29 abril 2016 – Caminho Português de Santiago – Sta Maria da Feira – Ponte de Lima
Não
sendo inédito, hoje propomos contar uma experiência diferente das que aqui
temos relatado. Temos aqui divulgado as nossas experiências de lazer sem
qualquer objetivo que não seja o descanso e a diversão, normalmente em família.
Desta
vez, apesar de inserido na categoria de viagens e de lazer, vamos introduzir
uma nova motivação à nossa viagem, a peregrinação! E tal como demonstra o
titulo falamos dos “Caminhos de Santiago”!
Percorremos,
pela primeira vez o “Caminho” entre o Porto e Santiago de Compostela já no algo
distante ano de 2009, poucos anos depois deste ter sido totalmente remarcado.
Depois desta primeira vez já voltamos algumas vezes, tornou-se quase um ritual anual,
dando razão à afirmação segundo a qual:
“Peregrino
uma vez, peregrino para sempre!”
Tal
como escrevi anteriormente, cada vez que percorro o caminho faço-o com um
sentimento peregrino, o que não implica que vá com promessas a cumprir, pedidos
a fazer, etc. Os Caminhos de Santiago são conhecidos, entre muitas outras
coisas, por ter esse efeito nas pessoas. Independentemente das convicções e
motivações que levam cada um a percorrê-lo, há algo do “Caminho” a que é
impossível ficar indiferente.
O
“Caminho”, desta vez será percorrido na companhia de mais 10 amigos, alguns já
experientes, outros percorrem o caminho pela primeira vez!
O
desafio vai demorar 3 dias (enganam-se aqueles que pensavam que o “Caminho”
seria percorrido a pé! Ainda não tenho disponibilidade de tempo para isso.
Ficará para mais tarde!) e vamos tentar relatar aqui as incidências e
experiências dessas 3 etapas.
Uma
viagem destas começa sempre muito antes da partida! O que são todos os
contactos, mails, telefonemas, buscas na net, cafés, jantares e noites de copos
senão os preparativos para a viagem! Apesar de não termos tido essa necessidade
desta vez, pois o desafio já é por demais conhecido, queremos aqui deixar
algumas considerações sobre a preparação da viagem!
Sinceramente,
para nós, é mesmo este o grande gozo de organizarmos e participarmos numa coisa
destas!
Obviamente,
o primeiro passo para os preparativos deu-se neste mundo infinito que é a internet…
Experimentem
só a colocar no Google ou noutro motor de busca qualquer as palavras “Caminho
de Santiago” ou alguma coisa do género!
São
milhares as entradas que aparecem… e se a falta de informação é um problema, o
excesso dela é igualmente um problema sério.
A
pouco e pouco vamos percebendo como funcionam as coisas e qual é a dimensão
deste fenómeno que é o Caminho de Santiago… Acreditem que é gigantesca!
De
facto, sobre o Caminho de Santiago há muita informação, mas quando o que se
procura é o Caminho Português então os sites interessantes são realmente muito
poucos. Filtrar o que é importante e deixar cair o que não interessa custou
umas largas horas em frente ao computador.
As
informações que podemos encontrar e de que devemos tomar boa nota passam por de
onde partir, quantos km fazer, os caminhos a seguir, a marcação/sinalização do caminho,
onde dormir, onde receber apoio médico (esperemos que não venha a ser
necessário), como conseguir uma credencial de peregrino para ter acesso aos
albergues e ao apoio médico, cuidados a ter no caminho, como fazer a preparação
física e espiritual, como validar a peregrinação em Santiago de Compostela, e
isto apenas para referir os pontos fundamentais a ter em conta.
Por
isso, se querem fazer o Caminho de Santiago, vão-se informando sobre tudo isto
porque vão ver que vos vai facilitar muito a vida. Se não estão para se dar a
esse trabalho todo… vão continuando a ler este texto porque, ponto a ponto,
aqui vamos tentar dar algumas explicações!
Em
boa verdade, quase todos os sites sobre o Caminho de Santiago nos dão listas de
bibliografia recomendada e links para outros sites com mais informação, mas
para sermos honestos, foram poucos aqueles que nos serviram realmente.
Feita
a triagem, acabámos por encontrar meia-dúzia de sites que nos pareceram os mais
completos e mais credíveis em termos da informação que precisávamos saber para
pôr em marcha este processo.
