5 de abril de 2015 - Ncl Breakaway - Nova Iorque - Madrid - Porto
O dia menos
desejado chegara. O tempo pareceu voar durante a semana e ficamos com a
sensação que tínhamos embarcado no dia anterior e já estávamos a desembarcar.
Como é habitual
nestas coisas do desembarque, tivemos de acordar cedo pois o desembarque é
feito logo ao inicio da manha.
Talvez
devido à ansiedade do regresso acordei cedo e ainda tive tempo para tirar umas
fotos do Breakaway a fazer as manobras para atracar em Nova Iorque, enquanto o
resto do pessoal ainda dormia.
Face às
opções dadas pela Norwegian para as horas de desembarque optamos pelo
desembarque às 9:30h com etiqueta cinzenta. Na pratica não foi bem assim mas
daqui a pouco falaremos nisso!
Tomamos um
ultimo pequeno almoço a bordo já com as malas de mão de forma a libertar o
camarote para a limpeza que antecede o embarque seguinte.
Fomos
tirando umas fotos, principalmente do Intrepid, ali mesmo ao lado com todas
aquelas maquinas voadoras no seu convés.
E aguardamos
que nos chamassem, o que nunca mais acontecia. Segundo a informação dada no
sistema de som, a alfandega estava a demorar muito tempo a libertar os
passageiros e a fila estava a aumentar rapidamente.
Acabamos por
desembarcar já depois das 10:00h e após uma passagem (por acaso, rápida!) pela alfandega
estávamos a apanhar um táxi até ao 357 W 37 St, onde ficava localizado o NewYork Luggage Storage Lockers, o local onde deixaríamos
as malas até à hora de ir para o aeroporto.
O táxi
custou-nos 12Usd e o taxista deixou-nos no local errado, já que o GPS estava
errado, segundo ele.
Ficamos no
lado errado do cruzamento, mas preferimos ir a pé a dar mais uma volta ao
quarteirão com o taxímetro a contar. Foram apenas 50-100 mts e ficou mais barato.
Deixamos lá
quatro malas, 10Usd/cada mala, independentemente do seu tamanho, por cada dia
ou fração de dia. Custava o mesmo deixar 1 hora ou 12 horas.
No
planeamento deste dia, pensamos muito sobre o que fazer para ocupar o tempo, já
que o nosso voo apenas partiria às 19:20h.
As excursões
oferecidas pela NCL e pelas empresas independentes andavam todas à volta do
mesmo, uma panorâmica pela cidade de 3-4 horas e terminavam no aeroporto. Não
era hipótese face à hora do nosso voo já que implicava muito tempo à espera no
aeroporto.
Equacionei
alugar um carro e ir até Atlantic City, mas a viagem ainda era longa e não
quisemos arriscar.
Ainda por
cima, era domingo de Páscoa com a probabilidade de muitos locais estarem
fechados por esse facto.
Acabamos por
optar por deambular pela cidade e percorrer a 5ª Avenida, onde sabíamos que
iria decorrer uma parada de Páscoa, com muito chapéus extravagantes,
chamemos-lhe assim.
Assim que
entramos na 5ª Avenida ficamos de boca aberta tal as imagens que tínhamos à
nossa frente. Aquilo era chapéus de penas, em forma de ovo da Páscoa, com
flores, etc.
Fomos
subindo a avenida filmando e tirando fotografias dos participantes. A
quantidade de pessoas que andavam na rua implicavam que serpenteasse-mos pelo
meio da multidão.
Tentamos
entrar na St. Patrick's Cathedral, mas a fila dava a volta à igreja. Desistimos
e continuamos a subir a avenida.
Tradicionalmente
os nova iorquinos no domingo de Páscoa vêm para a rua mostrar os seus gostos excêntricos
e aproveitam para desfilarem com os seus animais de estimação. Adoram tirar
fotos com os turistas e estão constantemente a parar para estes poderem tirar
as fotos.
Não faço juízos
de valor neste local e deixo à consideração de cada um o que acha de um
acontecimento tal sui generis como este.
Quero, no
entanto reforçar o lado tradicionalista deste desfile que já é organizado à
mais de 100 anos.
Quando
chegamos junto a Central Park viramos à esquerda para regressar-mos a Times
Square onde almoçaríamos e onde faríamos a despedida "formal" de Nova
Iorque.
Aproveitamos
para fazer as ultimas comprinhas, já que há sempre um souvenir para alguém que
esqueceu e privilegiámos a loja da M & M's para lá comprar algumas
lembranças.
