01 Outubro 2004 - Budapeste - Hungria
A viagem à Rússia
abriu o apetite e estimulou a vontade de conhecer a Europa de Leste. Ficamos muito
impressionados com as belezas que estes países, fechados ao mundo durante anos,
tinham para oferecer.
Não foi fácil
escolher qual o pais a visitar após o regresso da Rússia, e a escolha foi feita
um pouco à maneira das crianças, o famoso "pim... pan...
pum"! e a feliz contemplada foi a bela e luminosa Budapeste, na Hungria.
Aproveitando
o facto da TAP ter inaugurado à poucos dias a ligação direta entre Lisboa e
Budapeste, a ida foi a bordo de um dos aviões da transportadora aérea nacional,
no primeiro dia de Outubro de 2004.
A viagem
entre as cidades foi tranquila e chegamos ao destino ao final da manha.
Apanhamos um transfer coletivo que nos deixou no nosso hotel, o Hotel Bara!
Felizmente,
o nosso quarto já estava pronto e pudemos desde logo deixar as malas no hotel e
partir à descoberta da cidade.
O hotel fica
na parte de Buda e optamos por fazer os cerca de 2 kms até ao centro da cidade
a pé, apesar de existir uma alternativa com os autocarros públicos que paravam
mesmo em frente ao hotel.
Já que o
tema é o hotel, aproveito para deixar já as considerações e comentário sobre o
mesmo antes de debruçar sobre a cidade.
O hotel é um
3 estrelas modesto, mas simpático. Está situado na parte verde de Buda, no sopé
da colina Gellért, junto à Citadella e ao Castelo de Buda. Os quartos possuem o
habitual nestes casos, ou seja, casa de banho privativa, televisão por satélite
e minibar. O restaurante do hotel serve cozinha húngara, mas não experimentamos,
já que apenas tomávamos o pequeno almoço, muito bom por sinal, no hotel. Tenho
de reconhecer que nesta fase da nossa vida, e como a vontade de conhecer era
muita, aproveitamos para fazer umas sandes ao pequeno almoço e íamos comendo as
ditas ao longo do dia, junto a uma qualquer entrada de igreja, museu, palácio.
A principal razão era mesmo não perder tempo a parar para almoçar, compensando
esse facto com o jantar, normalmente mais completa e farta.
Voltando ao
tema, hotel, posso referir que a escolha foi feita após pesquisa ao preço e
localização. Sabíamos que estávamos ligeiramente afastados do centro, pois os 2
kms que falei não eram para o "centro histórico" da cidade mas sim
para um local onde podíamos apanhar o metro ou o elétrico para nos deslocarmos,
mas o preço conjugado com o facto de existir uma paragem de autocarro em frente
ao hotel foram determinantes na escolha.
O staff foi
do hotel foi sempre muito simpático e disponíveis para darem sugestões de visitas
e no ultimo dia rapidamente se prontificaram a chamar um táxi às cinco da manha
para nos transportar até ao aeroporto.
Agora alguns
fatos sobre a cidade, segundo a Wikipédia: "Budapeste
é a capital, cidade mais populosa e principal centro financeiro, corporativo,
mercantil e cultural da Hungria.
É a sexta maior cidade da União Europeia e
recebeu a classificação de cidade global alpha, por parte do Globalization and
World Cities Study Group & Network.
Localiza-se nas margens do rio Danúbio e
possui 1 740 041 habitantes, de acordo com dados de 2012 do Centro de
Estatísticas Húngaro
A sua região metropolitana, também chamada de
Grande Budapeste, possui 3 271 110 habitantes. Budapeste foi fundada em 17 de
novembro de 1873 com a fusão das cidades de Buda e Ôbuda, na margem direita do
Danúbio, com Peste, na margem esquerda.
A história de Budapeste iniciou-se com
Aquinco, originalmente um acampamento celta que se converteu na capital romana
da Panônia Inferior. Os húngaros chegaram ao território por volta de meados do
século IX. O primeiro povoado foi saqueado pelos mongóis entre 1241 e 1242.7 A
cidade, já restabelecida, transformou-se em um dos centros de cultura do
Renascimento humanista no século XV. Depois da Batalha de Mohács e de 150 anos
de domínio otomano, a região experimentou uma nova era de prosperidade nos
séculos XVIII e XIX, sendo que Budapeste tornou-se uma cidade global após a
reunificação da localidade em 1873.
A cidade também passou a ser vista como a
segunda capital do império Áustro-Hungaro, um vasto e importante Estado
europeu, sucessor do Império Austríaco, que se dissolveu em 1918. Budapeste
também exerceu grande importância durante a Revolução húngara de 1848, tendo
sido um importante centro da República Soviética da Hungria em 1919, da
Operação Panzerfaust em 1944, do Cerco de Budapeste em 1945 e da Revolução de
1956.
