12 Agosto 2006 – Porto - Roma
Cumprindo
o que era, até aí um sonho, em Agosto de 2006 fomos conhecer um pouco desse
país que não deixa ninguém indiferente, a Itália. Tenho de confessar que a
viagem tinha uma intenção oculta, uma surpresa para “alguém”, mas para já fica
ainda em segredo.
A
viagem, pelo facto de termos optado pela “Itália Clássica” foi marcada através
do operador turístico “Nortravel”, o que nos garantia logo à partida, visitas
de qualidade sem necessidade de passarmos horas e horas em frente a um
computador a planear a viagem. Claro que no final isto paga-se…
O
programa incluía a visita a cidade como Roma, Siena, Assis, Florença, Bologna, Pádua
e Veneza. Um bom itinerário como é desejável para um país riquíssimo em
atrações como é a Itália. A Itália não sendo um país muito grande tem um
diversidade monumental, cultural e geográfica que permitem planear, não uma mas
varias visitas seguidas!
Ainda
antes de tratarmos da viagem em si, talvez seja a altura ideal para conhecer um
pouco melhor a Itália, enquanto país, já que depois trataremos de cada uma das
cidades em particular.
Oficialmente
República Italiana, é uma república parlamentar unitária localizada no
centro-sul da Europa (Europa meridional). Ao norte, faz fronteira com França,
Suíça, Áustria e Eslovênia ao longo dos Alpes. Ao sul, consiste na totalidade
da península Itálica, Sicília, Sardenha, as duas maiores ilhas no Mar
Mediterrâneo, e muitas outras ilhas menores ficam ao redor do território
italiano. Os Estados independentes de San Marino e do Vaticano são enclaves no
interior do país, enquanto Campione d'Italia é um enclave italiano na Suíça. O
território do país abrange cerca de 301 338 km² e é influenciado por um clima
temperado sazonal. Com 60,6 milhões de habitantes, é a quinta nação mais
populosa da Europa e a 23ª do mundo.
Após
o declínio dos romanos, a Itália sofreu inúmeras invasões de povos
estrangeiros, desde tribos germânicas, como os lombardos e ostrogodos, aos
bizantinos e, mais tarde, os normandos, entre outros. Séculos mais tarde,
Itália tornou-se o berço das repúblicas marítimas e do Renascimento, um
movimento intelectual extremamente frutífero que viria a ser parte integrante
na formação subsequente do pensamento europeu.
Durante
grande parte de sua história pós-romana, a Itália foi fragmentada em vários
reinos (tais como o Reino da Sardenha; o Reino das Duas Sicílias e o Ducado de
Milão) e cidades-Estado, mas foi unificada em 1861, após um período tumultuado
da história conhecido como "Il Risorgimento" ("O
Ressurgimento").
No
final do século XIX, através da Primeira e Segunda Guerra Mundial, a Itália
possuiu um império colonial que estendia seu domínio até a Líbia, Eritreia,
Somália, Etiópia, Albânia, Dodecaneso e uma concessão em Tianjin, na China.
A
Itália moderna é uma república democrática, classificada como o 24º país mais
desenvolvido do mundo e com índice de qualidade de vida entre os dez primeiros
do planeta. O país goza de um alto padrão de vida e tem um elevado PIB nominal
per capita. É um membro fundador da União Europeia e parte da zona euro, além
de ser membro do G8, G20, OTAN, OCDE, Organização Mundial do Comércio (OMC),
Conselho da Europa, União da Europa Ocidental e as Nações Unidas.
O
país tem um elevado nível de escolaridade pública e é uma nação altamente
globalizada. (Fonte)
E
assim, às primeiras horas da manha do dia 12 de Agosto de 2006 partimos do Porto
a bordo de um dos aviões da companhia aérea portuguesa, TAP, com destino ao
aeroporto principal da cidade de Roma, Fiumicino, apesar do seu nome oficial
ser Aeroporto Leonardo da Vinci, após uma breve escala em Lisboa.
Chegamos ao final da manha, em parte devido à diferença horaria existente entre Portugal e Itália. Foi a primeira oportunidade para ir conhecendo o grupo que nos acompanharia durante a semana, isto enquanto esperávamos que o grupo se juntasse todo para o transfer até ao centro da cidade.
Falemos
agora um pouco sobre Roma, Roma é uma cidade e uma comuna especial (chamada
"Roma Capitale") da Itália. É a capital do país, da província
homônima e também da região do Lácio. Com 2,7 milhões de habitantes em 1.285,3
km² de área, também é a maior cidade italiana e a quarta cidade mais populosa
da União Europeia.
