segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Tabuaço - 8 Fevereiro 2016



8 Fevereiro 2016 – Tabuaço


A vontade de passar um Carnaval diferente, num cenário de festa, mas protegidos do frio e da chuva com que fomos brindados este ano pelo S. Pedro. Seguramente o S. Pedro não é folião!!!

A Virgínia ficou encarregue de encontrar a alternativa mais adequada às nossas vontades, não fosse ela a maior entusiasta da ideia. Confesso que fomos para lhe fazer a vontade pois não me atrai minimamente passar uma noite dentro de um salão de festas a ouvir música popular. Eu que até sou pé de chumbo…

Após algumas pesquisas e algumas respostas negativas inexistência de disponibilidade acabamos por decidir ir até à vila de Tabuaço, no distrito de Viseu, mas inserido na Região do Douro que tem sido um dos nossos destinos recorrentes. Não me canso das imagens dos socalcos de vinhas nos montes que ladeiam o rio Douro.

Antes de falarmos sobre o hotel vamos divulgar um pouco a vila de Tabuaço e a sua envolvente.
Tabuaço, terra de paisagens invulgares e múltiplos contrastes - entre a serra e o vale, entre o verde da vinha e o azul da água, é um prodígio da natureza. É a beleza deslumbrante das margens do rio, o sossego e o ar puro.

Cerca de um quarto da população ativa trabalha no sector terciário, mas a maior parte (56%) dedica-se ao sector primário. A economia assenta na agricultura, com destaque para o vinho generoso (o célebre vinho do Porto) que domina o Norte do concelho, nos vales dos rios Távora, Torto, Tedo e do inconfundível Rio Douro.

Outra das culturas seculares é sem dúvida o olival, cultivado tanto em bordaduras das vinhas como em olival contínuo, com azeite de grande qualidade. A batata, assim como a baga do sabugueiro, as cerejas e algum cereal também têm lugar numa agricultura essencialmente de subsistência.

A região sul do concelho, com um relevo montanhoso que chega aos 1.000 metros, é própria à pastorícia e silvicultura.

O artesanato, outro dos produtos que se destacam na economia do concelho, mantém intactos os traços que o ligam às antigas tradições e continua muito ligado às necessidades do trabalho e da vinha.

Intactas estão também as romarias de Verão, impregnadas de um misto de religiosidade e de festa pagã, que mantêm o seu brilho graças ao espírito das suas gentes e à arte da sua afamada cozinha caseira.

Tabuaço é ainda conhecido pelas excelentes condições para a prática da caça e pela rica gastronomia.


Em 2001, Tabuaço foi classificado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, pela preservação de vestígios da sua cultura e pelo património arquitetónico, tanto de origem humana como natural.


O Património Natural é, talvez, a maior riqueza patrimonial de Tabuaço. Uma paisagem sem igual, muito forte nos contrastes, onde as encostas de vinhedos e socalcos a perder de vista ou as amendoeiras em flor, no início da Primavera, saúdam e fazem as maravilhas dos locais e dos visitantes. Fonte

É neste magnífico espaço ecológico e de um património natural invejável, que se encontra o hotel que nós escolhemos, uma unidade hoteleira que coloca ao dispor dos seus hóspedes modernas instalações para lhes permitir desfrutar de momentos inesquecíveis de descanso e prazer.


Estamos a falar do Plácido Hotel Douro Tabuaço onde ficamos alojados com um programa que incluía o jantar da noite de Carnaval e o respetivo almoço.


Fomos à procura da beleza deslumbrante das margens do rio, do sossego e do ar puro desta região que promete prazeres inesquecíveis aos visitantes e convidam-nos a descobrir novas sensações… e claro festejar o Carnaval!


A festa de Carnaval ficou um pouco aquém das expectativas pois a sala de jantar estava apenas composta e não proporcionou a grande festa que a Virgínia estava à espera. No entanto, também não podemos dizer que tenha sido mau, longe disso pois o grupo musical eu animou a festa teve a inteligência de puxar pelos convidados e cantando e tocando os seus pedidos musicais fizeram a festa durar pela noite dentro.

Quanto ao jantar, comemos um buffet com temática brasileira onde não faltava a picanha, a salsicha, o feijão preto e a feijoada. Bom o suficiente, sem todavia deslumbrar.


Pouco habitual o facto de as bebidas estarem incluídas no preço da refeição. Como não tínhamos de conduzir tratamos de compensar o corpo de outras alturas que não o podíamos fazer!


O almoço do próprio dia de Carnaval consistiu de um cozido à portuguesa, servido no buffet e manteve as qualidades e os defeitos do jantar, nomeadamente boa quantidade e variedade oferecida, mas com alguma falta de sabor e sem conseguirem manter a comida quente por muito tempo.

