1 de abril de 2015 - Great Stirrup Cay - Bahamas
Contrariando
todos os meus receios o dia nasceu com um sol radioso e a prometer um dia de
praia em cheio. Pode parecer algo estranho dizer que tinha alguns receios sobre
a paragem nesta ilha privada da NCL, mas é relativamente frequente a existência
de vento forte que impede os navios de fundearem ao largo da ilha, pois não
existe um cais na pequena ilha que consiga albergar um navio de cruzeiro.
Felizmente
não foi o caso e à hora prevista fundeamos ao largo da pequena ilha. Mais uma
vez a preguiça venceu e ainda não foi neste dia que me levantei cedo para
fotografar o navio e as suas diversas partes para ficar registado.
Tal como
pode ser lido no Freestyle Daily para este dia o desembarque é feito através de
lancha (são mais barcos que outra coisa!) e era sugerida uma pequena reserva da
hora de desembarque caso se pretendesse desembarcar nas primeiras lanchas.
Assim o fizemos mas à hora marcada ainda andávamos pelo buffet às voltas com o
pequeno almoço.
Quando decidimos
desembarcar fomos encaminhados para o teatro onde estava a ser coordenado todo
o desembarque. Apesar de alguma demora, que é normal quando se trata de
desembarcar milhares de passageiros ao mesmo tempo, o processo deu mostras de
estar bem oleado e os passageiros era tratados com igualdade, o primeiro a
chegar era o primeiro a desembarcar. Claro que os passageiros "vips"
não iam sequer ao teatro!
Chegada a
nossa vez desembarcamos num barco com capacidade para cerca de 400 pessoas e
rapidamente fizemos o pequeno trajeto que nos separava de Great Stirrup Cay.
Great
Stirrup Cay é uma pequena ilha que faz parte das Ilhas Berry nas Bahamas. A
companhia Norwegian Cruise Line comprou a ilha à Oil Company Belcher em 1977 e tem
vindo a desenvolver a ilha, privada, para os passageiros dos seus varios navios
de cruzeiro que aqui fazem uma paragem quase obrigatória. A parte norte da ilha
tem uma praia de areia cercada por rochas com áreas especialmente propicias ao
mergulho. A parte sul é uma grande área sem vegetação, e numerosos blocos de
concreto. Tudo isto são vestígios de uma estação militar que existiu na ilha. O
"famoso" farol da ilha foi originalmente construído em 1863 pelo Imperial
Lighthouse Service, o serviço oficial de faróis do antigo império britânico.
Curiosamente Great Stirrup Cay fica adjacente à pequena Little Stirrup Cay, uma
ilha privada da Royal Caribbean Cruises, o que explica o navio da Royal que se
encontrava fundeado ao nosso lado.
A aposta das
companhias de cruzeiro neste tipo de ilhas privadas, facilmente se explica por
questões monetárias, isto é, em terra apenas a comida é grátis, tudo o resto se
paga... à própria companhia de cruzeiros! Até as próprias excursões!!!
Enquanto num
qualquer porto das caraíbas os passageiros vêm para terra gastar dinheiro cujo
lucro reverte a favor de terceiros, neste caso a NCL passa o dia a faturar com
os consumos dos passageiros e até dá uma ajudinha ao disponibilizar o pagamento
com o cartão do navio.
Quando
chegamos à ilha já grande parte dos passageiros se divertiam nas aguas calmas e
pouco profundas do mar que banha a ilha. Necessitávamos de alugar uma "clam
shell", ou concha traduzindo à letra, pois o sol estava forte e queimava
mesmo. Apesar do creme protetor era importante evitar um escaldão,
principalmente das crianças!
Percorremos
as diversas praias e invariavelmente a resposta dos funcionários era que não
tinham mais disponíveis. Acho que nesta altura vieram-me varias vezes à cabeça
os avisos que li sobre o reservar antecipadamente no navio. No entanto pensei
que provavelmente passaríamos o tempo na agua e não havia necessidade de gastar
dinheiro num item desnecessário! Puro erro...!!!!
As cabanas privadas. Demasiado caras para o uso que têm! |
Finalmente
lá conseguimos um local onde ainda existia uma disponível e aproveitamos logo,
pagando cerca de 30Usd pelo dia inteiro, que no nosso caso seriam apenas umas
horas.
Não me
arrependo do dinheiro pago pois serviu para a Sofia dormir um pouco após o
almoço que de outra forma não teria sido possível.
Assim que
chegamos tratamos logo de colocar o equipamento de snorkeling (que levamos de
Portugal!) e toca a entrar na agua à procura de peixes.