Ainda
ficamos por ali algum tempo no local que "nós" chamamos de "centro
do mundo", ou seja Times Square.
Tiramos as
ultimas fotos com os famosos arranha céus como pano de fundo e suspiramos...
Quando eram
14:45h regressamos novamente ao local onde deixamos as malas pois tinha
reservado o transfer até ao aeroporto, novamente com a Dial 7, às 15:00h.
O motorista
foi pontual e à hora marcada estava no local para nos transportar até ao JFK.
Tivemos novamente de reservar uma minivan face à quantidade de malas, e após
alguma discussão sobre o preço a cobrar lá saímos em direção ao aeroporto, pelo
meio do muito movimento de Manhattan.
Não fiquei
completamente satisfeito com a Dial 7, pois decidiram aumentar o preço
combinado neste ultimo trajeto, de 69Usd para 74Usd, porque existia muito
transito. Após alguma troca de argumentos com a menina da central que só me
dizia que podiam fazer isso pois no site existia essa indicação em caso de transito
intenso, ao que eu argumentava que na minha confirmação nada dizia, lá me decidi:
pago mais os 5Usd mas corto na gorjeta do motorista. No final não o fiz pois o
motorista foi espetacular e não tinha culpa nenhuma da situação.
Cerca das
16:30h estávamos a passar pela longa fila de segurança para o check-in no JFK -
John F. Kennedy International Airport.
Nunca
passamos por um aeroporto onde as medidas de segurança fossem tão elevadas e
tão rigorosas com passageiros a serem abordados a meio da fila para fazerem
testes de despistagem de explosivos, malas reviradas, crianças revistadas, etc.
Ainda bem que
chegamos ao aeroporto com alguma antecedência pois demoramos imenso tempo até
chegar à "nossa" porta de embarque.
Aproveitei
para acrescentar alguns novos aviões à minha coleção de fotos. Alguns registos
bem interessantes por sinal.
Por sorte
ficamos junto a um pequeno parque infantil onde as miúdas iam ocupando o tempo
como podiam até chegar a hora de embarcar, o que fizemos atempadamente. No
entanto saímos atrasados de Nova Iorque devido à não comparência de 6 passageiros,
o que obrigou à retirada das suas malas e consequente atraso.
O voo
noturno foi realizado num avião que não é muito usado para viagens transatlânticas
face às suas restrições, o 757-200 da American Airlines. Na pratica não é um
avião confortável para fazer uma viagem tão longa, face à sua configuração 3x3,
ao contrario do normal nos A330, em que esta é 2x4x2.
Como estivemos muito tempo parados, devemos ter perdido a vez na descolagem, porque demoramos imenso tempo até descolar, já noite fechada. Enquanto descolava-mos estávamos a ser espiados em Portugal, aqui numa foto da minha amiga Sílvia Viegas, companheira destas andanças das viagens e dos blogs!
Em todo o
caso a viagem correu muito bem, foi muito calma, quase toda a gente aproveitou
para dormir assim que nos serviram o jantar.
Também como
é habito, antes de aterrarmos foi-nos servido um pequeno almoço, que achei um
pouco fraco, mas nada de muito problemático.
Chegados a
Madrid ainda tivemos de esperar umas horas até à saída do nosso voo, novamente
na Air Nostrum até ao Porto, onde chegamos por voltas das 11:45h de segunda
feira.
E agora sim,
é fim de festa!
Mais uma
viagem termina, outras seguramente aí virão, assim tenhamos saúde e dinheiro
para as fazer.
Fazendo um
balanço das férias, sobre Nova Iorque não há palavras para descrever esta
cidade enorme, a todos os níveis. Foi a segunda vez que lá estivemos, mas
poderia ter sido a vigésima que haveria sempre muito para ver. Só foi pena o
frio que encontramos!
Quanto ao
cruzeiro e ao Norwegian Breakaway, dizer que não desiludiu, nem de longe nem de
perto. Cumpriu completamente tudo o que estávamos à espera dele e do serviço
dos seus tripulantes.
Existem aspetos
que gostamos menos, felizmente muito poucos, mas prefiro muito mais reter o que
de bom recebi deste navio e novamente desta companhia depois do cruzeiro que
realizamos no Epic.
O mais
importante de tudo é agora poder dizer, como dizia alguém muito conhecido na
televisão: Já fui muito feliz no NCL Breakaway!!!
Até à próxima