quinta-feira, 15 de junho de 2017

Londres - 15 junho 2017 - – Westminster, Tower Bridge, London Tower


1º dia na cidade


Acordamos cedinho para aproveitar a estadia na cidade e descemos para o pequeno almoço ainda não eram 8:00h. O pequeno almoço nesta cadeia de hotéis é muito bom, se bem que não apresentava a variedade que tivemos direito em Amesterdão.


Mais uma vez deliciamo-nos com os waffles feitos na hora e que diariamente a Beatriz fazia questão de preparar para ela e para o pai, já que a mãe não é muito apreciadora destas gulosices.



De barriga cheia saímos para apanhar o comboio para o centro da cidade. Uma viagem de 15 minutos até Victoria Station e a partir daqui com o “Tube” até Westminster, a nossa primeira paragem do dia.


Uns minutos de admiração por tudo o que nos rodeava, umas fotos na cabine telefónica mais fotografada de Londres e fomos para a fila visitar a Abadia de Westminster, o templo mais famoso e antigo de Londres.



Escolhida como sede para coroações reais, a abadia também alberga os túmulos dos monarcas e figuras históricas britânicas dos últimos mil anos.


A abadia, construída em estilo românico, foi consagrada no ano de 1065 para dar abrigo aos monges beneditinos. Entre 1245 e 1517, foi reconstruída com um estilo neogótico e durante o século XVIII sofreu a sua maior transformação, depois da construção das duas torres da entrada principal.


Desde a coroação de Guilherme o Conquistador em 1066, todos os monarcas ingleses foram coroados na Abadia de Westminster utilizando um trono de coroação medieval do século XI que ainda hoje se conserva.


Alguns dos acontecimentos mais recentes celebrados na abadia foram o funeral da princesa Diana e o casamento entre o Príncipe William e a Duquesa de Cambridge.



Embora o preço dos bilhetes para a entrada na Abadia de Westminster seja elevado, vale a pena percorrer o seu interior para descobrir as impressionantes maravilhas decorativas e arquitectónicas que a mesma conserva apesar dos largos séculos que passam desde a sua construção.


O audioguia incluído no preço da entrada também da uma grande ajuda para percorrer a abadia de uma forma mais interessante, permitindo conhecer alguns dos detalhes da sua história.


Terminada a visita à Abadia fomos caminhando em direção ao Palácio de Buckingham.


Considerado um dos mais importantes pontos turísticos de Londres, o Palácio de Buckingham é a residência oficial da rainha Elizabeth II e é uma das principais moradias utilizadas pela monarca.



O palácio de 77 mil metros quadrados foi construído em 1703 pelo Duque de Buckingham, uma obra que durou mais de 70 anos para ser concluída.


A grande atração do palácio é o render da guarda, cerimónia muito popular junto dos turistas, que acontece diariamente de abril a julho, período de época alta em Londres, e em dias alternados nos outros meses do ano.


É uma atração gratuita, por isso, vale a pena chegar com pelo menos uma hora de antecedência para garantir um bom lugar para assistir à cerimónia. O render da guarda acontece sempre às 11h30.


Enquanto caminhávamos tentávamos decidir se esperaríamos pela cerimonia ou apenas tiraríamos algumas fotos e seguíamos caminho.


Optamos pela segunda hipótese e após algumas fotos fomos caminhando pela grande avenida que liga o palácio a Trafalgar Square, conhecida por “The Mall”.


É a avenida usada em todos os desfiles reais e facilmente é identificada pela quantidade de bandeiras do Reino Unido colocadas em toda a sua extensão.


Fruto da mudança dos tempos e por razões de segurança podemos encontrar vários blocos de cimento que são usados para garantir que nenhum atentado acontece ali.


Trafalgar Square é uma das praças mais importantes e animadas do centro de Londres. Foi criada em 1830 para comemorar a vitória da armada britânica frente à espanhola e francesa na Batalha de Trafalgar.


