quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

26 de Dezembro de 2019 – Luxemburgo - Estrasburgo


Tal como planeado, acordamos cerca das 06:00h para tomar o pequeno almoço e, logo de seguida fazer a pequena caminhada até à estação de comboios do Luxemburgo.



O pequeno almoço não desiludiu, bem pelo contrário já que tivemos direito a variedade e qualidade.


Tal como referimos, o percurso até à estação foi curto, mas por alguma dificuldade nossa em saber qual a entrada que devíamos utilizar, quase perdíamos o “nosso” TGV. Isto numa altura em que, face à greve dos transportes existente em França, não abundavam as alternativas.

Entramos no comboio e logo de seguida o mesmo partiu em direção a Estrasburgo.

Os bilhetes foram comprados, via internet, logo em outubro e para esta viagem conseguimos um ótimo preço: 66,50€ para toda a família.


Esta foi a primeira vez que viajamos no TGV e ficamos agradavelmente surpreendidos pois fizemos a viagem de cerca de 1:00h com muito conforto, wifi gratuito (se bem que um pouco lento!). Até conseguimos dormir um pouco e recuperar do cansaço da viagem do dia anterior.

Ainda não eram 09:00h quando chegamos a Estrasburgo!


Optamos por um hotel junto à “gare” para termos a possibilidade de deixar no hotel as malas logo de manha e aproveitar o que esta cidade tinha para nos oferecer.


Partimos então em direção ao centro da cidade, sem nada planeado, temos de admitir pois os últimos dias de trabalho não permitiram grandes folgas para criar um itinerário.

Como nos tinha ficado na retina a zona de “Petite France” foi para lá que nos dirigimos para começar a nossa visita pela cidade.


A Petite France (“Pequena França”) é a área mais pitoresca e visitada de Estrasburgo.

No passado, curtidores, pescadores e moleiros costumavam viver e trabalhar lá, por causa da água nas proximidades.

Nós fomos admirar as numerosas casas de enxaimel que estão extremamente bem preservadas e andar nas pequenas vielas de paralelepípedos junto aos canais de água.


A zona é reservada a pedestres e ciclistas, pelo que podemos desfrutar da calma do lugar, ainda por cima quando o dia estava ainda a começar e ainda haviam poucos turistas (e locais!) pelas ruas. Em alguns casos parecia sermos os únicos numa cidade abandonada.

Para nós, é o melhor lugar para visitar em Estrasburgo e perder-se por aquelas ruas!


Depois de algum tempo a percorrer o bairro fomos até junto do Palácio Rohan, onde compramos o passeio de barco pelos canais da cidade.

O passeio de barco é uma ótima opção para quem visita a cidade de Estrasburgo, sobretudo se o tempo na cidade não é muito.

A cidade é toda entre-cortada pelo rio, que numa determinada altura se divide em 2 partes, formando uma “ilha” no centro histórico de Estrasburgo, não é por acaso que se chama de “Grande Île” (grande ilha!)!

Para quem não está familiarizado com o tema, deixamos aqui algumas explicações sobre o que devemos saber antes de comprar o passeio, até porque os bilhetes não são propriamente baratos!

Em primeiro lugar, é preciso escolher o tipo de passeio que queremos fazer. A Batorama  oferece 2 tipos de passeios regulares: o “Strasbourg, Grande Ile” (9,90€ por pessoa) é um passeio de menor duração (45 minutos) e que costuma acontecer só uma vez por dia, e se limita a explorar essa região central; e o mais popular deles, o “Strasbourg, 20 siècles d’histoire” (13€ por pessoa), com duração de aproximadamente 1 hora e 10 minutos. Este passeio é realizado diversas vezes ao dia (em intervalos de 15 minutos ou 30 minutos) e explora 3 regiões da cidade: Grande Île (Grande Ilha), Neustadt (Cidade Nova) e o Le Quartier Européen (Bairro Europeu).

Como a maioria dos visitantes, nós optamos por este segundo passeio mais completo, e contaremos todos os detalhes mais adiante!

Feito isso, com os bilhetes na mão, como ainda era algo cedo entramos numa loja de produtos tradicionais, onde as mulheres da família se perderam, enquanto esperávamos o horário do passeio.


Cerca de 15 minutos antes da hora programada fomos até ao pontão onde partia o nosso “Batorama”. Já exsitia uma pequena fila, mas nada de especial.


Quando faltavam 5 minutos para a partida pudemos entrar no barco, não sem antes passarmos pela segurança. Cada pessoa recebe um audioguia com nada menos do que 12 idiomas disponíveis, inclusive português.

O passeio “Strasbourg, 20 siècles d’histoire” explora 3 regiões da cidade: Grande Île (Grande Ilha), Neustadt (cidade nova) e o Le Quartier Européen (Bairro Europeu).

