1º dia na cidade
Acordamos
cedinho para aproveitar a estadia na cidade e descemos para o pequeno almoço
ainda não eram 8:00h. O pequeno almoço nesta cadeia de hotéis é muito bom, se
bem que não apresentava a variedade que tivemos direito em Amesterdão.
Mais
uma vez deliciamo-nos com os waffles feitos na hora e que diariamente a Beatriz
fazia questão de preparar para ela e para o pai, já que a mãe não é muito
apreciadora destas gulosices.
De
barriga cheia saímos para apanhar o comboio para o centro da cidade. Uma viagem
de 15 minutos até Victoria Station e a partir daqui com o “Tube” até
Westminster, a nossa primeira paragem do dia.
Uns
minutos de admiração por tudo o que nos rodeava, umas fotos na cabine telefónica
mais fotografada de Londres e fomos para a fila visitar a Abadia de Westminster,
o templo mais famoso e antigo de Londres.
Escolhida
como sede para coroações reais, a abadia também alberga os túmulos dos monarcas
e figuras históricas britânicas dos últimos mil anos.
A
abadia, construída em estilo românico, foi consagrada no ano de 1065 para dar
abrigo aos monges beneditinos. Entre 1245 e 1517, foi reconstruída com um
estilo neogótico e durante o século XVIII sofreu a sua maior transformação,
depois da construção das duas torres da entrada principal.
Desde
a coroação de Guilherme o Conquistador em 1066, todos os monarcas ingleses
foram coroados na Abadia de Westminster utilizando um trono de coroação
medieval do século XI que ainda hoje se conserva.
Alguns
dos acontecimentos mais recentes celebrados na abadia foram o funeral da
princesa Diana e o casamento entre o Príncipe William e a Duquesa de Cambridge.
Embora
o preço dos bilhetes para a entrada na Abadia de Westminster seja elevado, vale
a pena percorrer o seu interior para descobrir as impressionantes maravilhas
decorativas e arquitectónicas que a mesma conserva apesar dos largos séculos que
passam desde a sua construção.
O
audioguia incluído no preço da entrada também da uma grande ajuda para
percorrer a abadia de uma forma mais interessante, permitindo conhecer alguns dos
detalhes da sua história.
Terminada
a visita à Abadia fomos caminhando em direção ao Palácio de Buckingham.
Considerado
um dos mais importantes pontos turísticos de Londres, o Palácio de Buckingham é
a residência oficial da rainha Elizabeth II e é uma das principais moradias
utilizadas pela monarca.
O
palácio de 77 mil metros quadrados foi construído em 1703 pelo Duque de
Buckingham, uma obra que durou mais de 70 anos para ser concluída.
A
grande atração do palácio é o render da guarda, cerimónia muito popular junto
dos turistas, que acontece diariamente de abril a julho, período de época alta
em Londres, e em dias alternados nos outros meses do ano.
É
uma atração gratuita, por isso, vale a pena chegar com pelo menos uma hora de
antecedência para garantir um bom lugar para assistir à cerimónia. O render da
guarda acontece sempre às 11h30.
Enquanto
caminhávamos tentávamos decidir se esperaríamos pela cerimonia ou apenas
tiraríamos algumas fotos e seguíamos caminho.
Optamos
pela segunda hipótese e após algumas fotos fomos caminhando pela grande avenida
que liga o palácio a Trafalgar Square, conhecida por “The Mall”.
É
a avenida usada em todos os desfiles reais e facilmente é identificada pela
quantidade de bandeiras do Reino Unido colocadas em toda a sua extensão.
Fruto
da mudança dos tempos e por razões de segurança podemos encontrar vários blocos
de cimento que são usados para garantir que nenhum atentado acontece ali.
Trafalgar
Square é uma das praças mais importantes e animadas do centro de Londres. Foi
criada em 1830 para comemorar a vitória da armada britânica frente à espanhola
e francesa na Batalha de Trafalgar.
No
centro da praça podemos encontrar a majestosa Coluna de Nelson, construída em
1843 em homenagem ao almirante Nelson, morto na Batalha de Trafalgar.