Quanto ao pequeno-almoço, agradável, com uma oferta limitada mas suficiente de comida.

Nada comparado aos últimos pequenos-almoços que temos usufruído nas nossas últimas estadias, mas temos de analisar a relação custo/beneficio.


Como comentário final, referir que no geral gostamos do hotel. Não ficamos com vontade de voltar outra vez, mas achamos que para servir de base à exploração da região é uma boa opção pois a grande falha do hotel é a falta de animação e/ou atividades de lazer no próprio hotel ou nas redondezas.

De regresso a casa, como ainda era cedo, decidimos dar um saltinho até ao Pinhão, que ficava logo ali e nunca por lá tínhamos passado.

A bonita vila de Pinhão fica situada na margem direita do rio Douro, no coração do Alto Douro Vinhateiro onde estão localizadas muitas das principais quintas produtoras de vinho do Porto.


O nome da vila deve o seu nome à localização na foz do rio Pinhão, um dos afluentes do Douro. Aninhada entre os dois rios, e situada numa encosta em degraus sobre o Douro apresenta uma linda paisagem salpicada por quintas e solares numa beleza única típica do Alto Douro Vinhateiro.

Entre o principal património da vila de Pinhão encontra-se a Estação Ferroviária, construída durante o século XIX muito conhecida pelos seus azulejos representativos da produção do vinho do Porto, desde as vindimas, o pisar das uvas até ao transporte do vinho em barcos rabelo rio abaixo até às caves em Vila Nova de Gaia.


O caminho-de-ferro permitiu o desenvolvimento desta povoação, ao permitir o transporte de pessoas e mercadorias neste local de difícil acesso e cujo rio Douro era o principal meio de comunicação.

Ao longo dos anos o turismo tem vindo a crescer e hoje em dia o Pinhão é um dos principais locais de paragem dos Cruzeiros do Douro. Apesar de ser atrativo dar um passeio de barco no rio, o tempo que se fazia sentir não era nada convidativo, por isso decidimos regressar mais cedo.


Durante o caminho somos surpreendidos com a dimensão de uma quinta de produção de vinho, a Quinta do Seixo, propriedade da conhecida marca de vinhos Sandeman!

Situada na margem sul do rio Douro, no Cima-Corgo, a Quinta do Seixo, oferece uma vista espantosa, de cortar a respiração, sobre o rio Douro.

Propriedade da Sogrape Vinhos desde 1987, a empresa investiu aqui, em 2007, aproximadamente €7.5 milhões num moderno centro de vinificação, onde nascem Vinhos do Porto e do Douro de elevada qualidade.


Um projeto inovador não só pela alta tecnologia utilizada na adega, mas também pela criação de um circuito turístico que é, ao mesmo tempo, educacional e atrativo!

Com a Quinta do Seixo, a Sogrape Vinhos, através da marca Sandeman, procura atrair mais visitantes ao Douro e explicar um pouco mais sobre esta região e os fantásticos vinhos a que dá origem. Daí que ofereça uma visita guiada à adega, à garrafeira e aos lagares robóticos, visita esta complementada por meios multimédia que explicam todo o ciclo de produção do vinho e por uma prova de Vinho do Porto (colheitas selecionadas) numa sala com uma vista panorâmica espetacular sobre o Douro.


Com cerca de 108 hectares de área total, a produção da Quinta do Seixo baseia-se em 71 hectares de vinhas selecionadas, plantadas em patamares e sob o sistema de vinha ao alto. Predominando a Tinta Roriz e a Touriga Nacional, as castas plantadas na Quinta do Seixo são as tradicionais e recomendadas na região, mesmo nos mais de 11 hectares que foram replantados em 2008.

A Quinta do Seixo está equipada com uma adega moderna que recebe e vinifica as uvas da própria Quinta, da Quinta da Boavista, Quinta do Porto, Quinta do Caêdo e Quinta do Vau, ou seja, todas as Quintas da Sogrape Vinhos da sub-região do Cima Corgo e uvas de compra de lavradores com quem a empresa tem contratos de fornecimento.

Como é hábito, a terminar deixo aqui uma grelha de avaliação do hotel à semelhança do que já fizemos com outros hotéis e que constituem a nossa opinião sobre os mesmos:

Avaliação
    Localização:                            6/10
    Acessibilidade:                       7/10
    Funcionários:                          8/10
    Limpeza:                                 8/10
    Conforto:                                8/10
    Design/Decoração:                8/10
    Pequeno-Almoço:                   7/10
    Relação Qualidade-Preço:     7/10

       Opinião Global:     7/10


E assim terminou a nossa escapadinha de Carnaval.

Até uma próxima oportunidade, algures por aí…