terça-feira, 5 de outubro de 2004

Budapeste - Hungria - 5 Outubro 2004



05 Outubro 2004 - Budapeste - Hungria

Eis-nos no nosso ultimo dia completo em Budapeste!

Para este dia planeamos uma aventura daquelas que ficam na memória: visitar o mercado público Ecseri, uma feira de antiguidades Ecseri é um tipo de Feira da Ladra do bloco soviético.


Fica a cerca de 12kms do centro e a viagem implicava apanhar alguns comboios/metros para lá chegar. É necessário bastante energia e engenho do turista para lá chegar, mas vale a pena, pois será uma experiência inesquecível. No nosso caso não foi porque, simplesmente perdemo-nos! Numa determinada altura em que tínhamos de mudar de comboio numa estação ficamos sem saber qual o comboio que tínhamos de apanhar e como ninguém nos sabia dizer, não quisemos arriscar e sair dos limites de utilização do nosso bilhete ilimitado de transportes públicos, e voltamos para trás.

Novamente dentro dos limites da cidade decidimos ir até à Praça dos Heróis, o nosso segundo objetivo para aquele dia.

No lado Peste da cidade, uma grande avenida tem início nas traseiras da Basílica de São Estêvão. É a Avenida Andrássy (Andrássy útca), uma das principais da cidade com 2,5km de extensão, onde estão localizadas importantes atrações como o Museu Liszt Ferenc, a Casa do Terror e a Casa de Ópera.
Nela estão também localizadas as principais lojas da moda, mundialmente conhecidas, como Louis Vitton, Gucci, Armani e Dolce & Gabanna.

A acompanhar esta avenida está a primeira linha de metro da cidade e uma das mais antigas da Europa, a M1 ou linha do Milénio.


Durante o caminho fomos admirando, umas vezes por fora outras entrando para ver mais de perto os principais locais ao longo da avenida.

A primeira a aparecer-nos foi a Casa de Ópera (Magyar Allami Operahaz) que é o principal centro cultural da cidade. O edifício neorrenascentista inaugurado em 1884 é sede das companhias nacionais de ópera e de ballet e apresenta os principais espectáculos e concertos do país.

O seu interior ostenta muita riqueza, seja através de objectos, obras de arte e detalhes em ouro. Para se ter uma noção do luxo, é possível visitar o hall principal gratuitamente, pois nele está localizada a bilheteira para os espectáculos.

O acesso ao interior pode ser feito através de uma visita guiada que acontece diariamente. A entrada para um adulto custa 2900 huf.

Tal como referi a Av. Andrássy termina na Praça dos Heróis (Hősök tere), que foi construída para as celebrações do milénio de 1896. Este foi um ano muito marcante na história da cidade, com muitas festas e celebrações, pois mil anos antes, em 896, os primeiros magiares chegaram na região em que hoje está estabelecida da capital da Hungria. É a maior praça da cidade e encontra-se junto ao Parque Municipal da cidade, no final da Av. Andrássy.


No seu centro existe uma coluna com 36 mts de altura, com uma estátua do Arcanjo Gabriel no seu topo, e com sete outras estátuas à sua volta, que representam os chefes das sete tribos magiares que deram origem à cidade. Em ambos os lados da coluna há um conjunto de colunas que contêm diversas estátuas homenageando alguns dos principais personagens da história húngara.

Ao lado da praça estão dois dos principais museus da cidade: do lado direito o Palácio das Artes (Műcsarnok), onde são organizadas exposições temporárias; e do lado esquerdo o Museu de Belas Artes (Szépművészeti Múzeum), com obras de El Grevom, Velásquez, Goya, entre outros artistas, e que possui secções dedicadas ao Egipto, arte italiana e arte francesa, etc.

No final da praça damos de caras com o mais famoso parque municipal de Budapeste, o Varosliget, é uma grande área verde dentro da área urbana de Budapeste. Além de ser acessível a partir da Praça dos Heróis existe também uma estação de metro (Széchenyi fürdő, linha M1) localizada mesmo no seu centro.