Os
conteúdos variam de site para site, uns mais técnicos e outros mais
generalistas, uns mais direcionados para quem vai a pé e outros para quem vai
de bicicleta, uns sobre o próprio caminho (leia-se o itinerário) outros sobre
os albergues, outros sobre a sua história e outros sobre os preparativos, mas
com um pouco de paciência conseguimos encontrar tudo. Depois… basta juntar as
peças!
Depois
de tomada a decisão de fazer o Caminho de Santiago, uma das primeiras
preocupações da equipa de logística foi tentar obter as Credenciais do
Peregrino que, embora não sendo obrigatórias para se chegar a Santiago de
Compostela, são bastante aconselháveis.
A
Credencial do Peregrino é um documento que tem a sua origem nas “cartas de
apresentação” e nos “salvo-condutos” que os peregrinos levavam na época
medieval e lhes concedia certos privilégios.
Atualmente,
a Credencial do Peregrino é o documento que nos identifica como peregrino e nos
serve para ter acesso aos albergues oficiais, ao apoio médico das equipas da
Cruz Vermelha e ao apoio das autoridades ao longo da peregrinação. Nos
Albergues de Peregrinos a apresentação da Credencial é condição fundamental
para se ser recebido. Com esta Credencial, em Portugal teremos descontos nos
Albergues de Peregrinos e nas Pousadas de Juventude enquanto que em Espanha os
Albergues são gratuitos, sendo, no entanto, aconselhável deixar uma pequena
contribuição monetária para ajudar nas despesas de manutenção do local.
Esta
Credencial só será atribuída aos peregrinos que pretendam fazer um mínimo de
100 km a pé ou a cavalo ou 200 km de bicicleta.
Assim,
os peregrinos recebem as suas Credencias já preenchidas com o seu nome, a data
e o local da partida e o modo como se faz o Caminho (a pé, a cavalo ou de
bicicleta).
Depois,
durante o percurso, a Credencial deverá ser carimbada nos Albergues, Refúgios,
Igrejas, Polícia, e outras entidades administrativas e/ou em estabelecimentos
comerciais que comprovem a passagem por todos estes pontos do Caminho, no
mínimo de dois carimbos diários, tendo espaço para um total de 40 carimbos.
A
Credencial do Peregrino tem um custo de 1.50€ (+1.00€ para portes de correio) e
é aconselhável que seja pedida cerca de um mês antes do início da peregrinação.
No
nosso caso, compramos a Credencial no Centro de Estudos Jacobeus, no Largo do Priorado,
112, 4050-487 Porto.
Mas,
afinal o que são os “caminhos”?, qual a sua historia?
Segundo
a lenda católica, após a dispersão dos Apóstolos pelo mundo, Santiago foi
pregar em regiões longínquas, passando algum tempo em Espanha, na Galiza.
Quando voltou à Palestina, no ano 44, foi preso e decapitado, a mando de
Herodes Agrippa I, filho de Aristobulus e neto de Herodes o Grande. Dois de
seus discípulos, Teodoro e Atanásio, roubaram o corpo do mestre e embarcaram-no
(num barco com tripulação angélica) e em sete dias chegaram à Galiza e a Iria
Flávia onde o sepultaram, secretamente, num bosque de nome Libredón.
Não
há certezas quanto à data da descoberta do sepulcro apostólico, mas a maioria
das fontes católicas apontam datas entre 813 e 820. A lenda conta que um
ermitão do bosque de Libredón, de nome Pelágio (ou Pelaio), observou durante
algumas noites seguidas uma “chuva de estrelas” sobre um monte do bosque.
Avisado das luzes, o bispo de Iria Flávia, Teodomiro, ordenou escavações e
encontrou uma arca de mármore com os ossos do santo e dos seus discípulos.
No
“Campus Stellae” – de onde se crê provir a palavra Compostela – foi erigida uma
capela para proteger a tumba do apóstolo que se tornou um símbolo da
resistência cristã aos ataques dos mouros. A partir do ano 1000 as
peregrinações a Santiago popularizam-se, tornando-se a cidade num dos
principais centros de peregrinação cristã (a par de Roma e Jerusalém); é também
nesta altura que surgem os primeiros relatos de peregrinos que viajaram a
Compostela.
