segunda-feira, 2 de abril de 2018

2 abril 2018 – Viena - Porto


Último dia na cidade!

Tomamos um último pequeno almoço no hotel, deixamos as malas na receção do mesmo pois apenas tínhamos voo ao final do dia e saímos para um último passeio pela cidade.

Como já tínhamos visitado quase tudo o que queríamos este dia seria para tentar finalizar alguma “coisa” que tivesse ficado por fazer. Exemplo disso era a visita ao Naschmarkt, mas infelizmente a segunda feira a seguir à Páscoa é feriado em muitos países, entre eles a Áustria. Teríamos mesmo que regressar a Portugal sem ver este mercado que já foi muito típico e agora é “assim assim”!

Um pouco à procura de sugestões para ocupar o tempo a Beatriz perguntou onde ficava a estátua de Mozart! Era o ponto de partida que precisávamos para pôr os pés a caminho e ir até ao parque onde se situa a estátua.

Este monumento de Mozart está situado dentro do Burggarten, o jardim dos palácios imperiais de Viena.


Em frente à estátua existe uma clave de sol (nota musical) com flores, o que torna este local muito bonito e atrativo para as fotos. Talvez por isso tivemos de esperar uns bons 5 minutos que um grupo de turistas saísse da frente para podermos tirar algumas fotos sem intrusos nas mesmas.


Enquanto caminhávamos aproveitamos para saborear uma última vez as típicas salsichas austríacas e seguimos em direção a um palácio que não tínhamos intenções de visitar, o Palácio Belvedere!

Entretanto, por acaso demos de caras com um monumento à ocupação soviética depois da 2ª guerra mundial.


Oficialmente chamado de Monumento ao Heróis do Exército Vermelho, celebra os 17 mil soldados soviéticos que morreram durante a ofensiva de Viena, em abril de 1945.

O complexo memorial é composto por 26 colunas e a escultura de um soldado soviético usando capacete dourado com uma bandeira soviética.


E pouco depois chegamos então ao Palácio Belvedere.

O Palácio Belvedere (Schloss Belvedere) foi construído como residência de verão do Príncipe Eugénio de Saboya. O conjunto é formado por dois palácios unidos por um enorme jardim francês.

No ponto mais alto do jardim está situado o Alto Belvedere, edifício principal do conjunto arquitectónico que possui uma fachada mais elaborada.


O interior do Belvedere dececiona bastante os visitantes que esperam ver um palácio. Só se pode ver a capela, o hall de entrada e a Sala de Mármore decorados. O resto das salas, sem decoração, exibem coleções de pinturas da Galeria Austríaca, desde a Idade Média até os nossos dias, como se fosse apenas um museu.

No piso térreo é possível ver obras-primas do barroco e arte medieval, além da capela. No primeiro andar são exibidas obras vienenses criadas entre 1880 e 1900, enquanto o segundo andar está repleto de mostras do neoclassicismo e do romantismo, além da coleção Biedermeier.


Nas exposições do Alto Belvedere podemos contemplar as obras de famosos artistas, como Claude Monet, Vincent Van Gogh e Gustav Klimt. Entre as obras-primas expostas estão "O Beijo", de Klimt, e "O abraço", de Schiele.

Menor e com uma fachada menos apelativa que a do Alto Belvedere, no edifício do Baixo Belbedere são exibidas exposições de arte barroca austríaca, onde podemos encontrar obras dos artistas que deram forma à cidade durante a Idade de Ouro de Viena.

Algumas das salas mais importantes são a Sala dos Grotescos, a Galeria de Mármore e o Salão dos Espelhos, todos com um design barroco.

Ao lado do Baixo Belvedere está o elegante edifício que era usado como estufa. Hoje em dia alberga diferentes exposições temporárias.


Já em disposição de fim de festa não nos apeteceu comprar bilhetes para visitar o interior do palácio. Optamos por contemplar o que mais de bonito ali podemos encontrar, os jardins!

Tiramos algumas fotos e acabamos por sentar-nos num dos muitos bancos que estão espalhados pelo espaço num misto de cansaço e depressão por regressar a casa.

