sábado, 22 de agosto de 2015

Verão 2015 Fuengirola - Espanha 22 Agosto 2015



22 agosto 2015 – Fuengirola - Espanha


Apesar do incómodo de voltar a encher as malas para mudar de local de férias, achamos que valia a pena para quebrar um pouco a rotina e estávamos com alguma curiosidade para ver se a praia em Fuengirola mantinha as qualidades que nos convenceram a considerar esta cidade como um dos locais de eleição para as nossas férias. Será que a mudança compensou? Vou deixar até ao final do post para tirarem as vossas próprias conclusões!


 A distância entre Algarrobo e Fuengirola é “apenas” de cerca de 75 kms, por isso a viagem foi curta e saindo de Algarrobo por volta das 10:30h ainda tivemos tempo para passar por algumas praias daquela zona para avaliar uma futura estadia!


Chegamos a Fuengirola por volta do meio-dia e deu logo para perceber que estávamos num local completamente diferente, andamos cerca de 10 min à procura de estacionamento, mesmo sendo o mesmo pago! Ainda bem que no aparthotel onde ficaríamos tínhamos estacionamento privativo!

Almoçamos num Burguer King situado em frente ao mar e logo ali ouvimos falar português. Nada que não estivéssemos habituados de outros anos!

Falando um pouco sobre Fuengirola, nos tempos antigos foi conhecida como Suel e depois Suhayl, é atualmente uma grande cidade e município na Costa del Sol, província de Málaga e pertencendo à comunidade autónoma da Andaluzia no sul da Espanha.


É um importante centro turístico, com mais de 8 km de praias e uma fortaleza moura medieval. Tal como a maior parte desta costa, a Costa Del Sol, tem sido objeto de desenvolvimento urbano considerável fruto do seu clima mediterrâneo subtropical, com temperaturas médias anuais de 18 ° C e as temperaturas médias no verão de mais de 30°c, que a torna apetecível aos nórdicos no inverno e a todos no calor do verão.

A cidade teve as suas origens na civilização fenícia, romana, árabes e outras civilizações menos importantes.

No sopé da cordilheira atrás da cidade localiza-se o Castelo Sohail, que contém restos de um acampamento fenício inicial, mais tarde ocupada pelos romanos, tornando-se numa cidade conhecida na antiguidade como Suel.

Suel foi identificada pelo historiador romano Pomponius Mela como uma das cidades da costa, e foi citado por Plínio, no século 1 dC como uma cidade fortificada ou oppidum. Mais tarde um historiador, Ptolomeu, também a identificou no séc. 2º como estando localizada na região dos bástulo-penos ou fenícios.

Existem muitos vestígios históricos que confirmam todas estas referências, como sejam a inscrição no pedestal de uma estátua encontrada perto do castelo mencionando Suel como sendo um "municipium" romano; uma urna funerária encontrada na mesma área contem uma inscrição com a palavra "Suelitana". Também foram descobertos banhos romanos em 1961 e, por perto, os restos de uma villa romana que contém duas esculturas, uma das quais é conhecida como a "Vênus de Fuengirola", exibidos no museu da cidade.


Uma série de artefactos arquitetónicos, provavelmente transportados da pedreira Mijas durante a época romana, foram descobertos em Los Boliches em 1984; entretanto montados de forma a mostrar uma entrada de um templo, estão na avenida em Los Boliches.

Quanto ao castelo, foi construído por Abd-ar-Rahman III, em meados do século 10. A cidade de Suel deixou de ser assim chamada no início da Idade Média mudando de Suel para Suhayl, que deu o nome ao castelo e aos arredores do mesmo durante a era dos Mouros.

Suhayl tornou-se um acampamento bastante grande, que incluía campos agrícolas e pequenas aldeias. A maior parte da área circundante parece ter sido usado como pasto para os camelos dos governantes árabes.

Escritor e estudioso Al-Suhayli ("o homem de Suhayl") viveu neste local entre 1.114-1.185, e mais tarde tornou-se conhecido como um dos sete santos de Marraquexe, onde foi enterrado.

No início da Idade Média, a cidade foi incendiada e os seus habitantes fugiram para Mijas. Suhayl tornou-se um monte de ruínas, e até mesmo o seu nome foi mudado para o Romanised Font-Jirola, após o florescer da primavera no sopé do castelo, isto de acordo com o historiador Alonso de Palencia.

Em 1485, quando já apenas exista a fortaleza, a cidade, juntamente com o resto do Reino de Granada, caiu nas mãos dos monarcas cristãos. Uma tentativa de repovoar o local com 30 pessoas falhou, e em 1511 foi considerada como desabitada e a terra originalmente reservada para Fuengirola foi realocada para Mijas, uma localidade adjacente, onde ficou até maio de 1841.

Os seus habitantes estavam principalmente envolvidos na pesca, agricultura e comércio com navios que ancoravam na baía. Por mais de um século, a pesca e a agricultura continuam a ser as principais atividades.

Na década de 1960 Fuengirola começou a tornar-se um centro turístico oferecendo todas as comodidades que se podem esperar para comer, dormir, e entretenimento.

A cidade tem grandes praias ao longo de uma avenida que se estendem de leste até oeste da cidade, incluindo algumas aldeias adjacentes de menor dimensão.

Dos cerca de 72 mil habitantes permanentes recenseados no município, 25% vêm de outros países, principalmente europeus (Inglaterra, Irlanda, Escócia, Finlândia e Suécia, entre outros), e também a partir de Marrocos e Argentina.

No verão especialmente, a cidade recebe multidões de visitantes espanhóis e estrangeiros, particularmente britânicos.

A comunidade de língua inglesa, em particular, é grande o suficiente para apoiar uma programação totalmente direcionada para a referida comunidade.