No
século XII é publicado o primeiro guia do peregrino (do Caminho Francês) – o
Códice Calixtino (ou Liber Sancti Jacobi) atribuído ao Papa Calixto II, que
proclama ainda que quando o dia do Santo (25 de Julho) é num Domingo, esse é um
Ano Santo Jacobeu (com especiais bênçãos e privilégios espirituais para os
peregrinos). Grupos de peregrinos começam a chegar de toda a Europa,
desenvolvendo as cidades por onde passam, sendo o Caminho Francês o mais
utilizado.
O
Caminho de Santiago, tal como relatado no Códice Calixtino, é em terra o
desenho da Via Láctea, porque esta rota se situa diretamente sob a Via Láctea
que indica a direção de Santiago, servindo assim, na Idade Média, de
orientação durante a noite aos peregrinos. Esta associação deu ao Caminho o
nome de Caminho das Estrelas e fez com que a chuva de estrelas seja um dos
símbolos do culto Jacobeu, juntamente com a Vieira, a Cabaça e o Bordão.
Existem
vários Caminhos que percorrem toda a Europa e que desembocam em Santiago de
Compostela, sendo que o mais famoso é sem dúvida o chamado Caminho Francês que
atravessa a Fronteira Franco-Espanhola nos Pirenéus e atravessa todo o norte de
Espanha.
Mapa dos Caminhos de Santiago na Europa Medieval |
Mapa dos Caminhos Portugueses de Santiago na Idade Média |
Agora
vamos lá falar do “nosso” Caminho!
Teoricamente,
cerca de 285 Kms divididos por 3 dias seriam aproximadamente 100 Km em cada
dia… mas as coisas não são assim tão lineares.
Ponderadas
as variáveis, distancia versus dificuldade, a opção pela divisão de etapas foi
a seguinte:
Dia
1 – Santa Maria da Feira – Ponte de Lima – 120,20 Kms
Dia
2 – Ponte de Lima – Pontevedra – 94 Kms
Dia
3 – Pontevedra – Santiago de Compostela – 69,9 Kms
Segundo
as informações de que dispomos (e pelo conhecimento de experiências anteriores,
os troços do caminho em Portugal são, de longe, os mais difíceis, quer pela
qualidade dos trilhos quer pela própria geografia do terreno. Depois em Espanha
as coisas suavizam-se bastante mais, em ambos os aspetos.
Voltando,
agora, ao inicio do tópico e ao contar da nossa experiência!
O
nosso dia começou cedo, eram 05:15h quando o despertador soou, obrigando-me a
saltar da cama, pois não havia tempo a perder. Não me acordou, pois, a
ansiedade já tomava conta do corpo e o sono foi leve e intercalado com períodos
de insónia.
Chegados
ao ponto de encontro e tomado o cafezinho da praxe, fomos até ao ponto de
partida deste desafio: A Igreja Matriz de Santa Maria da Feira! Aqui tiramos
uma foto para marcar o inicio da peregrinação, para uns, desafio para outros!
Cerca
das 06:30h estávamos a pedalar.
Desta
vez fizemos um pequeno desvio ao percurso original e apenas entramos no trilho
certo em Mozelos. Nada que desvirtue o “Caminho”!
A
primeira parte da etapa inicial levar-nos-ia até ao Porto, uma etapa algo
desinteressante, com passagem pelo Mosteiro de Grijó e pela primeira
dificuldade do dia, a serra de Canelas.
A
passagem pela serra de Canelas é feita pela calçada do antigo caminho até
à Rechousa, uma estrada romana com pedra irregular que nos relembra (caso
tenhamos esquecido!) que os caminhos não são fáceis mesmo para quem vai de
bicicleta e está habituado ao btt.
Prosseguimos depois até à Avenida da Republica em Vila Nova de Gaia onde entramos no Porto através do tabuleiro superior da Ponte D. Luís I. Na realidade, a sinalização correta do percurso obrigar-nos-ia a descer ao tabuleiro inferior, mas face à excelência da vista panorâmica sobre o Porto e Vila Nova de Gaia proporcionada pelo tabuleiro superior da Ponte D. Luís I, quase todos os peregrinos optam por fazer a travessia do Douro pelo tabuleiro superior.
Logo ali à frente fica a Sé do Porto, local de inicio de peregrinação para a maioria dos peregrinos que percorre o Caminho Português em direção a Santiago.
Prosseguimos depois até à Avenida da Republica em Vila Nova de Gaia onde entramos no Porto através do tabuleiro superior da Ponte D. Luís I. Na realidade, a sinalização correta do percurso obrigar-nos-ia a descer ao tabuleiro inferior, mas face à excelência da vista panorâmica sobre o Porto e Vila Nova de Gaia proporcionada pelo tabuleiro superior da Ponte D. Luís I, quase todos os peregrinos optam por fazer a travessia do Douro pelo tabuleiro superior.
