21 Março 2005 -Praga - Republica Checa
Terceiro dia
na bonita cidade de Praga. O dia estava ensolarado mas bem frio e apesar e
pensarmos na possibilidade de chuva, tal não aconteceu.
Acordamos
bem cedo, rejuvenescidos por uma bela noite de sono, rapidamente saímos do
quarto e fomos tomar o pequeno almoço. Não me canso de repetir a qualidade do
pequeno almoço do hotel e hoje realço também o serviço dos funcionários de
serviço no pequeno almoço, sempre simpáticos, atenciosos e atentos a qualquer necessidade
que algum hospede tivesse, para rapidamente resolverem a situação.
O programa
para este dia, seria explorar os locais acima do Castelo de Praga, ou seja, teríamos
mais umas subidinhas para vencer ao longo do dia.
Um pouco
acima do Castelo de Praga estão alguns prédios importantes como o Ministério
das Relações Exteriores e o Palácio do Loreto, e é
precisamente este que nos interessa pois era o que iríamos visitar.
O Palácio do
Loreto é o maior palácio barroco da cidade, que foi inspirado na Cabana Santa
da cidade italiana de Loreto e teve o início da sua construção no ano de 1626.
Famoso
mundialmente, nele podemos encontrar o Tesouro do Loreto, também conhecido por
Sol de Praga, com 6.222 diamantes.
Na parte
interior da sua fachada levanta-se uma torre de oito arestas com a abóbada em
forma de cebola, onde é possível observar 30 sinos do carrilhão.
Caminhando
um pouco mais acima está o Convento de Strahov, fundado em meados do Século XII , porém o seu
aspeto atual de estilo barroco data da segunda metade do século XVII e esconde um dos complexos românticos mais antigos da Europa.
O monumento
dominante do convento é o Templo de Abadia da Assunção da Virgem, originalmente
a basílica romana, restaurado no estilo gótico e renascentista muito semelhante
ao barroco da época.
O convento conservou
a biblioteca de grande valor, onde se guardam muitos manuscritos medievais,
mapas, globos e gráficos.
Estávamos na parte alta de Praga e resolvemos
iniciar nossa descida até o centro velho da cidade pois ainda tínhamos muito para
percorrer.
Pelo caminho
fomos admirando muita da arquitectura que existe na cidade. Para cada lado que olhássemos
víamos um edifício, uma igreja, um palácio mais bonito que o anterior.
Passamos novamente
a Ponte Carlos e nosso destino era a Praça da Cidade Velha, uma das principais
praças de Praga datada do Século XII.
Com seus
prédios antigos e igrejas magníficas, este é um dos mais belos pontos
turísticos e históricos na Europa.
A Praça da
Cidade Velha começou a vida como o mercado central de Praga e ao longo dos
séculos, os edifícios de estilos românico, gótico e barroco foram erguidos em
torno do mercado, cada um trazendo com eles histórias de comerciantes ricos e
intriga política.
Os pontos mais
turísticos da praça são o edifício da Câmara Municipal com o seu Relógio Astronómico, a Igreja Nossa Senhora de Tyn e Igreja de São Nicolau.
O Relógio Astronómico, conhecido com Orloj, foi montado na parede sul da Câmara Municipal
da Cidade Velha na Praça com o mesmo nome.
O Orloj tem três componentes principais: o mostrador astronómico, representando a posição do Sol e da Lua no céu, além de mostrar vários detalhes celestes; a ”Caminhada dos Apóstolos”, uma sequência mecânica apresentada a cada hora com as figuras dos apóstolos e outras esculturas em movimento; e um mostrador-calendário com medalhões representando os meses, ou signos do Zodíaco como aparecem em alguns textos.
O Relógio Astronómico indica quatro tipos de tempo:
* Tempo da
Europa Central (tempo antigo alemão) – indicado por números romanos na berma da
esfera, apontado pelo ponteiro solar;
* Antigo
tempo boémio – o novo dia começa com o pôr do sol. Indicado pelos números
góticos dourados situados no anel exterior da esfera, gerido pelo aparelho
independente;
* Tempo babilónico (variável) – um dia demora desde a aurora até o deitar do sol,
devido às horas do Verão demorarem mais que as horas do Inverno. O relógio astronómico de Praga é o único relógio do mundo capaz de medir este tempo;
* Tempo
astral – indicado pelos números romanos. Na parte inferior da fachada existe o
mostrador do calendário que indica o dia, sua posição na semana, mês e ano.
A igreja Nossa Senhora de Tyn, outro dos pontos turísticos da Praça da Cidade Velha, pode ser vista ao longe com suas torres pontiagudas. Começou a ser construída em 1365 e logo foi engolida pelo movimento reformista da Boêmia. Esta Igreja, em estilo gótico, foi durante muito tempo o principal templo hussita (a igreja protestante) da cidade.
