Madame Tussauds, British Museum, Natural History Museum,
e Harrods
Ultimo
dia na cidade e ainda tanto para ver!
Deixamos
as malas na receção do hotel e partimos em direção ao centro da cidade, mais
propriamente até à estação de Baker Street, onde além da casa do detetive mais
famoso do mundo, fica nas proximidades o também famoso Madame Tussauds.
Acho
que toda a gente conhece o mais famoso museu de cera do mundo, mas será que
conhecem a historia da personagem que dá o nome ao museu?
Marie
Tussaud nasceu como Marie Grosholtz em 1761 em Estrasburgo, França. Sua mãe
trabalhava como governanta do Dr. Philippe Curtius em Berna, na Suíça, um
médico especialista em modelagem de cera. O Dr. Curtius ensinou a Tussaud a
arte da modelagem de cera e cedo ficou fascinado com os dotes da pequena
criança. Mudou-se para Paris levando a sua jovem aprendiza, com apenas 6 anos,
com ele.
Tussaud
criou a sua primeira escultura de cera em 1777 de Voltaire. Aos 17 anos,
tornou-se tutora de arte da irmã do rei de França Luís XVI, de seu nome Madame
Elizabeth, no Palácio de Versalhes. Durante a Revolução Francesa, foi presa por
três meses aguardando execução, mas foi libertada após a intervenção de um
amigo influente. A sua fama era tanta que criou mascaras de famosos como
Jean-Jacques Rousseau e Benjamin Franklin.
As
suas máscaras de morte foram mantidas como bandeiras revolucionárias e
desfilaram pelas ruas de Paris.
Ela
herdou a vasta coleção de modelos de cera do médico após a sua morte em 1794 e
passou os 33 anos seguintes viajando pela Europa. Casou-se com François Tussaud
em 1795, e o seu show itinerante adquiriu um novo nome: Madame Tussaud.
Em
1802, aceitou um convite de Paul Philidor, um pioneiro da fantasmagoria, para
exibir o seu trabalho ao lado de seu no Lyceum Theatre, em Londres. Não se deu
muito bem nesta parceria com Philidor a ficar com a sua parte dos lucros.
Ela
não conseguiu regressar a França devido às Guerras napoleónicas, então decidiu viajar
pela Grã-Bretanha e Irlanda exibindo a sua coleção.
A
partir de 1831, após vários arrendamentos curtos de um andar superior de
"Baker Street Bazaar" (no lado oeste de Baker Street, Dorset Street e
King Street), este tornou-se o primeiro lar permanente de Tussaud em 1836.
Sobre
o museu, achamos que não é necessário dizer muita coisa, já que o Museu de CeraMadame Tussauds é mundialmente conhecido e a
marca tem “ramificações” em 12 países. Mas foi em Londres que tudo começou.
Aqui
encontramos estátuas perfeitas de grandes estrelas do mundo artístico e
personalidades históricas, como os Beatles, Churchill e Gandhi. E a produção
não para: popstars emergentes rapidamente ganham a sua versão de cera no museu.
Apesar
do preço alto, a visita ao museu de cera vale a pena – principalmente se não
tiverem visitado outro Madame Tussauds, claro. É quase impossível não se
divertir tirando fotos ao lado dos Beatles, da Família Real e de diversos
outros ícones da história. Com alguma disposição, entramos no clima num
instante.
Cada
uma das salas apresenta um grupo de celebridades e normalmente elas estão
reunidas com algum critério. Por exemplo, os casais costumam ficar abraçados ou
perto um do outro. E a atenção ao detalhe é tão grande: um dia depois do
anúncio da separação de Brad Pitt e Angelina Jolie, em 2016, os funcionários do
museu já separaram as estátuas.
Esta
dedicação e busca pela verosimilhança encontra-se em todas as etapas da visita.