Logo ali à frente fica a Sé do Porto, local de inicio de peregrinação para a maioria dos peregrinos que percorre o Caminho Português em direção a Santiago.
Nova
paragem para fotografias e o primeiro reforço alimentar, o primeiro dos muitos
necessários numa aventura destas.
A saída do Porto é feita seguindo as setas pelas ruas muito “sui generis” da baixa do Porto, onde se confrontavam marcas históricas aclamadas e reconhecidas e marcas dos dias de hoje, muito menos consensuais quanto ao seu valor. Os grafitis estão por todo o lado nas paredes que ladeiam as ruas estreitas e escuras desta zona histórica do Porto.
A
confusão poderá surgir quando se tiver de decidir qual o percurso a seguir.
Existem dois percursos distintos: o Caminho Português Central que segue em
direção a Barcelos e o Caminho Português do Interior que, por sua vez, segue para
Braga. Ambos se encontram em Ponte de Lima, mas seguem vias separadas dentro da
cidade do Porto: o primeiro sai do Porto pela rua de Cedofeita em direção ao
Carvalhido e à Prelada e o segundo segue na direção do Hospital S. João. Seguimos
em direção ao Carvalhido, pois o nosso destino nessa manha era Barcelos.
Depois
de atravessar a estrada da circunvalação, foi só seguir as setas amarelas (e
esquecer o GPS). Estas levaram-nos por Padrão da Légua, Custóias, Gondivai,
Araújo. Junto ao Padrão de Araújo viramos à direita em direção à Ponte Romana
da Azenha e atravessamos a EN 13 (Via Norte) onde o trânsito perigoso e o
separador central não facilitaram a vida. Segui pela Maia, passando pela sua
zona industrial (um dos seus muitos polos) até Moreira Maia.
Tempo
para parar ainda numa pastelaria e armazenar algumas forças e tomar um café
para acordar. Agora sim, já estávamos “de corpo e alma” no “Caminho”, e já
tínhamos cerca de 33 kms nas pernas e praticamente ainda não tínhamos saído
do Porto.
Depois de umas natas, uns croissants e alguma conversa, prosseguimos viagem por Vilar do Pinheiro, Mosteiró, onde parámos novamente para voltar a comer algumas barras energéticas e alguns líquidos. Uma constante ao longo dos dias! Não imaginam o estado do estômago (e intestinos!) de quem passa alguns dias a comer estas “porcarias”, um mal menor, acreditem!
Depois de umas natas, uns croissants e alguma conversa, prosseguimos viagem por Vilar do Pinheiro, Mosteiró, onde parámos novamente para voltar a comer algumas barras energéticas e alguns líquidos. Uma constante ao longo dos dias! Não imaginam o estado do estômago (e intestinos!) de quem passa alguns dias a comer estas “porcarias”, um mal menor, acreditem!
Aí
cruzamo-nos com o primeiro peregrino que fazia o caminho a pé. Sozinho, de
mochila às costas (onde se destacava a pequena concha – a vieira - que
identifica os peregrinos) e cajado na mão, impressionou-nos a determinação com
que caminhava e a rapidez com que nos alcançou durante essa pausa. Já o
tínhamos ultrapassado uns largos minutos antes, muito lá atrás…. Voltaríamos a
encontrá-lo depois de retomar o caminho já uns largos metros adiante de onde estávamos
parados! Impressionante mesmo…´
Cruzaríamos
depois Vilar do Pinheiro e Vilarinho antes de chegar a Ponte medieval que cruza
o rio Ave - a ponte D. Zameiro.
Este
é outro local que merece uma paragem para apreciar a obra, a vista sobre o rio
e com alguma sorte ainda se consegue visualizar algum pato bravo a andar no
rio, junto ao dique que ali foi construído.
O
alcatrão da estrada nacional foi substituído por caminhos em terra no meio dos
montes e campos até chegar a S. Pedro de Rates, onde existe um albergue que na
minha opinião tem o carimbo mais bonito de todos os que conheço.
Novo |
Antigo |
A
hora do almoço aproximava-se, mas Barcelos ainda estava a 10 km. Apesar da hora
algo tardia decidimos continuar, pois, o planeamento implicava o almoço em
Barcelos, sob pena de a distancia a percorrer após o almoço tornar-se
impossível de fazer.