A igreja Nossa Senhora de Tyn, outro dos pontos turísticos da Praça da Cidade Velha, pode ser vista ao longe com suas torres pontiagudas. Começou a ser construída em 1365 e logo foi engolida pelo movimento reformista da Boêmia. Esta Igreja, em estilo gótico, foi durante muito tempo o principal templo hussita (a igreja protestante) da cidade.
O interior
da igreja é soturno: toda em pedra e com iluminação reduzida.
Porém para se
ver tudo isso temos que entrar na igreja, e onde está a porta? O que
aconteceu foi que a igreja logo de inicio era pequena e com o aumento de importância
ao longo tempo foi sendo ampliada. Só que ampliaram tanto que chegaram até o
limite dos prédios vizinhos. Por isso, vemos a igreja, vemos as suas torres,
mas não vemos a porta.
Olhando de
frente para a igreja, podemos ver dois edifícios mais baixos, mesmo À frente da
igreja. Um mais largo, à direita, de cor bege, e outro mais claro, à direita,
com quatro arcos. É nesse que devemos entrar.
Atravessando
o edifício, vamos dar diretos na porta da igreja.
E por último
mas não menos importante, temos a Igreja de São Nicolau, que inicialmente era
um edifício gótico da igreja paroquial da Cidade Velha antes da Igreja Nossa
Senhora de Tyn ter sido construída.
Posteriormente
foi reconstruída em estilo barroco no século XVIII e a sua fachada está voltada
para a Antiga Câmara Municipal , o que é particularmente impressionante, pois
não é fácil encaixar a igreja no meio de toda a opulência que esta área exibe.
No seu
interior o que mais impressiona são as pinturas e o candelabro oferecido à
igreja pelo Czar Nicolau II, um dos czares russos mais famosos da história.
Saindo desde
a Praça da Cidade Velha fomos até à Praça Wenceslas, inicialmente concebida há mais de 600 anos,
no período de Carlos IV, quando era usada como mercado de cavalos.
Na parte superior da avenida, pode ser vista uma estátua de S. Wenceslas no seu cavalo. A alguns metros da estátua, encontra-se uma placa em memória daqueles que foram mortos durante o período comunista, incluindo Jan Palach, um estudante de 20 anos que se autoimolou em janeiro de 1969, como protesto contra a invasão soviética quatro meses antes. Jan Palach morreu três dias depois com 85% do corpo queimado; 800.000 pessoas acompanharam o funeral.
Na parte superior da avenida, pode ser vista uma estátua de S. Wenceslas no seu cavalo. A alguns metros da estátua, encontra-se uma placa em memória daqueles que foram mortos durante o período comunista, incluindo Jan Palach, um estudante de 20 anos que se autoimolou em janeiro de 1969, como protesto contra a invasão soviética quatro meses antes. Jan Palach morreu três dias depois com 85% do corpo queimado; 800.000 pessoas acompanharam o funeral.
Hoje, a
Praça Wenceslas é um local de comércio muito agitado, ganhando vida após o
anoitecer, quando os seus restaurantes, cinemas e clubes noturnos atraem
multidões de turistas.
No extremo
norte da praça, podemos encontrar o Museu Nacional da Neorrenascença; outro
edifício relevante é o Palácio Koruna – uma galeria comercial coberta com uma
belíssima cúpula de vidro datada de 1911.
O tempo
passa quando estamos a passear, principalmente se estamos a gostar do que vemos,
e já cansados e mortinhos para voltar para o hotel para tomar um bom banho,
passamos pela famosa Torre de Pólvora, uma torre gótica e uma das portas da
Cidade Velha.
Datada de
1475, a Torre de Pólvora foi construída como um dos 13 portões para a cidade de
Praga. Quando a construção começou, a torre estava ligada ao palácio real,
porém antes da construção estar finalizada, o rei Vladislav Jagellonský alterou
a sua residência para o Castelo de Praga em 1485.
A Torre de
Pólvora continuou a ser muito importante para os reis até 1836, pois os
monarcas Boémios passavam através da Torre de Pólvora no seu caminho para
Catedral de São Vito onde ocorria a sua coroação.
Como a
cidade cresceu além das suas antigas muralhas, a Torre de Pólvora foi perdendo
parte da sua importância(exceto nas raras ocasiões em que um novo rei era
coroado).
Por volta do
Século XVII, a torre foi usada como instalação de armazenamento de pólvora –
foi nessa época que ganhou o seu nome atual. A Torre foi
severamente danificada em 1757 quando Praga foi ocupada pelos prussianos, mas
acabou por ser restaurada entre 1870 e 1880.
Atualmente é
uma das poucas construções remanescentes das fortificações que numa dada altura
cercaram a cidade.
E assim
terminou mais um dia.
Não percam o
dia de amanha, onde exploraremos mais um pouco a cidade de Praga e vamos
mostrar uma surpresa que tivemos quando visitávamos um jardim da cidade. Uma
surpresa que nos levou a pensar que estava na altura de voltar a Paris, mas
isso é só amanha:
Até lá...
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