No centro da praça podemos encontrar a majestosa Coluna de Nelson, construída em 1843 em homenagem ao almirante Nelson, morto na Batalha de Trafalgar.


A coluna de granito com quase 50 mts de altura está coroada por uma estátua do almirante Nelson e rodeada de quatro leões de grandes dimensões, construídos a partir do bronze fundido dos canhões da frota francesa.


Na parte norte da praça temos a imponente National Gallery (que não visitamos por falta de tempo!) e em frente existem 2 grandes fontes que se iluminam ao cair da noite.

Na praça, existem várias estátuas de personalidades célebres, entre as quais se destaca a de George Washington. Essa estátua, presente do estado de Virgínia, está situada sobre um solo importado dos Estados Unidos, já que Washington jurou que nunca voltaria a colocar os pés sobre solo britânico.


A Praça de Trafalgar é animada e muito frequentada a qualquer hora do dia. A praça constitui um símbolo de enorme importância social e política para os londrinos e os visitantes.


Entre os turistas é local de eleição para sentar e descansar um pouco aproveitando todos os locais disponíveis seja nas escadarias das estátuas, seja nas fontes também utilizadas para refrescar nos dias de calor! Apesar de Londres ser famosa pelo seu mau tempo...


E foi mesmo por aqui que almoçamos num dos muitos restaurantes que existem nesta zona da cidade. Comida rápida, pois o tempo e a carteira agradeciam!


Após o almoço fomos visitar uma das atrações que mais nos fascinou da primeira vez que visitamos a cidade de Londres, a Tower Brigde.


Esta atrativa ponte móvel, construída em estilo vitoriano, está situada junto à Torre de Londres, pelo que esta ultima seria a visita seguinte, mas antes vamos lá falar um pouco sobre a ponte.

A medida em que Londres se foi expandindo, foi necessária a construção de várias pontes que unissem as duas margens do rio Tamisa.


A primeira ponte a ser construída foi a Ponte de Londres (London Bridge), seguida de muitas outras a oeste da mesma para não obstruir a zona do porto e bloquear o seu acesso a embarcações de grande porte (à dimensão da época, é claro!).


Durante o século XIX a zona a leste da London Brigde registou um grande crescimento e tornou-se necessária a construção de uma nova passagem. Para não afetar o crescente tráfico fluvial, foi tomada a decisão de criar uma ponte móvel acionada por máquinas de vapor. A obra foi finalizada em 1894, depois de 8 anos de construção.


Em 1910, foram adicionadas as passagens elevadas da ponte que logo de seguida foram fechadas ao público, já que a maioria das pessoas optava por esperar que a ponte descesse de novo e não usava as passagens superiores.


Em 1982, as passagens superiores foram cobertas e desde então fazem parte da exposição apresentada no interior da Tower Bridge.


A visita à exposição da Tower Bridge mostra como funcionava o sistema de elevação da ponte desde a sua construção até 1976, através de uma máquina de vapor, e a sua posterior substituição por um sistema elétrico.



O resto da exposição encarrega-se de destacar a importância da Tower Bridge na história da cidade. Ao longo das passagens superiores também é possível ver as fotos das pontes mais emblemáticas do mundo, das quais faz parte, sem nenhuma dúvida, a Tower Bridge.


Pessoalmente ficamos fascinados com esta obra da engenharia que prova que podemos fazer coisas fantásticas e ao mesmo tempo úteis e funcionais.


Saindo da ponte fomos em direção à já referida Torre de Londres aproveitando pelo caminho para tirar algumas fotos com uma vista magnifica para a atração que deixávamos para trás.


Ao contrário do que esperávamos quase não existia fila para a entrada na Torre de Londres. Um panorama completamente diferente da nossa primeira visita em que demoramos uma eternidade para entrar.


Construída sob o reinado de Guilherme I, a Torre de Londres (Tower of London) é uma enorme fortificação que funcionou ao longo da sua história como residência real, arsenal, fortaleza e prisão.