À entrada da cidade, a vista da ponte é muito agradável e a perspetiva do alto do Paço ducal merece uma pequena pausa para se tirar algumas fotos e decidir onde almoçar.
É nestas alturas que o facto de já se conhecer o “Caminho” faz a diferença. Como já conhecíamos um restaurante, onde almoçamos 2 anos antes, evitamos a perda de tempo que implica a procura de um local para almoçar. Assim sem demoras fomos almoçar a uma churrascaria, que nos serviu apesar dos relógios já passarem das 14:00h. Ainda por cima, ficava mesmo no percurso. Não nos desviamos um metro que fosse.
Continuando
o caminho, após um “farto” almoço, somos logo brindados com uma subida depois
de passar junto do estádio de Barcelos (Gil Vivente) que nos provocou um belo
de um empeno q.b. Só não foi pior, pois apesar do tempo estar quente, o calor
não era abrasador!
Mas,
como costumo dizer: as subidas existem para isso mesmo (para serem subidas!) e
lá chegamos todos ao topo, uns mais cansados que outros, mas ninguém que aparentasse
cansaço problemático para o resto da jornada.
Barcelos
já estava para trás e passados mais ou menos 10 km chegamos à Ponte das Tábuas,
onde uma pequena represa convida a um mergulho. Uma zona espetacular que não
fosse o tempo (ou melhor, a falta dele), implicava uma paragem para refrescar o
corpo e a mente.
Seguimos
em direção à EN 204, olhando para o alto da Senhora da Aparecida e só pedíamos
que o caminho não nos obrigasse a subir até lá acima. Felizmente não passava
por aí!
Prosseguimos
por entre campos e montes sem problemas até Ponte de Lima, onde a chegada se
faz pela alameda dos plátanos, com uma vista espetacular da ponte sobre o rio
Lima! O Gps não enganava, a jornada tinha começado há mais de 120 kms atrás.
Depois
de uma pequena pausa para comentar como tinha corrido a jornada, fizemos o
“check-in” na pousada da juventude.
Totais
do dia:
Distancia:
120,2km
Duração:
8h06m57s
Altimetria:
1.838mts
Velocidade
média: 14,8km/h
Calorias
gastas: 2.786kJ
Após
um banho que soube pela vida, apesar da pouca quantidade de agua que saia dos chuveiros
da Pousada da Juventude, saímos até ao centro de Ponte de Lima para beber umas
cervejolas e comer qualquer coisa que não fosse “energético”!
Fomos
até à “Tasca das Fodinhas”), muito conhecida
devido à sua ementa pouco habitual e brejeira como os portugueses gostam.
Aproveitando
o mencionado no site do estabelecimento, se algum dia alguém, em Ponte de Lima,
o convidar para ir às “fodinhas quentes” com “putinhas” a acompanhar, não se
ofenda, nem se espante. Pelo contrário, aceite e divirta-se.
Fundada
há mais de 10 anos, a “Tasca das Fodinhas” está situada na Rua do Rosário,
centro da vila de Ponte de Lima.
A
proposta consiste em visitar a tasca “Os Telhadinhos situada no centro da vila,
e comer pataniscas de bacalhau com uma malga de tinto a acompanhar.
O
divertimento é garantido, ou não fosse o cardápio inventado pela proprietária,
Dona Márcia, um verdadeiro chorrilho de petiscos, cada um mais picante que o
outro.
Passamos
momentos bem divertidos, graças à D. Márcia e à sua funcionária que sabem
manter a atmosfera num tema e nível que qualquer um acha piada.
Como
os petiscos eram só para aquecer o estômago, o jantar em Ponte de Lima, o que
poderia ser?
Arroz
de sarrabulho com certeza, no restaurante Manuel Padeiro um dos mais antigos e conceituados
de Ponte de Lima.
O jantar, tal como os petiscos anteriores estavam divinais ou não estivéssemos no Minho, uma das regiões onde melhor se come me Portugal.
O jantar, tal como os petiscos anteriores estavam divinais ou não estivéssemos no Minho, uma das regiões onde melhor se come me Portugal.
Ao
contrário do habitual, devido ao vento frio que se fazia sentir não ficamos na
conversa até altas horas da manha e fomos todos dormir por volta das 23:00h que
a alvorada seria novamente cedo!
Até
amanha, para a famosa Labruja!
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