A
coluna de granito com quase 50 mts de altura está coroada por uma estátua do
almirante Nelson e rodeada de quatro leões de grandes dimensões, construídos a
partir do bronze fundido dos canhões da frota francesa.
Na
parte norte da praça temos a imponente National Gallery (que não visitamos por
falta de tempo!) e em frente existem 2 grandes fontes que se iluminam ao cair
da noite.
Na
praça, existem várias estátuas de personalidades célebres, entre as quais se
destaca a de George Washington. Essa estátua, presente do estado de Virgínia,
está situada sobre um solo importado dos Estados Unidos, já que Washington
jurou que nunca voltaria a colocar os pés sobre solo britânico.
A
Praça de Trafalgar é animada e muito frequentada a qualquer hora do dia. A
praça constitui um símbolo de enorme importância social e política para os
londrinos e os visitantes.
Entre
os turistas é local de eleição para sentar e descansar um pouco aproveitando
todos os locais disponíveis seja nas escadarias das estátuas, seja nas fontes
também utilizadas para refrescar nos dias de calor! Apesar de Londres ser
famosa pelo seu mau tempo...
E
foi mesmo por aqui que almoçamos num dos muitos restaurantes que existem nesta
zona da cidade. Comida rápida, pois o tempo e a carteira agradeciam!
Após
o almoço fomos visitar uma das atrações que mais nos fascinou da primeira vez
que visitamos a cidade de Londres, a Tower Brigde.
Esta
atrativa ponte móvel, construída em estilo vitoriano, está situada junto à
Torre de Londres, pelo que esta ultima seria a visita seguinte, mas antes vamos
lá falar um pouco sobre a ponte.
A
medida em que Londres se foi expandindo, foi necessária a construção de várias
pontes que unissem as duas margens do rio Tamisa.
A
primeira ponte a ser construída foi a Ponte de Londres (London Bridge), seguida
de muitas outras a oeste da mesma para não obstruir a zona do porto e bloquear
o seu acesso a embarcações de grande porte (à dimensão da época, é claro!).
Durante
o século XIX a zona a leste da London Brigde registou um grande crescimento e
tornou-se necessária a construção de uma nova passagem. Para não afetar o
crescente tráfico fluvial, foi tomada a decisão de criar uma ponte móvel
acionada por máquinas de vapor. A obra foi finalizada em 1894, depois de 8 anos
de construção.
Em
1910, foram adicionadas as passagens elevadas da ponte que logo de seguida
foram fechadas ao público, já que a maioria das pessoas optava por esperar que
a ponte descesse de novo e não usava as passagens superiores.
Em
1982, as passagens superiores foram cobertas e desde então fazem parte da
exposição apresentada no interior da Tower Bridge.
A
visita à exposição da Tower Bridge mostra como funcionava o sistema de elevação
da ponte desde a sua construção até 1976, através de uma máquina de vapor, e a sua
posterior substituição por um sistema elétrico.
O
resto da exposição encarrega-se de destacar a importância da Tower Bridge na
história da cidade. Ao longo das passagens superiores também é possível ver as
fotos das pontes mais emblemáticas do mundo, das quais faz parte, sem nenhuma
dúvida, a Tower Bridge.
Pessoalmente
ficamos fascinados com esta obra da engenharia que prova que podemos fazer
coisas fantásticas e ao mesmo tempo úteis e funcionais.
Saindo
da ponte fomos em direção à já referida Torre de Londres aproveitando pelo
caminho para tirar algumas fotos com uma vista magnifica para a atração que deixávamos
para trás.
Ao
contrário do que esperávamos quase não existia fila para a entrada na Torre de
Londres. Um panorama completamente diferente da nossa primeira visita em que
demoramos uma eternidade para entrar.
Construída
sob o reinado de Guilherme I, a Torre de Londres (Tower of London) é uma enorme
fortificação que funcionou ao longo da sua história como residência real,
arsenal, fortaleza e prisão.