Se pararmos ao lado de uma das estátuas, ficamos surpreendidos, na maioria dos
casos, com o grau de realismo que elas possuem. É de ficar de boca aberta
(mesmo!).
Além
da exposição principal, com as personalidades em cera, o museu oferece ainda
outra opção de entretenimento, incluída no pacote: um cinema 4D com heróis da
Marvel.
Foi
o filme 4D mais porreiro que vimos até hoje, bem conseguido com excelentes
sensações e efeitos 4D ao nível do que esperamos sentir.
Como
não havia tempo a perder saímos, literalmente a correr para apanhar um
autocarro em direção ao Museu Britânico.
Deixamos
2 dos museus mais importantes de Londres para este ultimo dia! Aparentemente
pode parecer uma má opção, mas a razão desta opção tem a ver com o facto de
neste dia já não termos o London Pass e estes museus serem grátis. E como pretendíamos
fazer uma visita ligeira aos museus (já tínhamos visitado o museu em 2006, e
nessa altura passamos uma tarde inteira em cada um dos museus que visitamos
neste dia!), achámos que era exequível fazê-lo neste ultimo dia. E foi, mas um
bocado à pressa!
Se
tivermos de identificar três museus no mundo inteiro que ficaram na memoria até
ao fim da nossa vida, um deles deve ser o British Museum, o Museu Britânico,
em Londres. Só para ter uma ideia, uma vaga ideia: este museu alberga 8 milhões
de peças históricas de toda a humanidade!
Quando
fundado, o Museu Britânico foi o primeiro grande museu público, gratuito,
secular e nacional em todo o mundo. E o segundo museu moderno do planeta,
depois do Museu de Oxford. Foi pioneiro nos métodos museológicos, trazendo
relíquias da História Universal. No seu acervo permanente, conta com máscaras aztecas,
moedas do período helenístico, esculturas egípcias e gregas, além da Pedra de
Roseta e partes do Partenon de Atenas.
Fundado
em 1753 e aberto ao público em quinze de janeiro de 1759, depois da aprovação
do Rei Jorge II. Inicialmente, não era mais do que um amontoado de objetos sem
nenhuma classificação ordenada.
Já
no século XIX, foi estabelecido um modelo que se tornou quase obrigatório para
todos os museus modernos: exposições de entretenimento educacional combinadas com
uma biblioteca para pesquisas dos eruditos e académicos.
Grande
parte das fotos relativas à visita ao museu são da Beatriz pois a dada altura
decidi ficar sentado na esplanada de um bar (ou parecido com isso!) existente
no exterior a desfrutar do sol radioso que fazia àquela hora. A Virgínia e a
Beatriz optaram por explorar um pouco mais o museu. Eu, não passei do átrio,
confesso!
Como
não havia tempo a perder, mais uma vez usando os autocarros públicos partimos
em direção a um dos museus que mais gostamos em Londres: o Natural History
Museum, ou seja, o Museu de História Natural de Londres.
O
museu oferece um passeio recheado de curiosidades, conhecimento e..., ossos!
As
duas principais exposições são as dos mamíferos e dos dinossauros, com réplicas
e esqueletos de encher os olhos e aguçar a imaginação de quem gosta da beleza
das ciências naturais.
Com
entrada gratuita, o Museu de História Natural localiza-se em South Kensington,
uma área muito bonita para um passeio a pé, na mesma rua de outros dois museus muito
interessantes, o Museu de Ciências, que visitamos antes e o Victoria &
Albert Museum, que optamos por não visitar pela temática pouco interessante
para nós.
Fundado
em 1881, o museu não é só para quem quer ver dinossauros. No museu temos peças
de Botânica, Entomologia, Mineralogia, Paleontologia e Zoologia.
Interativa
e informativa na medida certa, a visita vale a pena para a família toda. Mas,
para as crianças, certamente a graça estará nos dinossauros gigantes!