Só nos faltava apanhar as malas no hotel e utilizando o metro e posteriormente o comboio chegamos ao aeroporto ainda com muito tempo até ao nosso voo, que acabou por atrasar cerca de 1 hora.

Apesar da fraca qualidade devido a um problema com a GoPro deixamos aqui um vídeo do nosso voo VIE-LIS.



Devido ao atraso na chegada a Lisboa perdemos o voo para o Porto, mas nada de grave, afinal o avião previsto para a última perna da nossa viagem era mesmo o que nos trouxe desde Viena.

Muita confusão em Lisboa com remarcação de horário, que mais um vez não foram cumpridos e com isto chegamos ao Porto já depois da 1 da manha.

Mais uma vez, apesar deste vídeo ainda ter menos qualidade que o anterior fica aqui a nossa viagem, no último voo dia da ponte aérea!



Esperamos que tenham gostado de viajar connosco e ficam já prometidas muitas novidades para o próximo mês de agosto. Fiquem atentos que acho que vão gostar!

Ate´um dia destes...

domingo, 1 de abril de 2018

1 abril 2018 – Viena


Por coincidências do destino, o dia 1 de abril, tradicional dia das mentiras, neste ano de 2018 coincidiu com o dia de Páscoa! Como a nossa viagem nada teve de mentira, vamos lá então contar as nossas peripécias deste dia, continuando na bonita cidade de Viena.

Começamos o nosso dia com um pequeno almoço especial de Páscoa, pois fomos brindados com os coelhinhos de chocolate (que mais tarde a Sofia chamou “um figo!”) e fomos até ao centro da cidade. O dia começava com um dos locais mais ansiados pela Beatriz, o Museu de Sissi, juntamente com o complexo Hofburg!


Dominando o centro de Viena, o Hofburg é um complexo gigante de edifícios assimétricos que foram construídos ao longo do tempo, somando mais de 240 mil metros quadrados e 2,6 mil aposentos. Durante 600 anos, foi a residência dos Hofburgs, soberanos austríacos que reinaram do século 13 até o fim da monarquia, em 1918. A partir de então, tornou-se o centro político da República da Áustria, sendo sede dos os escritórios do presidente, ministros e secretários de estado, além de diversos museus. Cerca de 5 mil pessoas trabalham no Hofburg atualmente.

O Hofburg é paragem obrigatória e uma importante introdução ao mundo dos Hofburgs, uma das mais importantes dinastias da Europa. Praticamente todas as atrações de Viena giram em torno dos Habsburgs. Para muitos, o membro mais famoso talvez seja a Sissi (1837 – 1898), como era chamada a imperatriz Elizabeth da Áustria, esposa do imperador Francisco José I.

O passeio pelo complexo Hofburg (vamos chamar-lhe assim!) permite conhecer os aposentos imperiais, a coleção de prataria da corte e o Museu Sissi, que é sem dúvida o ponto alto do programa.


Confessamos que até então tudo o que sabíamos sobre Sissi se baseava nos filmes da trilogia de Hollywood, lançada na década de 50. Nestes filmes, Sissi é retratada como uma jovem feliz e extrovertida, que amava o seu marido. Foi um choque conhecer a verdade por trás do mito e este é justamente o objetivo da exposição, aberta ao público em 1994.

Sissi, na verdade, foi uma mulher muito infeliz, obcecada pela beleza. Reconhecida como a mulher mais bela do seu tempo, a imperatriz vivia fazendo dietas malucas e gastava duas horas do dia apenas para pentear os cabelos, que chegavam aos seus pés. Teve quatro filhos, sendo que a primeira morreu com apenas dois anos e o seu único filho, que seria o herdeiro do trono, suicidou-se aos 31 anos juntamente com a amante de 17 anos, após uma vida totalmente desregrada.