Tal como já consta de páginas deste blogue, a cidade tem um jardim zoológico (pequenino!), conhecido como Bioparc Fuengirola, que foi modernizado em 2001 para caracterizar habitats "tropicais da floresta”. O zoo é especializado em reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção, pesquisas na área dos chimpanzés e de educação tropical-floresta. Tem uma série de habitats naturais de espécies diferentes. Como já visitamos duas vezes o zoo este ano não o fizemos, por isso quem quiser alguma informação deve consultar as páginas relativas às férias do verão do ano passado.


Fuengirola tem um bom número de locais históricos e parques abertos. O antigo porto ainda é utilizado pelos pescadores locais. O castelo árabe de Suhayl, ou Suhail, manteve-se uma ruína abandonada até que as reformas começaram em 1995. Em 2000, o interior do castelo foi completamente renovado e o castelo Suhail começou a ser sede de festivais e concertos durante todo o verão.

A cidade é em grande parte urbana, no seu carater, com muitos blocos de arranha-céus de apartamentos junto ao mar, havendo, no entanto, algumas ruas estreitas, com muitas moradias de baixo altura e muito mais agradáveis à vista. O desenvolvimento da cidade “comercial” é feita no interior havendo um contraste bastante grande entre ambas as áreas. (Todas estas informações foram retiradas/baseadas a partir de informação existente na Wikipédia!).

Voltando à nossa estadia, ficamos instalados no Club Marítimo Ronda 3, um apartotel gerido por uma inglesa que conhecia o Porto por ter sido “bailarina” num clube noturno portuense!?, instalado num complexo privado mesmo junto à praia.

  
O complexo (enorme!) de apartamentos já tem uns anitos mas nota-se que foi alvo de melhoramentos recentemente e como principal cartão-de-visita tem a localização e a vista panorâmica que permite sobre o mar e a praia.

Como a vista mar era mais cara, achamos que não justificava a diferença e quando chegamos verificamos que fizemos uma escolha acertada pois a nossa vista sendo lateral permitia avistar grande parte da praia e do mar.

  
O apartamento que nos calhou, localizado no 12º andar de um prédio que não passava despercebido face à sua maior altura que a maioria dos demais, estava decorado com mobília pratica, de bom gosto, ao estilo “Ikea”, alias muitos dos itens do interior tinham o logo da marca sueca.


Apesar das preocupações iniciais face à possibilidade de existirem muitas demoras nas chamadas do elevador, isso nunca foi verdadeiramente um problema pois nunca perdemos muito tempo à espera deles.

Não estando entre os melhores alojamentos em já ficamos alojados, dou uma nota extremamente positiva ao Club Marítimo Ronda 3, principalmente pela sua localização (1ª linha de praia!), estacionamento privativo grátis (cada vez mais difícil encontrar!) e pela vista proporcionada pelas varandas dos apartamentos mais elevados!

Os dias foram passados entre a praia e a piscina, aproveitando uma subida da temperatura da água que me fez relembrar por que razão de alguns anos para cá escolhemos a Costa del Sol para as nossas férias de verão.


As refeições foram efetuadas quase na sua totalidade em casa com a exceção de uma noite em que saímos para experimentar algo que já algum tempo tinha curiosidade: provar os famosos (por aqui!) espetos de sardinhas! Vem pelo menos era essa a ideia inicial…

Saímos de casa ao final da tarde não apenas para jantar, mas também para tirar algumas fotografias a alguns recantos de Fuengirola que achava darem umas fotos engraçadas! Umas ficaram melhores que as provisões enquanto outras nem por isso!


Escolhemos um “Chiringuito” (nome dado aos restaurantes de praia!) sem grande preocupação em saber qual o melhor, mas sim um que nos pareceu ter bom aspeto e onde o cheiro a fritos não era tão forte.

  
A meio da semana para quebrar a rotina e para fazer a vontade à Beatriz que diariamente perguntava quando íamos ao parque aquático, fomos até à localidade vizinha de Mijas, onde passamos o dia no seu parque aquático. O mesmo que experimentamos no ano passado e por termos gostado resolvemos voltar.

O parque aquático de Mijas é um parque pequeno face à maioria das ofertas similares, construído já há alguns anos (isso nota-se a olhos vistos!) e como principal qualidade (para mim!), não forma filas muito longas do longo do dia.


O parque acaba por ter mais piscinas para crianças e jovens (a zona infantil é muito boa com muitas atividades) que slides para testar a adrenalina dos clientes. Apenas destaco o Kamikaze, um slide de 15 mts de altura para os mais corajosos; o Rio Adventure e o Labirinto de Slides. Como são todos mais ou menos softs pudemos andar neles todos pois não havia limitações de altura para a Beatriz.
O parque também oferece uma piscina de ondas, uma parede de escalada, minigolfe, bar, restaurante self-service, loja de souvenirs, serviços de massagens, e tem um palco para shows ao vivo durante o dia.

O dia passado no parque fica um pouco caro, pois o valor pedido pela entrada para uma família facilmente chega aos 100€ por um dia, o que considero muito caro face à qualidade da oferta proporcionada.

O que fizemos foi aproveitar um flyer que oferecia um desconto de 10% aos adultos e a entrada grátis a uma criança até aos 7 anos! A Sofia não pagava, a Beatriz disse que tinha 7 anos e pagamos 21,15€/adulto! Desta forma não ficou tão caro e acaba por valer a pena.


Como o post já vai longo, até me admiro como consigo escrever um texto tão longo sobre umas férias tão monótonas e sobre uma cidade tão “banal” como Fuengirola, é altura de terminar e marcar encontro amanha em Sevilha para o ultimo fim-de-semana das férias de 2015.


Até amanha!

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