23 Março 2005 -Praga - Republica Checa - Porto
Acordamos
para aquele que seria o nosso ultimo dia na cidade de Praga. Na teoria ainda tínhamos
2 dias, mas na pratica tal não correspondia à realidade pois a nossa viagem de
regresso a casa estava marcada para a madrugada seguinte.
Como já tínhamos
visto praticamente tudo o que queríamos deixamos este dia para passearmos
tranquilamente pela cidade, visitar algum local que nos chamasse à atenção e
aproveitar a tranquilidade dos jardins da cidade, isto apesar do frio que se
fazia sentir ou não estivéssemos ainda em pleno inverno.
Começamos o
nosso dia pelo Teatro Nacional, conhecido
como a Alma da ópera checa e como o maior monumento de homenagem à história
Checa e da sua arte.
O Teatro Nacional é uma das instituições culturais mais importantes da Republica Checa com uma rica tradição artística que foi criada e mantida pelas personalidades mais ilustres da sociedade Checa. Essa tradição ajudou a preservar e desenvolver as características mais importantes da nação: a língua checa e uma chamada de atenção para pensar a musica Checa.
O Teatro Nacional é uma das instituições culturais mais importantes da Republica Checa com uma rica tradição artística que foi criada e mantida pelas personalidades mais ilustres da sociedade Checa. Essa tradição ajudou a preservar e desenvolver as características mais importantes da nação: a língua checa e uma chamada de atenção para pensar a musica Checa.
Atualmente,
o Teatro Nacional é composto por três conjuntos artísticos (ópera, ballet e
teatro) que são representados alternadamente nos edifícios históricos do Teatro
Nacional, o Teatro do Estado e do Teatro Kolowrat.
Desde o
teatro nacional fomos até outro ícone cultural da cidade de Praga, a Casa Municipal, um auditório e um ponto cívico de
referência na cidade, sendo também um importante marco da história da
arquitetura e política da República Checa. É considerada uma das mais representativas obras da arte modernista Checa.
Está situada
na Praça da República, perto da Porta de Pólvora, sendo um dos principais locais
de representação na capital da Republica Checa.
Aproveitando
que já estávamos na Praça da Republica, fomos até à Porta de Pólvora,
uma das 13 torres defensivas que faziam parte das muralhas que rodeavam a
cidade velha, sendo a única que ainda se encontra de pé nos dias de hoje.
Por esta
porta tinham acesso à Praga medieval as rotas comerciais procedentes da cidade
real checa de Kutná Hora, Bohemia Oriental, e as procedentes da Polonia e do
Báltico.
Já durante o
reinado de Maria Teresa de Áustria (século VIII), a Porta ou Torre da Pólvora
passa a deixar de ter funções defensivas para se converter em armazém de
pólvora- daí o nome atual.
As invasões
não destruíram, mas danificaram a torre, tendo esta sido reconstruída no século
XIX, pelo célebre arquiteto checo Josef Mocker em estilo pseudo gótico Hoje, a
Torre da Pólvora é um dos mais valiosos monumentos arquitectónicos praguenses.
O resto do
dia foi passado tranquilamente, tal como referi no início do post. Aproveitamos
para experimentar uma das especialidades gastronómicas desta zona, o goulash! Um
ensopado de carne e vegetais cozido lentamente, temperado principalmente com paprica
doce e conhecido principalmente na Hungria, onde o goulash é rei.
O goulash
Checo difere do goulash húngaro, é claro. Ele tende a ser mais leve e mais
robusto, com menos vegetais do que o seu homólogo húngaro; às vezes é feito com
cerveja e é sempre servido com knedliky houskové, os omnipresentes bolinhos de
pão checos, sem macarrão, batatas, nem creme de leite.
Também muito
habitual por estas bandas o goulash sopa, apesar de ser mais comum na Hungria.
A qualidade
do goulash varia muito de restaurante para restaurante, mas quem apreciar ou
pretender provar o bom goulash vai encontrar um bom local para o experimentar.
Sugiro para acompanhar uma boa pilsner, a famosa cerveja Checa.
Pessoalmente
não gostei muito face ao condimentado da paprica, mas nestas coisas temos de ter
o espírito aberto para pelo menos experimentar.
Ainda antes
de terminar o dia fomos assistir a uma peça de marionetas, ou não fosse Praga
uma das cidades mais famosas na representação deste género teatral.
É só
caminhar pelas ruas do centro de Praga para perceber a importância das marionetas
nesta cidade, uma das grandes tradições artesanais no país. Um dos melhores
locais para assistir a uma representação é o Teatro Nacional de Marionetas.
Importado para
a República Checa por tropas itinerantes inglesas, italianas e alemãs, o Teatro
de Marionetas remonta à metade do século XVII. Pouco a pouco, as obras foram sendo
representadas em checo, convertendo-se na única forma de arte acessível à
maioria dos lugarejos das províncias checas.
Este tipo de
teatro faz referências à língua checa, à consciência nacional, ao interesse
pela história transformando-se num dos meios de difusão das ideias do "despertar
nacional checo”.
Famílias
inteiras dedicaram-se a esta arte transmitida de pais para filhos: sendo o
artista mais famoso o legendário Matěj Kopecký (1775-1847), cujo filho publicou
suas obras durante a segunda metade do século XIX.
O Teatro Nacional de Marionetas situado na Cidade Velha de Praga dá muita importância
a esta tradição histórica e oferece obras originais utilizando marionetas de
madeira talhada e pintada a mão com roupas históricas.
A obra
emblemática do repertório é “Don Giovanni”,
inspirada pela famosa obra de Mozart, que teve a sua estreia em Praga em
1787 e perdura até aos dias de hoje. A representação é feita na língua
original, o italiano. A representação dura cerca de 2 horas e aproveitamos uma sessão
durante a tarde que não por não ser tão concorrida, ficou mais barata, 350 CZK.
Regressamos ao hotel para descansar um pouco pois às 5:00h tínhamos regresso programado num voo Lufthansa com escala em Frankfurt.
Regressamos ao hotel para descansar um pouco pois às 5:00h tínhamos regresso programado num voo Lufthansa com escala em Frankfurt.
Falta dizer
que o regresso foi atribulado e tivemos a nossa primeira experiência de voos
cancelados, bagagem perdida e o dia de regresso a casa foi "longoooooo..."
Deveríamos
chegar cerca das 10:30h, mas apenas chegamos às 22:00h, depois de voos entre
Praga e Munique. De seguida voamos até Madrid, onde finalmente apanhamos um voo
da Portugália até ao Porto, mas com uma paragem em Lisboa para deixar e
recolher passageiros. Foi dose...tanta aterragem e descolagem!
E assim
terminou a nossa viagem a Praga, que adoramos conhecer e que nos abriu o
apetite para uma das cidades imperiais que ainda não conhecemos, Viena! Não se
tem proporcionado mas algum dia terá de ser...
Até à próxima...