fora a descansar num dos bancos do jardim, a restante família comprava os
bilhetes para a visita. O custo do bilhete é de 5€ e as crianças até aos 12
anos não pagam!
O
Palácio de la Aljafería foi construído no século XI, na época dos muçulmanos,
para servir como residência. Depois, com a conquista cristã, ele passou a ser
moradia dos reis aragoneses. Ainda, ao longo do tempo, se converteu em uma
fortaleza.
Claro
que toda essa beleza só podia ser Património da Humanidade.
Entramos
pela parte muçulmana, com bonitos arcos servindo de entrada para o Salão
Dourado. Ali ficava uma mesquita e um oratório que servia para uso particular
do monarca.
Centralizado
e unindo todo o palácio temos o Pátio de Santa Isabel. O seu nome é uma
homenagem a Isabel de Aragão que nasceu no palácio e foi rainha de Portugal em
1282.
Subimos
as escadas que davam para o Palácio dos Reis, construído na época dos reis
católicos. Por ali vimos algumas peças expostas e tetos ricamente ornamentados!
Um bom conselho é caminhar a olhar para o teto. Não se vão arrepender!
Na
saída passamos pela construção mais antiga de todo o palácio, a Torre del
Trovador que era uma torre para defesa, e uma das construções mais imponentes
do palácio!
No
final da visita, ainda ficamos alguns minutos a tirar umas fotos nos jardins
que rodeiam o palácio.
Nesta
altura, a fome já apertava, mas ainda tínhamos de regressar ao centro, onde
planeamos almoçar! E lá tivemos de esperar até chegar um novo autocarro e fazer
o resto do percurso até ao ponto de partida. Uma forma de poupar nos
transportes públicos!
À
semelhança do dia anterior, acabamos por sair do autocarro na paragem anterior
ao atravessamento da ponte romana, pois as vistas sobre a Catedral del Pilar
eram deliciosas!
Por
falar em ponte romana, aqui chamada de Ponte de Pedra, esta é a mais antiga de
todas as ponte de Saragoça.
Iniciada
em 1401 e concluída em 1440, por várias vezes teve sua estrutura danificada
devido às cheias do rio, como a de 1643, que destruiu duas de suas arcadas
centrais. Logo depois, a ponte sofreu uma de suas muitas reformas.
Tiramos
imensas fotos, aproveitando a vista e depois atravessamos a ponte a pé!
Agora
sim, tínhamos que encontrar um restaurante para almoçar e um pouco, como
escolha contra-natura fomos ao El Corte Inglês lá do sítio, a pedido da restante
família, com o argumento que assim saberiam exatamente o que iriam comer! Nem
sempre a maioria ganha, mas neste caso assim aconteceu!
As
escolhas não foram muito originais, mas afinal foi mesmo essa a intenção
aquando da escolha do local.
O
resto do dia foi passado a passear pelas ruas da cidade, sem grandes preocupações,
pelo que os equipamentos electrónicos ficaram na mochila! Mentira... as meninas
quiseram dar uma volta pelas lojas de souvenirs, roupa, artesanato e afins... e
a volta acabou por durar grande parte da tarde!
Ao
final da tarde, as pernas já estavam doridas de tanto caminhar e fomos até ao
hotel, sem saber muito bem o que queríamos jantar! Até que vimos num shopping
perto do hotel, um restaurante pertencente a uma cadeia de restaurantes muito
conhecido em Espanha, chamado “Muerde La Pasta”,
que já tínhamos experimentado em Valência! Estava a escolha feita!
Basicamente
trata-se de um restaurante onde se paga um valor fixo por pessoa e temos uma oferta
enorme de entradas, massas, pizzas, carnes, peixe, bebidas, tudo à descrição!
Não
sendo comida de muita qualidade, não é má e apenas aconselhamos a quem estiver
com muita fome, pois é a única forma de compensar. Não nos lembramos exatamente
quanto pagamos, mas qualquer coisa como 40€ para os 4!
Como
estava disposto a dar luta, ... ainda hoje tenho o peso em excesso desta refeição! (As fotos são do site, pois não tiramos nenhumas)
E
assim o dia terminou...
Até
amanha, em Salou!
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