Considerada uma das cidades mais belas da
Europa, Budapeste é um dos maiores destinos turísticos no mundo. Em 2011, a
cidade recebeu 4 376 900 turistas, tornando-se o 25º maior destino de turistas
no mundo e a 6ª cidade mais visitada da Europa. Há vários patrimônios mundiais
que podem ser encontrados na cidade, incluindo a vista panorâmica do rio
Danúbio, o segundo rio mais extenso da Europa, o Castelo de Buda, a Avenida
Andrássy, a Praça dos Heróis e o Metropolitano do Millenium, o segundo mais
antigo do mundo, após o de Londres. Budapeste possui ainda, o maior e mais
famoso sistema de água termal do mundo.
Budapeste é também um importante centro
financeiro da Europa Central. A cidade ficou em terceiro lugar no Índice de
Mercados Emergentes desenvolvido pela MasterCard, numa lista de 65 cidades. Foi
classificada como a melhor área urbana da Europa Central e Leste Europeu em
qualidade de vida, de acordo com a Economist Intelligence Unit.
Também é classificada como um dos lugares
idílicos da Europa, considerada pela revista Forbes, e a nona cidade mais
bonita do mundo, pela UCityGuides".
Dito tudo
isto facilmente podemos imaginar que estamos perante uma cidade ainda muito
desconhecida para nós, portugueses, mas uma cidade lindíssima, e economicamente
acessível de visitar.
O primeiro
local que visitamos foi o que geograficamente estava mais perto do hotel, ou seja
a Colina Gellert.
A colina Gellért tem uma altura de 235 metros, oferece uma vista maravilhosa do rio Danúbio. Faz parte dos distritos I e XI da cidade e deve o seu nome ao bispo cristão Gerardo Sagredo, que foi morto na colina por um grupo de pagãos a 24 de setembro de 1046.
Na colina podemos
encontrar a Cidadela, um enorme complexo militar assim como o Hotel Gellért, um
hotel 5 estrelas, o Balneário Gellért e uma Igreja chamada de Igreja da Colina
Gellért!
Embora a
colina tenha tido outros nomes durante a Idade Média, é chamada de Szent
Gellért Hegy (literalmente Monte Santo Gerardo) a partir do século XV,
referindo-se à lenda sobre a morte de São Gerardo. O santo bispo morto por
pagãos durante uma rebelião em 1046, foi colocado num barril e atirado pelo
monte abaixo desde o seu topo.
No século
XVIII, as encostas da colina foram cobertas de videiras, já que o distrito de Tabán,
na base da colina sempre foi um importante centro de produção de vinho em Buda.
De acordo com os registos de 1789, as vinhas cobriam uma área de 128 hectares
(316 acres) e apenas 7,62 hectares (18,8 hectares) eram utilizadas para cultivo
e pastagem.
A Cidadela
foi construída em 1851, depois da Revolução Húngara de 1848 e durante o governo
dos Habsburgos da Áustria, como um ponto estratégico para o controlo e defesa
das cidades de Buda e Peste, pelo que foi equipado com 60 canhões, mas na realidade
era mais um símbolo de "ameaça" do que uma verdadeira fortificação.
Quando os
Habsburgos e húngaros se reconciliaram, foi planeado a demolição da fortaleza,
mas este projeto não foi realizado, ainda bem já que desta forma temos um belo
exemplar de construção militar que chega aos nossos dias.
Durante o
controle soviético de Budapeste (e, portanto, da Cidadela), a Estátua da
Liberdade foi construída a mando dos soviéticos para comemorar a vitória da
União Soviética na Segunda Guerra Mundial.
O nosso dia
terminou com a descida até junto ao rio, durante a qual podemos apreciar o balneário,
o hotel e a igreja escavada na rocha, à semelhança da existente no Santuário de
Lourdes, em França.
A igreja é, na
realidade parte de uma rede de cavernas dentro da colina Gellert. A caverna é
também referida como a "Gruta de São Ivan" (Szent-Iván Barlang), em memória
de um eremita que lá viveu e acredita-se tenha usado a água termal natural de
um lago lamacento ao lado da caverna para curar os doentes.
É provável
que esta mesma água tenha alimentado as piscinas dos antigos fürdő Saros
("Banhos Muddy"), mais recentemente chamados Banhos Gellért.
Como estávamos
em Outubro e o dia por estes lados anoitece muito cedo, regressamos ao hotel,
jantando pelo caminho e a noite foi passada no quarto a recuperar do esforço
que fizemos durante o dia, já que grande parte do percurso foi em subida ou
descida, o que também não é fácil.
Amanha temos
um novo dia passado na cidade.
Até lá...
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