Ainda andei
algum tempo ali nas proximidades com a Beatriz pois não sou grande expert no
snorkeling e não queria afastar-me muito da costa e dar de caras com uma
...barracuda!
O resto da
manha foi passada nas brincadeiras na agua em família aproveitando os baixios
criados pelas rochas e que fizeram as maravilhas da Beatriz e da Sofia.
Ao fim de
algum tempo na brincadeira começamos a sentir o cheiro a barbecue, o que nos
lembrou que tínhamos que comer e fomos até um dos locais onde a NCL
disponibilizava grelhados (pizzas, hambúrgueres, salsichas, entrecosto, coxas
frango, etc), legumes e saladas.
As bebidas
grátis disponibilizadas eram apenas, agua gelada e ice tea, que nem com um kilo
de açúcar ficava doce de tão amargo que era.
A comida era
muito básica mas acho que cumpre perfeitamente a função sem haver a necessidade
de pagar mais por comida diferente. Desconheço se existe disponibilidade de
outro tipo de comida mediante pagamento. Duvido pois penso que até a energia
elétrica é obtida através de geradores!
Após o
almoço enquanto eu ficava com a Sofia à sombra para a sesta a Virgínia e a
Beatriz divertiam-se à procura de conchas junto ao mar.
E assim
ficamos por ali até serem horas de regressar ao Breakaway cerca das 16:30h
ainda com o sol a brilhar intensamente e a fazer alguns danos na minha pele.
A estadia na
ilha valeu por bons momentos passados na praia, pela temperatura da agua que
não sendo muito alta não provoca choque térmico ao entrar na mesma. As
condições da ilha são muito básicas e apenas existe oferta de atividades
ligadas à praia e à agua.
A praia mais
próxima da entrada fica muito cheia e a confusão é imensa com as
espreguiçadeiras umas em cima das outras, mas fugindo para os lados podemos
encontrar locais muito tranquilos e com muita qualidade. Um dos locais que
recomendo chama-se "the laggoon", é muito bom! e fica a meia dúzia de
passos da entrada. Ou em alternativa apanhar o comboio grátis que faz a volta à
ilha parando em locais predefinidos.
O regresso
ao Breakaway constituiu uma das melhores oportunidades de ver o navio sem
obstáculos e pudemos admirar a sua grandeza e toda a sua imponência rodeado da
agua do mar onde eram refletidas as suas formas.
O processo
foi algo lento pois a segurança do navio não tinha capacidade para processar
todos os hospedes que regressavam ao mesmo tempo, pelo que normalmente cada
barco aguardava alguns minutos ao largo até ser possível o encosto entre
embarcações.
Assim que
regressamos ao navio após uma passagem pelo buffet fomos em direção ao camarote
pois não havia tempo a perder pois tinha às 18:30h um espetáculo para ver, o
"Rock Of Ages"!
Este musical
na minha opinião é um pouco forte para um cruzeiro. Não que tenha nada de
especial! É indicado como não aconselhado a crianças! Tudo bem, opções são
opções, mas podiam ter escolhido algo mais soft que fosse para todas as idades
e não houvesse necessidade de fazer o que fizemos: apenas eu fui ver o
espetáculo pois a Virgínia ficou com as meninas! O espetáculo tem muita
qualidade, mas pessoalmente escolheria outro musical!
Não são
permitidas fotos nem filmagens, e mais uma vez respeitei as regras pelo que
apenas posso partilhar algo do You Tube para aguçar o apetite.
No final do
espetáculo a família voltou a reunir-se para o jantar, uma vez mais no
Manhattan Room, desta vez com direito a musica ambiente.
As nossas
escolhas para o jantar, para entrada:
Os pratos
principais:
e finalmente
a sobremesa:
Para o final
desta noite, relembrando os bons momentos passados a bordo do Epic, entre
outras festas, com a White Hot Party; no Breakaway tínhamos a Glow Party!
Explicando o
que é uma Glow Party, podemos dizer que uma Glow Party é uma festa cheia de cor,
onde a luz negra e os diversos elementos fluorescentes fazem a magia. A
animação é baseada nas pinturas corporais e maquilhagem, utilizando sempre
produtos fluorescentes sobressaem na noite!
As minhas
filhas adoraram pois andaram a distribuir material florescente pelos
passageiros e eles eram sempre contempladas.
Apesar de
gostar mais da versão "White" tenho de reconhecer que a Glow Party em
termos visuais é um espetáculo muito mais apelativo que a anterior versão.
Como o dia
já ia longo e cansativo abandonamos a festa e regressamos ao nosso camarote.
Amanha,
continuamos nas Bahamas, mas desta vez em Nassau!
Até lá!
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