A
forma mais engraçada de fazer a visita é aproveitar uma das regulares visitas
guiadas efetuadas pelos Beefeaters, os
membros da guarda especial da Rainha responsáveis pela segurança da torre.
O
que torna engraçada a visita guiada por estes antigos militares é a forma
teatral como eles contam a história e as histórias da torre. Acontece que
muitos deles têm pronuncias regionais do Reino Unido e, por vezes, são difíceis
de perceber para quem tiver algumas dificuldades no Inglês. Como a Beatriz e a Virgínia
diziam que não percebiam nada do que o homem estava a dizer decidimos fazer a visita
por nossa conta e risco.
Durante
mais de 900 anos a Torre de Londres foi sinonimo de terror porque era o lugar para
onde eram enviados todos aqueles que ofendiam o monarca. A maioria dos presos
vivia em péssimas condições e não saia com vida ou então eram torturados antes
de serem executados na Tower Hill (Colina da Torre).
Foram
muitos os personagens de grande relevância que tiveram o azar de sofrer entre
as paredes da Torre de Londres, entre os quais se incluem reis, aristocratas e
clérigos acusados de traição.
Alguns
dos personagens mais destacados entre os que foram executados na Torre Verde
foram a rainha consorte Ana Bolena, a rainha Jane Grey, o barão William
Hastings e o pensador e escritor Thomas More.
Mas afinal então o que podemos apreciar na Torre de
Londres:
· As Joias da Coroa (Crown Jewels): composta por coroas, espadas e cetros de
incalculável valor tanto material como histórico e religioso, a coleção de
Joias da Coroa é uma das atrações preferidas dos visitantes.
· A Torre Branca (White Tower): é o edifício central e o mais antigo da Torre de Londres, além de ser o que dá nome à fortificação. Construída entre os anos 1078 e 1100, a Torre Branca funcionou como residência real, depósito de armas e prisão.
· Os corvos (ravens): os corvos são os residentes mais famosos da Torre de Londres. Segundo a lenda, se os corvos desaparecessem a torre cairia e, com ela, o reino. Com o fim de evitar tal catástrofe, um dos guardas que protegem a torre, conhecido como Ravenmaster (Mestre dos Corvos), cuida dos corvos e corta os extremos de uma das asas para evitar que eles escapem.
· Palácio Medieval (Medieval Palace): além de ser uma imponente fortaleza, a torre também foi uma confortável residência para os membros da realeza. Na zona do Palácio Medieval ainda se conservam alguns restos do mobiliário que mostram o luxo e a opulência que, naquela época, reinou na torre.
· Capela de São Pedro (Chapel Royal of St Peter and Vincula): construída em 1520, a capela da torre é o lugar onde se conservam os restos dos prisioneiros mais famosos que foram executados na torre. Hoje em dia a capela continua a ser o lugar de oração das mais de 150 pessoas que vivem na torre.
Como a tarde já ia longa e para a noite tínhamos planeado (e reservado!) assistir a um musical, fomos até um Starbucks para lanchar enquanto fazíamos tempo para o musical.
Escolhemos o
Aladino, em cena no Prince Edward Theatre
bem próximo de Piccadilly Circus, outra das praças mais movimentadas de Londres,
de que falaremos mais tarde.
Como a exibição
era às 19:30h, por volta das 19:00h fomos até ao teatro com a intenção de
calmamente apreciarmos o ambiente de teatro à moda antiga que podemos encontrar
nestas salas de West End.
Foram 2:30h
muito divertidas e bem-dispostas com a magia da Disney e respetiva garantia de
qualidade.
Como sabem, não
se pode fotografar nem filmar durante o espectáculo, pelo que deixamos aqui o vídeo
trailler oficial disponível no site do teatro:
Apesar de curto
achamos que dá para ficar com uma imagem do ambiente à volta do musical.
Quando terminou
o musical, jantamos num McDonald’s junto ao teatro e regressamos ao hotel pois estávamos
cansadíssimos e os nossos pés pediam uma noite de descanso.
Amanha temos
mais para contar.
Até amanha!
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