A morte do filho acentuou o estado já depressivo de Sissi, que vivia solitária e avessa às obrigações de imperatriz. Vivia permanentemente em viagem e adotava práticas alimentares cada vez mais agressivas, enquanto o seu marido trabalhava de manhã até ao anoitecer, sendo descrito como um verdadeiro “workaholic”. Sissi não se dava bem com a sogra, a arquiduquesa Sofia, e era mal vista na corte pela sua preferência pela Hungria. Durante todo o seu reinado, o seu único interesse político foi a assinatura do acordo austro-húngaro, que foi firmado em 1867, tornando Sissi a rainha da Hungria.

A vida infeliz de Sissi teve um fim trágico. Em 1898, durante uma viagem a Genebra, na Suíça, um anarquista italiano acertou-lhe no peito com um fino estilete. Sissi faleceu horas depois. Ao saber da morte da esposa, Francisco José I afirmou: “Vocês não sabem o quanto amei esta mulher”. Ao visitar o escritório do imperador, realmente não duvidamos do amor que ele sentia pela esposa. Retratos de Sissi estão espalhados por toda a parte.

Os bilhetes para o ingresso no Museu Sissi, a Coleção de Prataria e os Aposentos Imperiais custa cerca de 13 Euros, com áudio guia incluído, e a entrada é feita pela Michaelerplatz.


Mais uma vez temos restrições às fotos, sendo apenas permitido fotografar a parte da exposição das pratas! Nos apartamentos reais, onde fica efetivamente o Museu da Sissi é totalmente vedado, pelo que cumprimos as regras e não fotografamos. Se tiverem curiosidade, basta pesquisas no Google que não faltam fotos “clandestinas”!

Após a visita ao museu partimos em direção a outro ponto da cidade, vantagem de Viena ter uma rede de transportes públicos extremamente eficiente, para visitar uma igreja que impressiona quem a observa: a Igreja de São Carlos Borromeu (Karlskirche, em alemão!).

Durante a epidemia da peste de 1713, o Imperador Carlos VI prometeu ao povo que, quando a cidade fosse liberada da doença, construiria um templo dedicado a São Carlos Borromeu, padroeiro da luta contra a peste.

A construção da igreja foi um processo lento que só terminou 25 anos depois.
 



Provavelmente o que mais chama à atenção ao ver a igreja são as duas colunas do exterior, inspiradas na Coluna de Trajano de Roma, com uma decoração em espiral que representa cenas da vida de São Carlos Borromeu.


A Igreja de São Carlos Borromeu é uma das igrejas mais interessantes da cidade. Embora se possa subir na cúpula para vê-la de perto, atualmente e devido às obras, não nos parece muito recomendado, já que a estrutura temporária de andaimes é pouco estável e a vista não vale tanto a pena.

E como eram horas de almoçar, tínhamos ali mesmo ao lado um dos mercados mais famosos de Viena, o Naschmarkt, onde podemos encontrar produtos mais ou menos tradicionais, dizemos mais ou menos tradicionais, pois com o turismo tudo se transforma e este mercado já não é nada do que era há alguns anos atrás!

Isto era muito bem pensado e planeado, se o mercado estivesse aberto! Nem uma única banca, um único restaurante, fosse o que fosse estava aberto para amostra! Lá tivemos de ir procurar outro local com a promessa de voltar no dia seguinte para visitar o mercado.

Felizmente não tivemos de caminhar muito, pois ao lado do mercado encontramos uma “tasca austríaca”, onde decidimos almoçar. Infelizmente não decoramos o nome e não conseguimos encontrar na internet.

De qualquer forma, uma excelente opção mesmo em frente ao Naschmarkt!


Após o almoço e já no regresso ao centro da cidade vimos uma fila enorme junto a um edifício, que verificamos ser o Museu da Cidade de Viena. A justificação para a fila era o facto da entrada ser grátis no primeiro domingo do mês!

Não estava nos planos, mas já que era grátis decidimos esperar e visitar. Ainda esperamos cerca de 30 min pois o fluxo de entradas era controlado consoante as saídas.

O Museu da Cidade de Viena (Wien Museum) é composto por um grande número de museus divididos por toda a cidade, entre os quais se destacam o Museu do Relógio e algumas casas transformadas em museu que pertenceram aos grandes mestres da música: Beethoven, Mozart, Schubert e Hadyn.