Terminada
a visita, como eram horas de almoçar resolvemos regressar a pé em direção ao
Harrods e almoçaríamos em algum sitio que encontrássemos. Mais uma vez foi num
EAT, mesmo junto aos famosos armazéns!
Pretendíamos
visitar o Harrods, especialmente para apreciar o memorial que lá existe aos
falecidos Dodi Al Fayed e à princesa Diana, mas acabamos por não o fazer.
No
interior do Harrod's, Moahmed Al-Fayed, dono dos armazéns na altura do acidente,
construiu um memorial ao filho Dodi e a Diana. É bonito, lembra bem a princesa
amada pelo povo, mas está num ambiente kitsh, cheio de leões, esfinges e
colunas egípcias. Até acredito que Al Fayed (também!) o tenha feito para chamar
clientes, pois está sempre repleto de turistas, que acabam sempre por comprar
qualquer coisa.
Como
ultima visita antes do regresso planeamos gastar as ultimas libras que ainda tínhamos,
onde? Na maior loja de brinquedos do mundo! Não sei porquê, mas nestas grandes
cidades existem sempre estas coisas de dimensão brutal!
Equivalente
à Fao Schwarz de Nova York, a Hamleys é a maior loja de brinquedos de Londres, e do mundo, como já referimos! O lugar
tem sete andares destinados às crianças de todas as idades.
Localizada
na Regent Street, a Hamleys oferece tudo para entreter os pequenos: pianos
gigantes que podem ser tocados com os pés, caixas com truques de magica, barcos
com controlo remoto, pequenos aviões de todo tipo, bonecas de todos os tamanhos,
maletas de maquilhagem e muito, muito mais acessórios que nós realmente não podemos
nem imaginar!
Devido
ao seu tamanho, à beleza de sua fachada e à variedade de produtos que vende, a
Hamleys recebe mais de 5 milhões de visitantes todo ano. No Natal, a loja ganha
uma iluminação especial e torna-se um ponto ainda mais turístico.
A
loja foi bombardeada cinco vezes durante a Segunda Guerra e depois disso
recebeu o selo Real da Rainha Elizabeth II.
Para
quem estiver com curiosidade compramos uma boneca para Sofia, que tinha ficado
em Portugal e um relógio exclusivo do Harry Potter para a Beatriz que ficou
fascinada com a série e agora anda a ler os livros, em vez de ver os filmes!
E
com tudo isto eram horas de regressar ao hotel, apanhar as malas e regressar a
casa, mas com umas pequenas alterações ao inicialmente previsto, pois como ao
fim de semana aproveitam para realizar obras nos comboios tivemos que apanhar o
comboio de regresso ao aeroporto numa estação diferente.
Chegamos
ao aeroporto de Stansed ainda com bastante tempo para o horário da partida do
nosso voo, pelo que pudemos tranquilamente jantar antes de embarcar no avião de
regresso ao Porto.
O
aeroporto é pequeno e com um numero relativamente reduzido de espaços
comerciais, já as portas de embarque podem ser distantes e atribuídas em cima
da hora o que faz com que tenhamos de correr até elas, principalmente para
evitar o envio das bagagens para o porão!
A
viagem foi tranquila, infelizmente num dia em que as vitimas do incêndio de
Pedrogão Grande tinham aumentado drasticamente e o assunto entre os portugueses
era mesmo esse.
Único
ponto negativo, a confusão durante o embarque com as habituais tentativas de
troca de lugares e a chico-expertise de muitos que indiscriminadamente se sentavam
nos lugares de outros passageiros e quase negando-se a mudar de lugar quando o
seu “dono” tinha pago pela marcação do mesmo. Ridículo!
Chegamos
a Portugal já tarde e assim que desembarcamos regressamos imediatamente a casa,
pois o dia seguinte já era dia de trabalho.
Deixamos aqui o video habitual da nossa viagem de regresso:
E
assim termina mais uma aventura, desta vez por terras de sua majestade!
A
próxima? Não sabemos onde o acaso no levará!
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