A região da Grande Ile é declarada património mundial pela UNESCO, e concentra a parte mais turística da cidade. O passeio começa por mostrar edifícios e construções de arquitetura do período medieval da cidade.

Um dos grandes destaques dessa primeira parte é a aproximação de Petite France, por onde caminhamos antes.


Nesse momento é necessário passar por uma eclusa: um pequeno canal que possibilita a descida ou a subida de embarcações e corrige a diferença de nivelamento entre os 2 trechos do rio.

A 2ª parte do passeio é pela Neustadt (Nova Cidade). Essa região foi toda construída durante a anexação da Alsácia pela Alemanha entre 1871 e 1918. Na época, isso representou um aumento da área da cidade de Estrasburgo para o triplo da área que tinha antes!

Os destaques são as construções influenciadas pelo urbanismo germânico, como o Palais du Rhin, a Ópera, a Biblioteca e o Palácio da Universidade.


O último trecho da cidade a ser explorado é o “Bairro Europeu”. Esta zona é muito mais recente – após a Segunda Guerra Mundial, Estrasburgo foi escolhida como sede do Conselho da Europa. Por conta disso, destacam-se as construções de arquitetura muito mais moderna como o edifício de uma rede de televisão franco-alemã, o Parlamento Europeu, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e o Conselho da Europa.


A principal vantagem, na nossa opinião, de fazer o passeio pelos canais foi a possibilidade de conhecer áreas fora da zona mais turística da cidade, e que provavelmente não visitaríamos a pé (como a Neustadt e o Quartier Européen).

Além disso, temos sempre a possibilidade de fotografar as lindas construções da região mais turística da cidade por um ângulo diferente.

Terminado o passeio, e como se aproximava a hora de almoço decidimos caminhar até à zona da Catedral, onde sabíamos existir um mercado de Natal, onde almoçaríamos!

Por esta altura, já as ruas fervilhavam de turistas e o movimento no interior das lojas era enorme!


Antes de conseguirmos chegar ao mercado de Natal, tivemos de passar por um controlo de segurança onde estavam a obrigar a abrir os sacos! Sinais dos tempos...

Após uma primeira voltinha pelo mercado para ver o que havia para comer, lá nos decidimos por uns cachorros com salsichas Alsacianas!


Aproveitando o facto de estarmos junto à catedral, visitamos o interior da mesma (gratuito!) e optamos por não subir ao topo, pois existia uma fila enorme para o efeito.

Parte da atmosfera medieval da cidade que encanta tanto os seus visitantes deve-se à sua construção mais icónica: a Catedral Notre-Dame de Strasbourg.

Com os trabalhos para sua construção iniciados no ano de 1176, a Catedral de Strasbourg levou quase 300 anos para estar “pronta” – no ano de 1439. Toda essa “demora” resultou numa arquitetura que mistura diferentes estilos medievais, com influências principalmente românicas e góticas.


Durante alguns séculos a Notre-Dame de Strasbourg foi o edifício católico mais alto em todo o mundo, e só perdeu esse título bem “recentemente”, no século XIX, com a construção da Catedral de Colónia, na Alemanha. Hoje, ela é “apenas” a 4ª maior do mundo.

Durante a visita podemos admirar os inúmeros vitrais que ladeiam a igreja e perdemos um bom bocado de tempo a admirar o presépio de Natal que se encontrava no interior.


No exterior, como é habito, músicos de rua, animavam a multidão em busca de umas moedas de sustento.


Como já podíamos aceder ao nosso quarto voltamos até ao ponto de partida para acomodarmo-nos e retemperar energias.

Escolhemos para ficar este dia em Estrasburgo, um hotel muito simples, pois os hotéis em Estrasburgo são muito caros, o Hotel Ibis budget Strasbourg Centre Gare.


O hotel económico ficava mesmo em frente à estação de comboio, o que se revelou uma excelente opção, por “apenas” 87€, com pequeno almoço incluído.
 
Esperamos até anoitecer para sair novamente para o exterior. “Atraiçoados” pelo calor do interior do quarto, a vontade de sair à rua não era muita e só após a promessa de visualização de algumas árvores de natal fantásticas convenceu as meninas a vestir os casacos e gorros e voltar para os cerca de 2º C que se faziam sentir aquela hora.


Saímos em direção à Place Kléber, onde existia uma das maiores árvores de natal da cidade e onde estava instalada a pista de patinagem no gelo.


Passamos pelas galeries Lafayette e fomos caminhando até estarmos novamente junto da catedral.


E fomos caminhando, ao saber do fluxo de pessoas, confessamos que sem saber muito bem por onde íamos...


Até que encontramos uma pizzaria, onde decidimos jantar.

De seguida regressamos ao hotel, para descansar pois no dia seguinte tínhamos, novamente uma viagem madrugadora para Paris!

Até amanha...

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