Um dos museus mais conhecidos dos que fazem parte do Wien Museum é o Wien Museum Karlsplatz, que foi o que visitamos.

Situado nos arredores da Igreja de São Carlos Borromeu, o Wien Museum Karlsplatz é o edifício principal da coleção do Wien Museum.

O museu é uma mistura de história e arte dividida em três andares, começando pelo térreo, onde estão exposições desde o ano 5600 a.C. até 1.500 d.C.

A exposição começa com alguns ossos e restos pré-históricos e continua com o período paleolítico, quando caçadores viviam nos arredores de Viena.  Depois de percorrer Viena em tempos romanos, pode-se ver uma exposição de objetos procedentes da Catedral de São Estevão, como algumas estátuas e vitrais.


No primeiro andar estão as exposições sobre Viena desde o ano 1500 até 1815, formadas por diversos quadros do Renascimento e do Barroco, além de uma coleção de armas e armaduras procedentes das Guerras Napoleónicas.

 
No segundo andar há uma grande maqueta de Viena, além de uma reconstrução do quarto de Adolf Loos, pioneiro da arquitetura moderna.


O Wien Museum Karlsplatz é um lugar agradável onde conhecer de um modo ameno o passado da cidade de Viena, compreendendo melhor seu presente e futuro, mas ficamos um pouco desiludidos com o que encontramos no museu, pois tínhamos como referência outros museus dedicados à história de grandes cidades como Londres, Nova Iorque, Amesterdão e todos eles têm muito mais qualidade que este.

Regressamos ao centro da cidade, i.e. ao bairro dos museus e como ainda era cedo a Beatriz pediu para visitarmos o Museu de História Natural (Naturhistorisches Museum Wien, em alemão! ) e como não se nega um pedido a uma filha, lá fomos nós!

Situado no bairro dos museus, o Museu de História Natural possui exposições através das quais é possível observar a diversidade da natureza e viajar através da história do nosso planeta para conhecê-lo melhor.


O edifício do museu, inaugurado em 1889, com um aspeto igual ao Museu de História da Arte localizado mesmo em frente, abriga mais de 20 milhões de objetos.

As exposições do museu dividem-se em 2 andares: no térreo está a melhor coleção da Europa de minerais e pedras preciosas, além de coleções sobre a escultura pré-histórica, a evolução do homem e grandes descobertas paleontológicas.


No andar superior há uma imensa coleção de animais dissecados, muitos deles já extintos, além das exposições temporárias. Entre os objetos a destacar no museu está a Venus de Willendorf, uma estátua da fertilidade que tem mais de 24.000 anos.

Também é interessante admirar a vaca marinha de Steller, um animal que se extinguiu há mais de 200 anos, ou os enormes esqueletos de dinossauros.


O museu é engraçado e semelhante a todos os outros que existem por esse mundo fora! Não é visita obrigatória mas caso nunca tenham visitado outro Museu de História Natural é uma boa opção.

Mais uma vez viemos lanchar ao hotel, até porque ainda tínhamos algum tempo para uma atividade surpresa que se seguia.

A Virgínia quis proporcionar à Beatriz uma viagem no tempo! Através de uma experiência 5D, viajaríamos no tempo para um percurso pela história de Viena! A ideia pareceu-me engraçada e marcamos, já em Viena, com a empresa Time Travel –Vienna . O preço para os 3 foram 43,60€!


A experiência tem tudo para ser um sucesso fantástico, mas num pormenor ou noutro fica um pouco monótona! A viagem 5D é muito divertida, mas o “teatro” com os Hofburg, o abrigo antiaéreo, etc deixa um pouco a desejar.

Termina com um típico passeio de cavalo pelas atrações da cidade de Viena.

Valeu por ser uma coisa diferente do que estamos habituados a experimentar.

Como o dia já ia longo, jantamos uma pizzas num restaurante a caminho da estação do metro e regressamos ao hotel para preparar as malas pois regressávamos a Portugal no dia seguinte. Apenas à noite, por isso ainda podíamos aproveitar mais alguma coisa da cidade.

Até amanha..