A
área urbana de Roma estende-se além dos limites administrativos da cidade com
uma população de cerca de 3,8 milhões. Entre 3,2 e 4,2 milhões de pessoas vivem
na área metropolitana da capital italiana. A cidade está localizada na porção
centro-ocidental da península itálica, cortada pelo rio Tibre, dentro do Lácio.
Roma é a única cidade no mundo que tem no seu interior um país inteiro, o
enclave do Vaticano.
A
história de Roma abrange mais de dois mil e quinhentos anos, desde a sua
fundação lendária em 753 a.C. Roma é uma das mais antigas cidades continuamente
ocupadas na Europa e é conhecida como "A Cidade Eterna", uma ideia
expressa por poetas escritores da Roma Antiga. No mundo antigo, foi
sucessivamente a capital do Reino de Roma, da República Romana e do Império
Romano e é considerada um dos berços da civilização ocidental. Desde o século
I, a cidade é a sede do papado e no século VIII a cidade tornou-se a capital
dos Estados Pontifícios, que duraram até 1870. Em 1871, Roma se tornou a
capital do Reino da Itália e em 1946 da República Italiana.
Após
a Idade Média, Roma foi governada pelos papas Alexandre VI e Leão X, que
transformaram a cidade num dos principais centros do Renascimento italiano,
juntamente com Florença. A versão atual da Basílica de São Pedro foi construída
e a Capela Sistina foi pintada por Michelangelo. Artistas famosos e arquitetos,
como Bramante, Bernini e Rafael, residiram durante algum tempo em Roma,
contribuindo para a sua arquitetura renascentista e barroca.
Como
o percurso até à cidade, cerca de 30 kms foi efetuado próximo da hora de almoço
decidimos parar numa estação de serviço para almoçar. De referir que em Itália,
ao contrário do que acontece no nosso país, nas estações de serviço a comida
não é má e o preço é até muito acessível.
A paragem foi rápida e serviu apenas para o almoço e pouco tempo depois estávamos a caminho do centro de Roma, mais precisamente do Coliseu Romano.
A paragem foi rápida e serviu apenas para o almoço e pouco tempo depois estávamos a caminho do centro de Roma, mais precisamente do Coliseu Romano.
O Coliseu era utilizado para vários espetáculos durante o Império Romano e, hoje, é um dos principais pontos turísticos da Itália.
Construído
entre os anos 70 e 90, o Coliseu foi uma obra iniciada por Vespasiano e
inaugurada somente por Tito. De tamanho magnífico, a obra romana era capaz de acolher
50 mil espectadores para os seus mais variados espetáculos. No inicio, era
constituído de três andares, mas Alexandre Severo e Giordano III impulsionaram
obras para acrescentar mais um andar e, assim, ampliar a capacidade da arena
para 90 mil pessoas.
O
Coliseu foi construído num local que havia sido devastado pelo Grande Incêndio
de Roma durante o governo de Nero. As obras, então, serviram para animar a
população e também para integrar a tão famosa política do pão e circo. A
construção passaria a abrigar os mais interessantes espetáculos da época, como
luta de gladiadores e execuções. Para celebrar o fim das obras, Tito ordenou
jogos iniciais, no ano 80, que se prolongaram por 100 dias e provocaram a morte
a 9 mil animais e 2 mil gladiadores.
O
Coliseu também é chamado de Anfiteatro Flaviano em função de uma grande estátua
de Nero que ficava próximo ao local. Durante aproximadamente 500 anos sua
utilização foi intensa. O monumento foi a sede principal dos espetáculos até o
governo do imperador Honório, no século V. Nesta época, o Coliseu foi
danificado por um terramoto que exigiu uma grande reforma ordenada pelo
imperador Valentiniano III. O último registo que nos dá conta da sua utilização
é datado do século VI. A partir daí, já no início da Idade Média, o Coliseu
deixou de ser local de espetáculos e passou a ser utilizado para habitação,
oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão. Ao longo
dos séculos XV e XVI, foi saqueado muitas vezes e, assim, perdeu-se muito dos
materiais nobres que dele fizeram parte durante muito tempo. No século
seguinte, XVII, o papa Bento XIV o declarou como lugar sagrado.
Durante
muito tempo, o Coliseu serviu de propaganda e difusão da filosofia da
civilização romana. Hoje, trata-se da maior atração turística da cidade de
Roma.
Encontra-se,
atualmente, em ruínas decorrentes de terramotos e pilhagens, mas ainda assim é
o grande símbolo do Império Romano. Declarado como uma das Sete Maravilhas do
Mundo Moderno, está a sofrer um intenso processo de restauração.
Infelizmente
não visitámos o interior pois a fila para a entrada era enorme e o grupo tinha
outros planos. Ficou a promessa de voltar numa próxima vez e visitar o seu
interior.