A forma mais engraçada de fazer a visita é aproveitar uma das regulares visitas guiadas efetuadas pelos Beefeaters, os membros da guarda especial da Rainha responsáveis pela segurança da torre.


O que torna engraçada a visita guiada por estes antigos militares é a forma teatral como eles contam a história e as histórias da torre. Acontece que muitos deles têm pronuncias regionais do Reino Unido e, por vezes, são difíceis de perceber para quem tiver algumas dificuldades no Inglês. Como a Beatriz e a Virgínia diziam que não percebiam nada do que o homem estava a dizer decidimos fazer a visita por nossa conta e risco.

Durante mais de 900 anos a Torre de Londres foi sinonimo de terror porque era o lugar para onde eram enviados todos aqueles que ofendiam o monarca. A maioria dos presos vivia em péssimas condições e não saia com vida ou então eram torturados antes de serem executados na Tower Hill (Colina da Torre).

Foram muitos os personagens de grande relevância que tiveram o azar de sofrer entre as paredes da Torre de Londres, entre os quais se incluem reis, aristocratas e clérigos acusados de traição.


Alguns dos personagens mais destacados entre os que foram executados na Torre Verde foram a rainha consorte Ana Bolena, a rainha Jane Grey, o barão William Hastings e o pensador e escritor Thomas More.


Mas afinal então o que podemos apreciar na Torre de Londres:


·   As Joias da Coroa (Crown Jewels): composta por coroas, espadas e cetros de incalculável valor tanto material como histórico e religioso, a coleção de Joias da Coroa é uma das atrações preferidas dos visitantes. 


·   A Torre Branca (White Tower): é o edifício central e o mais antigo da Torre de Londres, além de ser o que dá nome à fortificação. Construída entre os anos 1078 e 1100, a Torre Branca funcionou como residência real, depósito de armas e prisão.


·   Os corvos (ravens): os corvos são os residentes mais famosos da Torre de Londres. Segundo a lenda, se os corvos desaparecessem a torre cairia e, com ela, o reino. Com o fim de evitar tal catástrofe, um dos guardas que protegem a torre, conhecido como Ravenmaster (Mestre dos Corvos), cuida dos corvos e corta os extremos de uma das asas para evitar que eles escapem.


·  Palácio Medieval (Medieval Palace): além de ser uma imponente fortaleza, a torre também foi uma confortável residência para os membros da realeza. Na zona do Palácio Medieval ainda se conservam alguns restos do mobiliário que mostram o luxo e a opulência que, naquela época, reinou na torre. 


·   Capela de São Pedro (Chapel Royal of St Peter and Vincula): construída em 1520, a capela da torre é o lugar onde se conservam os restos dos prisioneiros mais famosos que foram executados na torre. Hoje em dia a capela continua a ser o lugar de oração das mais de 150 pessoas que vivem na torre.





Como a tarde já ia longa e para a noite tínhamos planeado (e reservado!) assistir a um musical, fomos até um Starbucks para lanchar enquanto fazíamos tempo para o musical.


Escolhemos o Aladino, em cena no Prince Edward Theatre bem próximo de Piccadilly Circus, outra das praças mais movimentadas de Londres, de que falaremos mais tarde.


Como a exibição era às 19:30h, por volta das 19:00h fomos até ao teatro com a intenção de calmamente apreciarmos o ambiente de teatro à moda antiga que podemos encontrar nestas salas de West End.


Foram 2:30h muito divertidas e bem-dispostas com a magia da Disney e respetiva garantia de qualidade.

Como sabem, não se pode fotografar nem filmar durante o espectáculo, pelo que deixamos aqui o vídeo trailler oficial disponível no site do teatro:



Apesar de curto achamos que dá para ficar com uma imagem do ambiente à volta do musical.

Quando terminou o musical, jantamos num McDonald’s junto ao teatro e regressamos ao hotel pois estávamos cansadíssimos e os nossos pés pediam uma noite de descanso.

Amanha temos mais para contar.


Até amanha!

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