Entre as atrações do parque estão o Jardim Zoológico da cidade, as termas de Széchenyi, o parque de diversões Vidámpark, o castelo Vajdahunyad e um lago que no inverno fica gelado permitindo a patinagem no gelo.


Ainda no lado de Peste, a poucos quarteirões da Ponte das Correntes e da Basílica de São Estêvão, com início a partir da estação de metro Vörösmarty tér, linha M1, fica a maior rua comercial e considerada o coração da cidade: a Váci Utca, uma rua pedonal na sua maior parte, pois apenas um pequeno pedaço da rua esta aberta ao transito de veículos. A rua está dividida em duas partes, sendo cortada a meio pela estrada que dá acesso à Ponte Elizabeth. A parte sul da rua está mais virada para as compras, com uma grande quantidade de lojas, enquanto na parte norte estão localizadas os restaurantes e cafés.

Uma caminhada pela rua, tanto de dia quanto à noite, é uma ótima maneira de usufruir um pouco da agitação da cidade.

No final da Váci Utca, com uma das entradas a ser feita pela via de acesso à Ponte da Liberdade, está localizado o Mercado Central de Budapeste (Nagy Vasarcsarnok), o principal mercado público da cidade, instalado num edifício construído em 1897.

 
As barracas do andar térreo vendem frutas, legumes, peixes entre outros alimentos. No segundo piso existe um café e as lojas comercializam na sua maioria artesanato ou souvenirs.

O horário de funcionamento do mercado varia conforme o dia da semana: segunda-feira das 6h às 17h; de terça a sexta das 6h às 18h; sábados das 6h às 15h; e aos domingos ele permanece fechado.

E assim terminou a nossa visita a Budapeste. Regressamos ao Porto via Zurique, logo ao inicio da manha do dia 6 de Outubro com a alma cheia de todos os encantos que encontramos nesta cidade lindíssima!

Deixo aqui um resumo video da nossa estadia:
Até à próxima!



segunda-feira, 4 de outubro de 2004

Budapeste - Hungria - 4 Outubro 2004



04 Outubro 2004 - Budapeste - Hungria

Acordamos para mais um dia, não completamente refeitos do cansaço mas tínhamos que aproveitar o tempo.

Mais uma vez acordamos muito cedo e bem cedinho estávamos junto à cidade medieval de Buda.
A cidade medieval de Buda foi construída em torno de um castelo, erguido pelo rei Béla IV no século XII, para protegê-lo de possíveis invasores da cidade.


O Castelo de Buda (Budai Vár) está erguido numa colina, 170m acima do Rio Danúbio e é o principal cartão postal da cidade. Facilmente visível quando se está próximo das margens do rio, compõe um cenário muito bonito junto com a Ponte das Correntes, tanto de dia, quando de noite. O complexo no qual está inserido conta com diversas atrações, como museus e igrejas.

O que chamamos de Castelo de Buda é na verdade o Palácio Real (Királyi-palota), um conjunto de vários edifícios, muitos deles construídos no século XVIII no lugar de outras construções que haviam no local. Durante a Segunda Guerra Mundial o palácio sofreu alguns danos graves, como a sua cúpula, que foi totalmente destruída e teve que ser reconstruída. Ele não serve mais como residência desde 1945 e atualmente abriga vários museus, como a Galeria Nacional Húngara e o Museu da História de Budapeste.

A Galeria Nacional Húngara (Magyar Nemzeti Galéria) ocupa a maior parte das instalações do Palácio Real.

Fundada em 1975, guarda grande parte dos tesouros da cidade e apresenta a arte húngara da época medieval até os dias de hoje, sendo composta por seis exposições permanentes e também por exposições temporárias.

A sua entrada está localizada na parte da frente do palácio. Boa parte dos salões possuem janelas viradas para o Rio Danúbio, sendo possível ter uma noção de como os antigos reis e moradores do palácio avistavam a cidade do alto. A visita inclui uma subida até a grande cúpula, de onde se tem uma vista incrível de Budapeste.