Deixamos
o Coliseu e partimos para a nossa segunda visita do dia, a Basílica de Santa
Maria Maior, uma das quatro basílicas maiores, uma das sete igrejas de
peregrinação e a maior igreja mariana de Roma — motivo pelo qual recebeu o
epíteto de "Maior". É também uma das basílicas papais na Itália.
Depois do Tratado de Latrão de 1929, firmado entre a Santa Sé e o Reino da Itália, Santa Maria Maggiore permaneceu como parte do território italiano e não do Vaticano. Porém, a Santa Sé é proprietária do edifício e do terreno onde ele está e o governo italiano é obrigado, legalmente, a reconhecer este fato e a conceder a ela a imunidade concedida pelo Direito Internacional às embaixadas de agentes diplomáticos de estados estrangeiros.
A
igreja de Santa Maria Maior está muito perto da estação de Roma Termini, a
poucos metros da Praça da República, e rapidamente chama a atenção pelas suas
proporções descomunais.
Santa Maria Maior é conhecida por ser a igreja romana que é mais fiel às suas origens, e que só tem elementos mais modernos, entre os quais se destaca a sua torre sineira, a maior em Roma, entretanto, não é o seu exterior nem a sua arquitetura o maior tesouro que nos tem reservado. Ela também tem valor histórico agregado, já que se trata da primeira igreja romana dedicada à Virgem.
Santa Maria Maior é conhecida por ser a igreja romana que é mais fiel às suas origens, e que só tem elementos mais modernos, entre os quais se destaca a sua torre sineira, a maior em Roma, entretanto, não é o seu exterior nem a sua arquitetura o maior tesouro que nos tem reservado. Ela também tem valor histórico agregado, já que se trata da primeira igreja romana dedicada à Virgem.
Uma
vez no seu interior, rapidamente nos chama à atenção o seu baldaquino, muito
similar ao da Basílica de São Pedro, e os cartazes que nos anunciam a presença
de uma relíquia de grande valor, sem grande segredo.
Para
encontrar o "segredo" ou o "tesouro" a que nos referimos,
devemos ir em direção a uma capela situada na parte direita do templo e simplesmente
entrar, e ali rapidamente perceberão a presença de uma urna espetacular em
forma de cunha feita em prata, que apesar de sua beleza não é o verdadeiro
tesouro, um segredo muito menos espetacular e menos chamativo aos nossos olhos,
mas de grande valor histórico e religioso, já que esta urna situada em Santa
Maria Maior alberga os restos da manjedoura onde supostamente Jesus Cristo foi
colocado logo após o nascimento em Belém.
Na
verdade, o que está guardado são apenas cinco mesas, mas não há dúvida de que o
valor "sentimental" e religioso das cinco mesas supera muito o seu
aspeto físico.
Em
suma, a visita a Santa Maria Maior não é das mais imprescindíveis, mas se tivermos
algum tempo de sobra depois de realizar as visitas imprescindíveis em Roma é uma
visita que não vale sem dúvida o tempo gasto.
Terminada
a visita à Basílica regressamos ao autocarro que nos acompanhou durante a
semana e fizemos um tour pela cidade enquanto fazíamos o percurso até ao hotel
escolhido pela Nortravel para a estadia em Roma.
O
hotel escolhido pela Nortravel foi o Movempick Rome, atual The Courtyard by
Marriott Rome Central Park.
Com
vista sobre a Basílica de São Pedro, o hotel possui quartos modernos e
espaçosos, equipados com ar condicionado e televisão por satélite.
O
hotel coloca à disposição dos hóspedes um serviço de transporte do hotel até um
local próximo da Estação de Gemelli, onde se chega em menos de 15 minutos e
desde aqui a linha FR3 proporciona uma ligação com a Estação de Metro Valle
Aurelia, na Linha A.
O hotel situa-se numa zona calma, mas um pouco afastado dos monumentos mais importantes situando-se nas proximidades do Hospital Gemelli e da Universidade Católica do Sagrado Coração.
A
primeira noite era livre e ficava ao critério de cada um escolher o que fazer,
no entanto a maioria das pessoas do grupo aceitou uma sugestão da Nortravel
(paga à parte!) e fomos fazer um tour noturno.
O
tour foi feito de autocarro e o objetivo passava por admirar as luzes de Roma,
com passagem pelos principais monumentos, incluindo Coliseu, Vaticano, Piazza
Navona, Fontana de Trevi, etc.
Não
vou aprofundar as explicações sobre os locais por onde passamos pois os mesmos
serão detalhados na devida altura.
Melhor
que as palavras é deixar as fotos falarem por si!
Amanha vamos ver o Papa, pois isto de vir a Roma e não ver o Papa…
Amanha vamos ver o Papa, pois isto de vir a Roma e não ver o Papa…
Até
amanha.
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