A galeria abre todos os dias, exceto às segundas-feiras, das 10:00h às 16:00h. O ingresso para as exposições permanentes custa 1000 huf.

Para as exposições temporárias, a entrada é um pouco mais cara e varia conforme a exibição, porém o valor já inclui o acesso às permanentes.

Tal como acontece em muitos locais por estas bandas se quisermos tirar fotos ou fazer filmagens no interior da galeria, é necessário pagar uma pequena taxa, que normalmente vale a pena pagar.

O Museu da História de Budapeste (Budapesti Történeti Múzeum) ocupa também parte do castelo e retrata a história da cidade, desde a Idade Média até os dias atuais, incluindo a história do Castelo e do Palácio no qual está inserido.


O acesso é feito pelo pátio interno do palácio. Assim como a Galeria Nacional, não abre segunda-feira. Nos outros dias, funciona das 10:00h às 18:00h durante o verão europeu, e das 10:00h às 16h durante o inverno. O ingresso custa 1400 huf e também é necessário pagar uma pequena taxa para tirar fotos ou vídeos.

Ali mesmo ao lado também podemos visitar a Igreja Mathias (Mátyás templom) que foi construída entre 1255 e 1269, no mesmo local onde uma igreja antiga foi destruída em 1241.

 
Na época medieval, era considerada a principal igreja de Buda. Tem esse nome em homenagem ao rei Mathias, que casou-se nela duas vezes.

No seu interior podemos observar diversas esculturas e obras de arte do século XIV, além de grandes vitrais e dois órgãos antigos. O altar tem estilo gótico e possui uma réplica da coroa húngara acima de uma estátua da Virgem Maria.

 
As visitas ocorrem todos os dias. Durante a semana, das 9:00h às 17:00h. Aos sábados das 9:00 às 13:00h e aos domingos das 13:00h às 17:00h. O acesso só é gratuito na capela sagrada. A visita ao interior da igreja custa 990 huf e é possível fazê-la com um áudio-guide pagando mais 500 huf.


Ao lado da igreja podemos encontrar o Bastião dos Pescadores (Halászbástya), um monumento construído em 1895 para comemorar o aniversário da conquista magiar.

Possui sete torres, em homenagem a sete tribos magiares que fundaram a nação húngara. De longe ele parece um verdadeiro castelo de areia, com suas grandes torres se destacando no cenário da colina. A partir do Bastião podemos ter uma bela vista panorâmica de toda a parte da cidade localizada na outra margem do Danúbio.

 
Na região do Castelo de Buda podemos ainda encontrar utras atrações, como a Biblioteca Nacional Széchényi, o Palácio Sándor (Sándor Palota), o Teatro de Dança Húngara, o Museu da Historia Militar (Hadtorteneti Muzeum) e o Labirinto do Castelo (Budavári Labirintus).

A melhor forma de visitar esta zona, chamado de distrito do castelo é através do Funicular de Buda (Budvari Siklo), construído em 1870.


A estação de baixo fica junto à praça Clark Ádám tér, que fica em frente à entrada da Ponte das Correntes. São dois pequenos vagões que se vão revezando no transporte de passageiros num trajeto de apenas 100m que dura pouco mais de um minuto.

A vista que se tem durante a subida é espetacular, talvez a vista mais bonita da cidade!

O bilhete apenas de ida custa 840 huf, enquanto o combinado ida e volta custa 1450 huf.

O meu conselho é subir pelo funicular, aproveitar as atrações do castelo e depois descer a pé a partir das escadas localizadas junto ao Bastião dos Pescadores.

Após algumas ruas e lances de escada, a descida termina na margem do Rio Danúbio, quase em frente ao Parlamento Húngaro.


Mais uma vez o nosso dia terminou na zona da Ponte das Correntes, onde jantamos e aproveitamos para tirar algumas fotos à noite, apesar da pouca qualidade das mesmas face à maquina que utilizamos.

A nossa estadia em Budapeste corria rapidamente para o final e apenas teríamos o dia de amanha para as visitas ainda não efetuadas.

Amanha espera-nos um dia muito preenchido.

Até lá...